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#Milla Vittorio

Conrado chegou no meu apartamento as dez horas da manhã, preparei um café, e nos sentamos pra conversar sobre o evento de ontem a noite, e sobre todos os acontecimentos, sera uma conversa longa, muitas coisas pra discutir .

- Quero que converse com ele, foi o que você me mandou fazer quando a Alicia voltou!

E isso? Nenhum " Aquele cara quer brincar com você", ou um, "Nem por cima do meu cadáver que você vai falar com ele" O Conrado não vai demonstrar nem um pouco de ciumes, ou medo de me perder, simplesmente vai me dar o mesmo conselho que dei a ele, sendo que eu só fiz aquilo por que queria que ele visse o quanto sou legal, e o quanto  queria que ele decidisse voltar pra mim. Ele não sente nenhum medo de me perder ou algo assim mesmo? Eu estou indo conversar com o homem que eu amava mas que a mim mesma, e ele não se sente nenhum pouco ameaçado, isso pode ser somente duas coisas, " Confiança de que eu ainda fique com ele, ou não sente mesmo nada por mim, eu ir ou ficar tanto faz".

- E se eu ainda sentir algo por ele, se eu ainda estiver apaixonada por ele?

Perguntei num tom sério.

Preciso entender o que o Conrado senti por mim.

- O que eu posso fazer?

- Não sei, demostrar que me quer de verdade!

Conrado me encarou.

- Quero você, mas não mando em você, e muito menos no seus sentimentos!

- Não, mas você pode me dizer o que senti por mim!

Conrado desviou os olhos do meu.

- Você me ama Conrado?

Respirei fundo depois que perguntei, sei que fazer uma pergunta dessa e de mas, ainda mas que nosso relacionamento e recente, mas só assim, posso ter certeza do que ele sente.

- Não, eu não te amo, é cedo pra dizer que eu amo você! Mas você sabe que eu estou disposto a ficar com você, a continuar com esse relacionamento!

Eu já deveria ter imaginado que essa seria a resposta. Se ele e incapaz de sentir algo por mim, sei que é cedo pra desejar que ele me ame, mas não existe tempo determinado pra amar alguém, mas por que estar disposto a tentar?

- Você não me ama por causa da Alicia?

Conrado ainda me olha nos olhos.

- Pode ser sincero Conrado!

Insistir que ele falasse.

- Começamos esse relacionamento no momento errado!

Essa reposta acabou com  todas as minhas duvidas, e expectativas, Conrado sera incapaz de me amar se a Alicia estiver no coração dele, e se estiver tão próxima a ele, eu deveria ter colocado isso na cabeça dez do começo, sou mesmo uma boba. 

- Por que não ficou com ela, quando teve a chance?

Ele respirou findo.

- Por que aquela não foi minha chance!

Meu coração começou a bater acelerado.

- Quando foi sua chance Conrado?

Conrado ficou calado por um tempo.

- Quando viajei pra Las Vegas!

Eu odeio mentiras, pra mim e a pior forma de trair uma pessoa, e pelo Conrado sempre ser sincero comigo, imaginei que ele nunca mentiria pra mim.
Tirei meus olhos dos dele.

- A gente estava bem, mas eu ainda estava preso a Alicia, e pra eu me dedicar a você por completo eu tinha que conversar com ela, então marquei de ver a Alicia em Las Vegas, e disse a você que estava indo por causa dos negócios, errei, sei que deveria ter lhe dito a verdade.

Conrado fez uma pausa.

- Mas quando fui encontrar a Alicia, ela não  foi, me deixou plantado esperando por ela, e naquela hora eu percebi, quanto tempo perdi, esperando por ela!

Encarei ele, e ele continuou falando.

- Percebi o quanto idiota eu sou, e eu quis dar uma chance pra nós, ainda quero, estou tentando, mas é complicado, agora ainda mais depois que ela voltou!

Não sei o que pensar nem o que dizer.

- Preciso ficar sozinha!

Foi a única coisa que conseguir dizer. 

Conrado segurou firme em minha mão.

- Não cometa o mesmo erro que eu Milla, somos tão diferente, e você é muito nas corajosa que eu, com certeza sei que ele aparecer no evento não foi apenas por que queria se divertir, ele voltou por você, sei que ele estar arrependido, por que infelizmente eu e o Henry fizemos péssima as escolhas, e perdemos a única coisa que dava sentido a nossa vida!

Tirei a mão dele da minha.

- O Henry voltou sim, mas eu não precisei esperar ele voltar pra seguir com minha vida, eu fiz isso por mim, por que sabia que esperar estava me matando, e eu achei que você estava fazendo o mesmo!

- Nos dois somos diferentes Milla!

- É, realmente somos diferentes, você não é homem pra mim, e nem eu sou mulher pra você, sempre soubemos disso!

Conrado não disse nada, apenas me olha nos olhos. 

- Vai embora por favor! 

Foi o que eu conseguir falar depois de olhar bem pro Conrado, eu sabia bem no que eu estava me metendo, e eu insistir, eu deveria ter imaginado que isso aconteceria, cometi um erro com o Dylan, e cometi novamente com o Conrado, duas tentativas frustadas, e o  retorno do homem que me deixou nessa situação deprimente me atormenta, eu deveria saber que não e fácil assim encontrar o homem certo, não se eu continuar fazendo escolhas que eu sei que não deveria fazer, por que eu teria a sorte de encontrar o homem perfeito tão rápido?

Conrado se levantou da cama e foi andando pelo apartamento em direção da porta, seguir ele.

Abrir a porta e ele saiu.

- Ainda quero tentar com você!

Ele falou olhando em meus olhos, parecia sincero, mas agora, sei que ele pode não estar sendo cem por cento verdadeiro.

Fechei a porta.

Voltei para o quarto, eu e o Conrado mau tocamos nas xícaras de cafe, mas tocamos em assuntos que nos machuca, que fere nossas almas e nossos corações, assuntos que são difícil de resolver, malditos assuntos do Coração, isso é o que temos em comum, o amor  e nosso problema, nos dois somos destrutivos, enquanto o resto, nos dois adaptamos para tentar ser um casal comum, nossas diferenças nos atraiu, e a única coisa em comum nos separou, e eu sei com toda certeza que eu fui fraca, fui a única que me entreguei por completo, que insistiu, que quis seguir em frente,  que quis sentir algo alem de atração, eu mesma me trouxe ate aqui, e eu vou ter que sair dessa sozinha.  

Preciso parar de inventar amor, onde não existe e nunca ira existir...

Os Desencontros de MillaOnde histórias criam vida. Descubra agora