capítulo:23 ✍

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Uma vez Augusto Curry disse: Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.

E é verdade Justin.

Eu fechei os olhos com força e passei a lâmina no meu pulso, cerrei os dentes e afundei mais o corte, sentindo o sangue quente escorrer sobre meu braço.

Morrer é fácil, um corte na vertical e acabou, paz. Agora viver, meu amor, isso sim é complicado.

Eu via o sangue sair rapidamente do meu braço, enquanto lágrimas caia dos meus olhos, eu não queria ter feito aquilo, mas eu não tinha controle da minha mente.

Tudo começou a ficar escuro derepente, por ter perdido muito sangue.

Acordei com barulho de aparelhos médicos, acho que você já imagina onde eu fui parar.

Uma enfermeira muito simpática estava no quarto comigo e me explicou oque tinha acontecido.

Meus pais me acharam algumas horas depois, caida na varanda, eles me levaram ao hospital e tive que fazer algumas transfusões de sangue, de um doador anônimo, e demorei um dia para acordar.

Perguntei onde estava meus pais, e ela não respondeu, só abaixou a cabeça e saiu da sala, me deixando confusa.

Olhei para meu braço enfaixado, e senti as lágrimas voltar a me consumir, eu sentia raiva de mim, por ter feito aquilo, mas também por não conseguir terminar oque comecei.

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