Catarina é apenas mais uma garota na cidade de Recife, e não é a típica mulher brasileira. Cabelos castanho acinzentado, assim como seus olhos, pele branca como as nuvens e uma altura na média feminina. Com apenas dezesseis anos a garota já tem duas casas, duas vidas diferentes, e sabe lidar muito bem com elas... Ou talvez pensa que sabe.
Rica? Longe disso, seus país são separados e ambos casados novamente. Aconteceu quando muito nova não a afetando muito, enquanto sua Irmã Marina, com uma diferença de idade de apenas 1 ano e 2 meses, sofreu um pouco mais por ter nascido antes.
Ela nunca teve apelidos diversos, apenas os mais próximos à chamavam de Cacá. Acreditava saber de tudo sobre a vida por ter namorado duas vezes, mesmo sabendo que seu primeiro namoro não durou nem 1 mês e fora extremamente frustrado. Seu nome era Renan, um belo garoto dos cabelos negros e pele morena, mas isso fica para uma outra história.
Cacá era extremamente empática e, graças a essa empatia radical, adotou um cão filhote de rua nomeado Teobaldo. Claramente péssima com nomes, mas ele atendia quando pronunciado. Sua Irmã e mãe, alérgicas, logo se apegaram ao bichano, mesmo espirrando inúmeras vezes enquanto se coçam ou quando ele faz bagunça.
Mais um dia normal para uma pessoa normal. O sol invade seu quarto pela janela e Catarina percebe que a partir de agora, ela fará desses dias normais algo diferente, começando pela escola. Ela percebe que perde tempo demais na escola acreditando aprender algo, quando na verdade eles te privam de pensar.- Professores apenas implantam opniões formadas sobre tudo em sua cabeça, assim, te entregando linhas em branco, para poder ter a certeza de que essa ideia implantada não se desfará como poeira soprada de cima da mobília. - Diz Catarina Ainda deitada perguntando a si, como havia pensado em algo tão complexo tão cedo e em seguida projetando em sua cabeça como será sua rotina após por suas retinas a trabalhar.
Ela toma uma decisão, abre os olhos, e a ideia de não querer cometer um segundo erro se levantando da cama, grita em sua cabeça. Ela se levanta.
- Essa droga de consciência... - Resmunga a garota enquanto retirava seu pijama e vestia a farda.
Enquanto lavava o rosto deixava seus ouvidos bem focados, apenas esperando sua mãe berrar por sua presença na cozinha. Ela sempre falava algo sobre o café da manhã estar pronto ou esfriando, ou quem sabe sobre a hora. Ela nunca prestava atenção no que ela berrava, apenas esperava pelo...
- ... Eu te amo, filha - Diz sua mãe batendo a porta logo após os recados.
- Até logo Graça... - diz a garota sussurrando pelos cantos da boca sem ter escutado nada do que havia acabado de ser dito.A garota está parada em frente à sua própria porta, pronta. Suas mãos se encontram fixas na maçaneta, porém, mais fixa que as mãos apenas a ideia de que não vale a pena atravessar aquela porta. Dessa vez, mas só dessa vez, ela deveria esquecer sua consciência e decidir. Estática em frente à porta, começa a balancear as consequências:
- uma falta no EFE*, não ver meus amigos por hoje e perder alguns assuntos. - diz Cacá num tom simpatizante - isso não é problema, mas terei que mentir para a mamãe...
*EFE - espaço formativo estudantil
A garota não gosta de ter que mentir para a mãe e pensa que talvez ir para a escola não seja tão ruim. Na caminhada até lá, quem sabe, ela não despertaria. Veria seus amigos e realmente aproveitaria as horas do dia produzindo e não a dormir.
Catarina, Ainda fixa na porta decide:- Eu vou...
( Catarina vai ou não a escola? Decida)
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DECISÕES
Novela JuvenilEssa história não começa com o clichê "Era uma vez", já que o "final feliz" possa não vir a acontecer. Tudo só depende do que você decide.