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E se eu morresse hoje? O que estaria escrito na minha lápide? Aqui jaz Lolla Collins, a garota que julgava ser diferente das outras pessoas, mas não era?

Acreditem, eu não queria gostar do  Harry e com toda certeza não queria ser como a maioria das garotas que caíam fácil no papinho dele e se apaixonam. Eu queria gostar de alguém que gostasse de mim, alguém como o Luke.

O problema é que eu não tenho nada de diferente das outras garotas. Temos corações burros e o péssimo dom para escolher exatamente o que é pior para nós mesmas.

Bem, pelo menos eu prefiro acreditar que seja isso... Prefiro colocar a culpa naquele que bombeia meu sangue e meu sexo, do que admitir para mim mesma que eu não conseguia tirar o Harry da cabeça por escolha própria.

Maldito Harry Styles!

Maldito Harry que não se apega, maldito Harry que fica com uma garota apenas uma vez, maldito Harry do "é apenas sexo", maldito Harry que eu não consigo tirar da cabeça.

Maldito Harry Styles por quem eu tinha grande chances de estar apaixonada... Ou já estava? Não, não! Eu não queria pensar nisso agora.

E se não bastasse pensar naquele completo idiota, eu ainda tinha que lidar com o Luke.

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, fosse na faculdade, no apartamento deles ou simplesmente nas ruas dessa estúpida cidade, nós íamos nos cruzar e ele iria tocar naquele assunto novamente.

E tudo isso porque eu havia bebido demais em uma festa.

Malditas festas  universitárias, nas quais eu raramente vou mas quando eu vou, adivinha quem bebe demais e acaba dormindo com o amigo errado?

Maldita Lolla Collins!

Ótimo, quando eu chegasse em casa teria que colocar todo meu dinheiro no potinho da boa educação. Afinal, maldição é uma palavra ruim, não? 

Eu poderia ligar para o Luke e perguntar, mas caso ele atendesse o telefone, a conversa que eu não queria ter tão cedo voltaria.

Legal, eu não posso falar com nenhum dos meus melhores amigos.

O que eu faço agora?

Luke

— Você falou com a Lolla hoje? – Perguntei enquanto entrava no quarto do Harry.

— Acho que sim. Não me lembro.

— Ela foi embora. — Suspirei frustado. — Eu deveria acreditar que ela realmente tem algo importante para fazer?

— Provavelmente não. — Ele deu de ombros.

— Ela atendeu o telefone meio tensa, será que era o cara da festa?

— Eu não sei que cara é esse.

— A sua indiferença com tudo isso é gritante, Harry.  Mas eu não me surpreendo, estranho seria se um dia você se importasse com algo que eu falo.

— Eu me importo, loirinho.

Harry olhou por para mim por uns três segundos e voltou a atenção para o celular enquanto digitava furiosamente.

É, claro que ele se importava.

Ele nem ao menos disfarçava que estava prestando atenção.

— Eu entrei nesse quarto e você nem olhou pra porra da minha cara, Harry! Será que pelo menos uma vez nós podemos falar sobre o que sentimentos pelas garotas e não sobre os peitos delas?

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