Seus olhos

Capítulo V

Vicky contou toda sua história com Cesar para Eduardo, o qual ficou intrigado e fez várias perguntas, ele não tinha duvidas que eram almas-gêmeas que voltaram a se encontar, no entanto havia uma pergunta que o deixava inquieto, mas que ao mesmo tempo sabia que Victoria nem ninguém saberia responder, decidiu esperar uma oportunidade para tentar tirar mais duvidas sofre o caso. Ele tentou convence-la, só que Vicky se negou a sofrer a hipnose, lembrar o passado a assustava um pouco ainda. No entanto, no meio da conversa o telefone dela tocou.

- Com licença, é minha mãe ela não me liga assim principalmente quando sabe onde estou. Deve ser algo importante.

- Não se preocupe. - saiu da sala deixando Gaby e ele conversando. Ela sentia um aperto estranho no peito.

- Alô, mãe?

- Vicky, meu bem. Como está?

- Bem, mãe. Ainda não saímos da casa do terapeuta. O que houve?

- Filha, quando voltar venha direto aqui para casa preciso falar com você urgentemente.

- Fiquei preocupada agora. Aconteceu algo com os meninos, papai?

- Não, amor. Só me obedeça, OK? Venha com calma, não se apresse devido a curiosidade.

- A senhora e sua mania de suspense, por Deus!

- Vem logo e pare de reclamar.

Desligou o telefone e voltou a sala apressando Gaby a voltar ao D. F., se despediram e voltaram, no caminho Vicky contou a reação estranha da mãe ao telefone e Gaby tentou a acalmar, mas a bela Vicky sentia que algo ruim havia acontecido.
Ao chegar na casa de seus pais, Victória entrou rápido e deixou Gaby estacionando o carro. Encontrou dona Guadalupe, falando ao telefone; Marcelo e Cristóvão sentados no sofá em silêncio. Um clima triste e o tom da mulher ao telefone era fúnebre, ela desliga e se vira para olhar a porta e vê a filha, os gêmeos levantam do sofá ao perceber a chegada de Vicky e o coração dela acelera.

- O que houve? - os gêmeos olharam para Guadalupe e ela deu passos na direção de Vicky.

-Filha é o Cesar ele...

- Ele o que? - o coração de Vicky parecia que ia sair pela boca e seus olhos lacrimejaram.

- Ele sofreu um acidente... - os olhos de Vicky arregalaram e as lágrimas cairam, ela pensava que o pior tinha acontecido. - Está internado em estado grave.

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Hospital

Victoria entrou desesperada e pediu informação na recepção, uma moça a direcionou ao terceiro andar do prédio onde se localizava a sala de espera e os familiares do determinado paciente. O coração da nossa pianista estava acelerado, o que causava uma dor em reflexo do medo de perder o homem que amava. Ao chegar na sala ela reconheceu a Chava, e ele se aproximou para abraçá-la, apesar de que não eram muito chegados, nessa hora precisavam do apoio um do outro.

- Como ele está? - Vicky se separava do melhor amigo de Cesar com lágrimas nos olhos e Chava abaixou a cabeça enxugando as lágrimas que caiam envergonhado por chorar.

- Está na sala de cirurgia. A única informação que consegui é que ele teve um traumatismo craniano, o osso parietal se aprofundou e acumulou um coágulo na área. Eles precisaram levá-lo as pressas para retirar o coágulo e reposicionar o osso que estava pressionando o cérebro. É uma cirurgia delicada.

- E como aconteceu?

- Ele ia para o trabalho e pelo que parece tentou desviar de outro carro. Cesar tem a mania de dirigir em alta velocidade. - Vicky chorou mais enquanto ele falava e sentou no sofá sendo seguida por Chava. - Falei com os policiais e eles me falaram que não havia marcas de pneu na pista.