Capítulo IV

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"Disfarço meu ciúme, engulo tuas provocações; O sangue ferve, sinto raiva, mas não crio caso, não faço cena, porque sei que no final da noite
eu vou te pegar de jeito e te mostrar por quê você é minha, só minha..."
Augusto Branco


Uma semana depois, apesar das indiretas maldosas de Don Ramón sobre o novo namoro da filha, o casal passou dias felizes e tranquilos. Como uma forma de surpreender o namorado, Vicky resolveu visitá-lo em um sábado de gravação.
Entrou na enorme emissora, pedindo informações para chegar ao foro em que Cesar estava, mas soube que no momento ele estava no seu camarim e foi deixada por um faxineiro, muito simpático, perto da porta do destino em questão.
Ela estava com saudade, a relação dos dois havia progredido tanto em tão pouco tempo que um dia sem se verem, causava uma saudade até dolorosa e havia dois dias que somente se falavam por telefone. Respirou fundo e entrou.

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Minutos antes

Para César, aquela manhã foi cheia de gravações e o pior com uma mulher que ele não conseguia afastar de sua vida. Estava irritado, toda a manhã foi praticamente assediado por Vivian. No intervalo das gravações ele correu para o seu camarim, mas antes de fechar a porta alguem entrou de supetão e sem pedir permissão.

- Vivian, o que você faz aqui? - disse sério e visivelmente irritado. - Saia, por favor, quero relaxar antes da próxima gravação.

- sorriu e o abraçou pelo pescoço. - Amor, não faz assim. Você sabe que posso te ajudar a relaxar e... - tocou em suas partes intimas com forca, Cesar arregalou os olhos. - Você sempre amou esses momentos em seu camarim. - começou a beijar o pescoço do homem a sua frente, ainda movimentando as mãos em suas partes. Cesar tomou folego e retirou a mão dela daquele local. Mas, Vivian foi rápida e o beijou.

- Cesar?! - Cesar separou Vivian de seu corpo com força e olhou para o lado em direção a Victoria, a qual o olhava séria e ainda com a mão na maçaneta da porta.

- largou vivian andando em direção a Vicky, desesperado. - Não é o que parece eu posso explicar! Por favor!

Vicky não disse nada e saiu do local sendo seguida por Cesar. Vivian sentou no sofá rindo, satisfeita, não era o plano dela, mas estava indo bem demais para algo não planejado.
Enquanto isso, em um dos corredores do set, Cesar buscava entendimento da parte de Victoria e ajuda dos deuses nessa questão.

- Vicky, por favor! - tocou em seu braço a fazendo parar, ela chorava. - Vivian entrou em meu camarim, sem ser convidada, estava se oferecendo... Eu a dispensei mas, quando pensei que ela ia me soltar e ir embora. Me beijou! Foi de repente, amor! Acredite em mim! Por favor!

- Como, Cesar?! Eu vi vocês se beijando e... Se coloque em meu lugar um pouco!

- Eu sei, meu anjo. Me perdoe. Sempre soube das intenções maldosas de Vivian e nunca dei um basta definitivo. Mas, darei... Por nós, amor. Por favor! É isso que ela quer! Nos separar! Não deixe, por favor... - Cesar esperou uma resposta enquanto a olhava no fundo dos olhos, transmitindo todo amor e aflição, mas Vicky deu as costas e saiu. Ele pensou em segui-la, mas ainda tinha gravação e resolveu dar essa tarde para ela se acalmar; a noite a buscaria.
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NOITE - Casa de Victoria

Victoria estava triste, conversou com a mãe que a aconselhou a conversar com Cesar e buscar entender o lado dele. A garota sabia que a mãe sempre tem razão, mas seu orgulho e o ciume a corroía, ela não conseguia pensar em Cesar sem lembrar daquela mulher agarrada ao pescoço dele, seus lábios unidos e ele sem reagir, sem a afastar, sem fazer nada para evitar aquilo. Ao lembrar ela o odiava mais ao mesmo tempo que sofria, pois o que mais queria era perdoá-lo e fazê-lo dizer que a ama e que aquela vadia não é nada para ele.
Naquele início de noite, Victoria estava deitada em sua cama, pensando, quando o celular tocou.
Era Cesar. Ela pensou um pouco, decidindo se atenderia, resolvendo se seria rude, fria, amorosa... Então, respirou fundo e atendeu.

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