— Tenho certeza que ouve um engano. – Anna estava tentando se sentar na cama, ignorando cada musculo dolorido e as pontadas de dor. – Deve ser outra paciente...
— Não houve engano nenhum, você está grávida de dois meses e três dias. — a voz tão decidida que fez Anna para o que estava fazendo.
As mãos começando a tremer e suar.
— I-isso não pode ser verdade, eu não tive enjoo...
— Cada caso é diferente, algumas não sentem nenhum dos sintomas e outras sentem tudo. —percebendo o choque e pânico de Anna, a medica suavizou a voz. — Deve ter sentido alguma coisa. Cansaço, apetite mais aberto, alguns desejos, o ciclo desregulado...
— Eu não percebi nada disso. — confessou, os olhos se enchendo de água. Não sabia se estava prestes a chora pelo dor no corpo ou pelo choque de estar gravida. Provavelmente os dois.
— Você tem ganhado peso e comendo mais no ultimo mês. — sua irmã se pronunciou. o tom de voz baixo. — Eu percebi, só achei que era por que estava animada e começando a viver de verdade.
O peso da situação começou a cair sobre ela. Anna estava gravida e a única pessoa com quem se relacionou - na vida. -, fora Niall. Ele era o pai dessa criança. Como iria contar a ele? Como contaria a sua imã que estava gravida do homem que ela gostava? O quanto isso poderia machucar Luke ainda mais?
Oh céus!
— Anne eu...
— Não. – ela pede. – Se você não confiou antes pra me dizer, não precisa confiar agora. – sua voz estava mais abalada do que com raiva. — Sei que você não gosta de Luke, então tenho uma boa ideia de quem seja o pai.
— Anne. — era inútil chamar. Era mais inútil ainda quando a irmã saiu do quarto, deixando Anna para trás, inerte.
— Sinto muito por isso. — a medica volta a dizer. — Vou indicar um medico especialista na área para orientar você. Sou medica cardiologista e tivemos sorte por eu ser a única que estava de plantão ou seu estado poderia ser grave.
— Muito obrigada doutora. — Anna ainda conseguia dizer, mesmo com o choro preso na garganta. — Ainda não sei seu nome.
— Anna! – a porta do quarto é aberta com violência e Niall adentra perdido. A imagem de Anna em roupas de hospital, enfaixada e toda vermelha o fez se partir. Algo estilhaçava dentro de si toda vez que pensava no pior. — Graças a Deus. — ignorando tudo ao redor, ele se dirigiu rapidamente ate a cama e alisou os cabelos de Anna, tocou seu rosto com todo cuidado. Analisando as feridas e os machucados. Ela estava segurando um choro e parecia que estava prestes a se desfazer bem ali. — Você esta bem? — ela assentiu levemente.
— Niall? — ele enrijeceu o corpo ao som da voz feminina. Não esqueceria essa voz mesmo na morte.
Relutante ele virou o rosto, se afastando pouco de Anna e encarando a medica a alguns passos de distancia. Seu coração se afundou no peito.
Sabe quando você acha que as coisas não podem piorar? O universo mostra o quão errado você pode estar. A coisa piora e muito.
Começou quando recebeu a noticia do acidente de Anna. O loiro saiu tão as pressas do estúdio que havia furado dois sinais vermelhos e então teve o azar de ser parado por um policial que estava passando por ali. Precisou telefonar para Harry o ajudar e depois de quinze minutos esperando o amigo, ele e Louis chegaram. Deixando o segundo cuidar do carro e da ocorrência, Harry o levou até o hospital. Perdeu ainda mais tempo preenchendo um formulário de visita na recepção e ainda foi abordado por Luke e Anne na sala de espera. Recebeu um resumo do que aconteceu e sem aguentar esperar nem mais um segundo entrou no quarto para ver sua namorada, que aparentemente foi socorrida por sua ex.
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A Importância dos Momentos
De TodoPrimeiro beijo, corações, sexo, experiências e amor à primeira vista é um clássico de livros de romance que Anna Collins adora ler em braile, mesmo que isso jamais acontecerá em sua vida. Uma mulher que enfrentou barreiras a vida toda, principalment...