Capítulo 28.

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A vista de Anna naquele vestido - a pequena barriga sobressalente com um cinto dourado acima. -, com certeza era uma das coisas mais belas que Niall já vira. Tinha passado muito tempo sem ver Anna, mas não tinha se esquecido de sua beleza, nem de seus detalhes. Os quais tinha passado tanto tempo memorizando. Porém nenhuma memoria fazia jus aquilo. Anna esta deslumbrante. E ela sorria, não sabia ao certo se para ele ou por nervosismo. Porém aquele sorriso derreteu e encheu seu coração ao mesmo tempo.

— Obrigada. – o tom de vermelho em suas bochechas, deixava nítido o quão tímida estava. Oh, ele amava tanto isso nela.

— Eu vou ajudar o Louis com o nosso almoço. – Harry diz, chamando o companheiro para deixar os dois a sós e logo estavam sozinhos.

Niall não sabia se estava respirando. Tinha ensaiado essa conversa, esse momento tantas vezes que tinha palavras prontas e decoradas. Agora estando diante dela, parecia que sua cabeça não conseguia trabalhar ou se lembrar de nada. Nada que não fosse a mulher a sua frente.

— Certo. — ele começa, tentando se lembrar por onde começar.

Aquele era um momento difícil e delicado. Saber o que dizer, como dizer. Você passa todo o tempo calculando cada segundo desse momento, escolhendo palavra, por palavra para falar, tentando dizer pouco e fazer entender muito. Estava com tanto medo. Se não dissesse a coisa certa Anna poderia jamais perdoa-lo e ele não conseguiria viver com isso. Tinha que extrair tudo aquilo que estava atribulando seu coração, nem que isso o fizesse parecer um manhoso e melodramático. Neste momento não importava mais, desde que fizesse Anna o aceitar de volta. Tudo seria valido.

— Tudo bem. – suspira. – É tanta coisa pra dizer. – ri nervoso. – Primeiramente quero te pedir perdão por tudo que eu fiz, por ter te feito chorar e sofrer daquele jeito. Por não ter ido atrás e ter te deixado sozinha naquele hospital. Porém eu também precisava do meu tempo, sabe? Precisava pensar sobre toda merda que eu fiz, sobre nós e agora também sobre o nosso bebê. – ele volta seu olhar para a barriga dela. – Talvez não há nada do que eu diga ou faça que vá fazer você me perdoar. E eu entendo e aceito qual for sua decisão. Nesse último mês eu tenho me odiado, e me enojado pelas coisas que fiz. — a voz estava tremula, receosa. — Hoje eu percebo que não precisamos colocar um titulo em tudo, não precisamos oficializar nada para se ter respeito por outra pessoa. Eu me envolvi com você e estava ciente do sentimento e ainda sim estraguei tudo. Não sou digno de sua confiança. 

Niall fechou os punhos para evitar que as mãos tremessem mais e tomou folego antes de prosseguir:

—  Eu sei que o que fiz não foi certo, não estou tentando justificar meu erro, mas eu estou arrependido e nossa... você não faz ideia do quanto é difícil ficar sem você. — Anna juntou as mãos acima da barriga. — Estou aqui para me submeter a cada e qualquer coisa que você pedir. Para me redimir e conquistar você e sua confiança novamente. —  uma passo para perto. — Não somos o tipo de casal que estão a anos juntos, porém mesmo nesse curto período você se tornou muito mais do que qualquer outra pessoa da minha vida. Cada pequeno instante se torna um grande momento ao seu lado e eu não posso perder isso. – Niall se aproxima. – Eu não posso perder você, por que eu passei tanto tempo da minha vida procurando alguém como você... que só a ideia de não poder ter você comigo me destrói. Por isso te peço para você voltar.

Anna ouvia tudo com tanta atenção. Atenta aos sentimentos gravados nas palavras, as trepidações em sua entonação.  A intensidade dos seus sentimentos, a vibração que a sala estava. Ela podia sentir na pele, no coração e nos ossos. Não sabia se era um dom por ter nascido cega, ou se conseguiu desenvolver isso conforme os anos. Ela conseguia sentir a emoção das palavras das pessoas, sentir sua inclinação para verdade ou mentira. Anna sentia cada uma das emoções de Niall, retumbando em sua alma. O imenso amor, a tristeza desoladora e um desespero eloquente por ela. Nunca ninguém tinha se sentido assim com ela, por ela. Nem mesmo Luke quando confessou seus sentimentos. Luke a amava imensamente, sentira isso. Porém aquilo... estava fora de cogitação. Niall ardia de amor e paixão, era quente como o inferno e tão imenso quanto um oceano. 

A Importância dos MomentosOnde histórias criam vida. Descubra agora