Capitulo Dois

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(Postagem dia sim e outra não. Depois do livro completo aqui, irei retirar)

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O caminho até o restaurante foi em silêncio absoluto. Eu nem sabia o que dizer e minhas mãos estavam suadas como prova do meu nervosismo. Por um momento me recriminei. Como poderia estar me sentindo assim depois de tanto tempo juntos? Tudo bem de casados tínhamos apenas dez meses, mais e de namoro? Ficamos juntos por cinco anos antes de casar, e eu nunca me senti assim. Pelo menos não que eu lembre...

--Chegamos. –ele me tira do meu devaneio.

--Ok. –dou um pequeno sorriso.

Ele estaciona o carro na vaga, desliga e sai do carro. E antes que eu pudesse abrir a minha porta ele já o havia feito. –Oh, obrigada. –sorrio, com a surpresa.

Caminhamos até a mesa, e nos sentamos.

-- Pensei em pedir um bife grelhado com purê de batata. O que acha? –ele diz enquanto encara o cardápio.

-- E um suco de laranja. –completo.

Ele pede a comida, e eu friso que prefiro adoçante.

-- Ana, porque foi na empresa hoje? –ele pergunta.

-- Já te respondi. –respondo, enrolando o guardanapo por diversas vezes, em um ato de nervosismo.

--Esta tudo bem? –ele coloca sua mão em cima da minha, e acaricia. –Sinto a pela formigar, e a sensação é única. E eu havia até me esquecido de como era... Engulo em seco.

-- Esta sim. –digo.

Ele acena com a cabeça e em seguida nosso pedido chega.

--O cheiro está ótimo. –sussurro.

--Está mesmo. –Ele suspira.

Após algumas garfadas, ele se ajeita na cadeira, aparentando incomodado. Passa a mão pelo cabelo, e beberica um pouco do suco.

--Queria lhe fazer um pergunta. –ele desvia o olhar do prato para mim. Deixando seus talheres no prato.

--Claro. Pergunte... –incentivo.

--Porque nunca quis ter filho?

Ai, estamos nós, batendo na mesma tecla novamente. E como em um flash eu me lembrei do porque de ter me afastado dele aos poucos. Eu não queria ter filhos, e talvez o meu maior erro fosse não ter conversado sobre o assunto antes de casarmos.

Meu semblante fecha.

-- Não quero brigar... –ele começa a falar novamente. –Só quero te entender. –Explica.

--Você sabe que não quero filhos... –digo tentando manter a calma.

--Eu sei que não quer, mais não sei o motivo. –ele diz sereno.

--Isso importa? –retruco.

--Importa, porque esse é um sonho meu. Ter um filho da mulher que amo. –diz começando a perder o controle.

--Você ainda me ama? –a minha voz sai mais baixa do que eu pensava. –ele da um pequeno sorriso.

-- Claro que eu amo. –Diz de forma carinhosa. – Porque pensou que eu não a amava? –agora ele estava indignado.

--Quer mesmo que eu numere? –pergunto.

--Tem uma lista? –ele diz pasmo.

--Claro que tem! –murmuro.

Meu casamento em Apuros (Degustação)Where stories live. Discover now