Cap. 19 ㅡ Música: Baside you parte 1

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I don’t wanna go

Lua narrando:

Faz três semanas que as palavras dele invadem minha cabeça sem nem ao menos pedir permissão. Eu estou completamente apaixonado por você. Por mim! Mas isso não é suficiente pra mim considerar seus sentimento, afinal, eu também sou completamente apaixonada por ele, mas ele não levou em consideração isso quando me trocou pela Mel. Ele cumpriu sua promessa de me deixar em paz depois da nossa conversa. Nem uma palavrinha. Isso fez meu coração doer um pouquinho. Por mais que eu dissesse que irritava, era bom receber atenção dele assim. Pra falar a verdade, ele estava bem estranho ultimamente. Tão quieto do outro lado da sala. Nenhum professor chamou a atenção dele.

Tá dando dó, não vou mentir não.

Eu estava quase indo abraça-lo, só pra ver se ele voltava a sorrir. Mas isso não foi necessário. Enquanto eu voltava da casa do Lucas lá pelas sete da noite, o encontrei no caminho. Eu pretendia passar por ele sem dizer nada, mas ele me parou. Ele estava péssimo, com leves olheiras em baixo dos olhos,  uma feição cansada, e os ombros caídos.

ㅡ Conversa comigo, só um pouco? ㅡ pediu com a voz carregada.

Assenti em consideração ao estado físico dele. Me encostei no muro e esperei que começasse a falar.

ㅡ Quando eu comecei a grafitar no parque de diversões abandonado, eu não sabia que ele não era tão abandonado assim. ㅡ disse ㅡ Há quatro dias o dono do parque me pegou grafitando no muro e chamou a polícia. Meu pai foi lá me buscar, brigou muito comigo, foi na escola no outro dia para atualizar a escola disso e saber se eu tenho esse "comportamento de marginal" por lá. Então comentaram sobre todas as advertências que eu levava, mas ele não sabia disso, já que eu falsificava a assinatura dele.

ㅡ E por que está me contando isso? ㅡ perguntei.

ㅡ Eu vou morar com a minha mãe na cidade em que ela mora. São umas oito horas de lá até aqui. ㅡ concluiu.

Aimeudeus, ele vai embora? COMO ASSIM? NÃO PODE! A GENTE NEM CASOU AINDA, NEM TEVE FILHOS, NEM ENVELHECEU JUNTOS! ELE NÃO PODE IR AGORA!

Seria muito trágico se não fosse pela pessoa cantando na casa do outro lado da rua. Ela canta mal.

ㅡ Eu vou ir pra lá domingo ㅡ continuou ㅡ , e não sei por quanto tempo vou ficar por lá. Eu queria... Eu queria que você passasse mais tempo comigo até domingo. ㅡ colocou as mãos nos bolsos do casaco ㅡ Só ficar perto de mim e conversar, não ficar comigo exatamente.

ㅡ Ah, é claro. ㅡ dei um sorrisinho.

Ele sorriu sem mostrar os dentes e olhou para o chão, claramente chateado. Me aproximei e toquei seu ombro.

ㅡ O que foi? ㅡ perguntei.

ㅡ Me dá um abraço? ㅡ pediu me olhando com os olhos brilhantes.

Que coisa mais fofa! Tem como resistir a essa demonstração de fofura? Tem como impedir que o coração derreta igual a sorvete? Eu passei os braços em volta do seu pescoço e o abracei. Seus braços rodearam minha cintura e me apertaram como se ele quisesse que eu me tornasse uma parte dele.

ㅡ Eu não quero ir. ㅡ sussurrou enterrando sua cabeça no meu pescoço.

ㅡ Nem eu quero que você vá. ㅡ admiti.

Senti ele sorrir sobre a pele do meu pescoço.

ㅡ Estava com saudades do seu cheiro. ㅡ disse.

ㅡ Só do meu cheiro? ㅡ provoquei.

ㅡ Do seu cheiro, da sua voz, dos seus olhos... De você toda!

ㅡ Eu também. ㅡ sussurrei.

Ele me apertou mais.

ㅡ Ai, Daniel. Me solta! Tá apertando! ㅡ ele apertou mais ㅡ Aaaaaiiii! Tá doendo! Ai, meus órgãos!

Me soltou e se afastou.

ㅡ Desculpa. ㅡ sorriu.

ㅡ Tudo bem.

Ele se aproximou de novo e levou a mão ao meu rosto. Ele acariciou minhas bochechas, meu queixo, meus olhos e passou os dedos por meus lábios. Arrepiei com o seu toque. Eu segurei suas mãos e as levei até minha cintura, me inclinei rodeando os braços por seu pescoço e fechei os olhos. Logo sua boca procurou a minha com desespero. Ele passou as mãos pelas minhas costas por dentro do moletom e me empurrou contra a parede me prendendo.

ㅡ Na minha época, as moças não permitiam que rapazes fizessem isso em público, isso é coisa íntima. ㅡ disse uma voz áspera.

Eu empurrei o Daniel e olhei para o velhinho passando pela rua. Ele virou a esquina e eu comecei a rir apoiada no Daniel.

ㅡ Nunca mais te beijo no meio da rua. ㅡ disse rindo ㅡ Isso é íntimo.

ㅡ Isso não é coisa que se faça, sr. Daniel. Primeiro é necessário que case-se comigo para que depois possamos nos beijar, na intimidade de nossos quartos, claro. ㅡ disse em uma postura saída direto de um filme de 1970.

ㅡ E para que possamos nos reproduzir, é necessário casamento também? ㅡ perguntou sorrindo.

ㅡ Absolutamente. ㅡ assenti.

Ele puxou um fiapo de sua calça rasgada e pegou minha mão. Ele passou o fio pelo meu dedo anelar e disse olhando nos meus olhos:

ㅡ Você aceita se casar comigo?

ㅡ Eu... ahn... sim...

ㅡ Eu também aceito. Pronto, agora estamos casados.

ㅡ Vo-você não está com a ali-aliança. ㅡ disse com um sorrisinho tímido nos lábios.

Ele puxou mais um fio e pediu para qeu eu amarrasse em seu dedo, o que logo fiz.

ㅡ Agora você é minha esposa. ㅡ garantiu ㅡ Só minha.

Ele pegou na minha nuca e se aproximou antes de ser imterrompido pelo barulho do celular tocando. Ele pegou e atendeu de costas para mim.

ㅡ Alô... Perto de casa... Daqui uns vinte minutos eu apareço... Mas eu... Tudo bem... Sim, senhor... Até mais... ㅡ desligou e se virou para mim ㅡ Tenho que ir para casa.

ㅡ Mas já? ㅡ fiz biquinho.

ㅡ Sim, desculpe. ㅡ pediu.

ㅡ Tudo bem, a gente se vê amanhã? ㅡ perguntei.

ㅡ Com toda a certeza.

ㅡ Ok, então. Até amanhã. ㅡ me despedi saindo.

Ele segurou meu braço.

ㅡ Onde pensa que vai? ㅡ perguntou ㅡ Iria sair sem dar um beijo no seu marido?

ㅡ Besta. ㅡ ri e me joguei nele.

~🎶~

Lerigou
Lerigou
A Larissa postoooouuu

Oi, tudo bom com vocês? Comigo tá tudo ótimo.

Bye, kiwis♡...

Como (Não) Conquistar A Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora