Capítulo 2

228 22 1
                                    

Olha eu aqui... Espero que curtam....

Boa leitura...

  ________________________________________________________________________________  

Precisava descobrir mais sobre a vida do Luiz:

– Dr. Luiz, impossível você ser tão jovem e bem afeiçoado sem ninguém pra namorar?!

Luiz riu feliz:

– Grato Marcelo, não sou tão jovenzinho como pensa eu ser, tenho 36 anos. Nunca desejei me casar!

– Caramba Dr. Luiz, 36 anos? Juro que pensei que tivesse uns 25 e olha lá!

– Quem me dera Marcelo meus 25 anos. Você qual sua idade, namora, noivo, casado, enfim fala...

– Quer meu RG, CPF também?

Riram gostosamente pelas brincadeiras de ambos em um clima de cumplicidade amigável regada de paixão ardente. Marcelo não queria admitir a si mesmo que estava enamorado pelo Dr. Luiz:

– Tenho 27 anos, já fui noivo e terminei por ela ser chatinha... (Riram) Depois dela não tive mais namorada, sou calmo em se tratando de namorar.

– Mais calmo que eu? Tive uma só em toda minha vida, afinal, fiz o normal de todo homem, eu experimentei namorar uma mulher. (Riu)

Jantando conversavam Marcelo não se esquecia das palavras de Luiz ao falar que "experimentou namorar uma mulher":

– Falou ter se dado a chance em namorar uma mulher, por que Dr. Luiz?

– Sabia que perguntaria isso, até que demorou... (Riu) Sei lá o que vai pensar Marcelo, mas eu sou homossexual, gay entende?

– Compreendo Dr. Luiz, acho natural por ter muitos amigos gays na faculdade, nada contra!

– Assim pensa quem tem cultura como você Marcelo, infelizmente o preconceito é grande!

– Sei que é e como sofrem alguns amigos meus que são gays. Não sei se eu teria tal coragem em me assumir gay se eu fosse um de vocês.

– E não é, Marcelo?

Tomando água olhando Luiz, Marcelo tremendo ansioso temendo dar àquela resposta:

– Não que eu saiba ser gay, Dr. Luiz.

– É a vida, fazer o que?!

Luiz riu cabisbaixo cortando seu pedaço de carne, entristecido por não mais ter impressão de ser correspondido por Marcelo. Em silêncio ambos jantando e inevitável seus olhares se cruzavam.

Marcelo naturalmente se angustiava na fuga dos pensamentos que ardiam febris na paixão por Luiz. Aproximou-se da mesa outro Doutor de aparência jovial madura os cumprimentar:

– Boa noite Dr. Luiz, como vai?

– Bem Dr. Mateus, este é Marcelo, filho de uma paciente minha, estamos jantando.

– É estou vendo, prazer Marcelo, sou Mateus!

– Prazer Dr. Mateus!

– Bom apetite aos dois, eu preciso ver um paciente em fase terminal, com licença!

– Claro Mateus, nós nos veremos pelo hospital!

– Sim, depois te procuro e conversamos!

Marcelo percebeu um clima entre os dois, riu:

– Dr. Luiz percebi ciúmes da parte do Dr. Mateus?

Entristeceu seu olhar olhando água do seu copo:

Sou Homem e Amo Outro HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora