Capítulo 7

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Oieee

Volteeiiii...

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Bela manhã de domingo e Dr. Luiz com Marcelo retornaram a fazenda pela manhã junto de sua mãe Miriam. Ambos queriam andar a cavalo, Marcelo queria pescar, Miriam colocar algumas coisas em ordem na casa de campo e lá almoçariam. Miriam foi ver seus afazeres pela casa junto da mãe de Julio.

Dr. Luiz e Marcelo foram andar pela fazenda:

– Quem cuida dos jardins aqui Luiz?

– A família que vive aqui há anos, boa família. Bastante humildes, eu gosto deles, mas nenhum quis enfrentar o pai e sair daqui pra estudar...

...Ofereci estudo do que desejassem e por medo, vergonha ou ignorância nem sei ao certo, o pai dos três jovens não permitiu e eles obedeceram-no.

– Ainda existem pais com essa mentalidade?

– Em massa, mais do que imaginamos Marcelo!

Marcelo virou-se olhar uma flor que gostou e viu um vulto ao lado da casa:

– Tinha alguém nos sondando Luiz.

– Não há ninguém lá Celo!

– Eu vi Luiz, bom, deixa pra lá!

– Vem amor, vamos andar a cavalo. Vou pedir alguém prepara e aproveitaremos este domingo.

Foram até a casa do caseiro da fazenda e saiu Julio se contorcendo de vergonha e mal os olhava:

– Bom dia, eu quero que alguém prepare dois cavalos pra eu e Marcelo passearmos pela fazenda. Moço, eu não me lembro de tê-lo visto, quem é você?!

Tremendo Julio conversava olhando o chão os olhando de relance desviando seu olhar, como se estivesse com medo que Dr. Luiz descobrisse ele ter se masturbado espiando pela janela:

– Vai vê que num se alembra deu pra morde que eu tava trabaiando notra fazenda do lado daqui do douto Luiz. Troco de dono i o otro dono já troxe os capatais dele, me mando embora. Tô sem trabaio pago, mai óia e vê se gosta do jardim que prantei pra passa meu tempo!

– Foi você que os fez?

– Fui eu craro moço, eu gosto de trabaiá com fror e foiages pra enfeita. Descurpe eu sô Julio o douto num se alembra deu pra morde que ocê viu eu, tava ainda picurruchinho i agora so um home. Comecei a proziá i esqueci de te responde.

Riu envergonhado ao ver Dr. Luiz estender sua mão em um cumprimento amigável:

– Prazer em revê-lo seja bem vindo Julio, Realmente você cresceu rapaz, o vi tinha 10 anos.

– I num é? O tempo avoa memo!

– Agora já está empregado de volta, depois vai a minha casa e vou fazer os documentos pra que trabalhe aqui mesmo na fazenda e registrado.

– Agradeço douto, que alivio trabaiá e tê meu dinhero de vorta, num so home de passa as custa do pai. Baum eu memo preparo seus cavalo e levo na frente da tua casa, licença doto!

– Toda Julio!

Saiu passadas largas e Marcelo observando-o, Dr. Luiz o cutucou rindo enciumado:

– Hei Celo, interessado nele por acaso?

– Não Luiz, olhava pensando que foi ele quem eu vi nos espiando do canto da casa quando chegamos!

– E por que acha que Julio faria isso?

Sou Homem e Amo Outro HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora