E se os anjos caminhassem entre nós, discretos e invisíveis? E se um deles se apaixonasse por um humano? O que você faria se conhecesse a sua outra metade, mas não sentisse o seu beijo e nem o seu toque? Você ainda acreditaria no amor?
Os anjos eram...
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Jimin abriu os olhos com calma. A forte ardência nas suas têmporas o assustava, já que os anjos eram restritos a isso. O moreno estava sentindo dor e não sabia.
Piscou algumas vezes, tentando focalizar em algo, mas tudo parecia borrado, abstrato.
— Você está vivo. — o anjo ouve uma voz familiar sussurrando perto de si, mas antes que conseguisse identificar quem era, a pessoa se afasta. — Kook! O Jimin acordou! — ele escuta a mesma voz, dessa vez gritando a uma curta distância de onde ele estava. Logo em seguida, um vulto preto surge em frente aos seus olhos. Estreitou os mesmos, logo percebendo que o que via eram os cabelos negros da irmã caçula de Jungkook sobre seu rosto. Não resistiu e sorriu.
— Mana, não grite. — Jungkook pediu num sussurro, entrando rapidamente no cômodo. — Esqueceu que mamãe está em casa agora? — continua enquanto sentava na beirada da cama, tentando normalizar sua respiração, já que havia subido as escadas com pressa ao ouvir o anúncio da irmã.
— Jungkook. — Jimin chama num sussurro, tentando erguer-se e sentar na cama, mas antes que o fizesse, o humano intervém.
— Fique deitado mais um pouco, por favor. — Jungkook pede, com um semblante preocupado.
— Quem é Jimin, filho? — a mulher surge no quarto, surpreendo o filho mais velho, que engole em seco e levanta de supetão. Jungkook coça a nuca, mordendo o lábio inferior enquanto pensava rapidamente em uma resposta.
— Ele é o-
— Meu amigo. — o moreno corta a irmã caçula, que acabou pronunciando-se primeiro, enquanto lhe lançava disfarçadamente um olhar de repreensão. — Ele chegou quando a senhora saiu, passou mal e então eu o trouxe para cá. — disse as primeiras palavras que lhe vieram em mente. — Jimin, esta é a senhora Jeon. Mãe, este é Jimin. — ele os apresentou rapidamente, mudando de assunto.
— Olá, Jimin. — disse com um sorriso nos lábios que lembrava muito o do filho. — Se sente melhor? — ela questiona, observando o outro, que se ajeitava na cama.
— Sim. Obrigado por se preocupar. — o anjo assente com a cabeça, correspondendo o sorriso carinhoso da senhorita Jeon.
— Qualquer problema, leve ele ao hospital. Ouviu, Jungkook? — se voltou para o filho, que estremeceu levemente ao ouvir sobre o hospital, já que fazia pouco tempo desde o acidente que sofrera. Desastre este que nem mencionou sobre com sua mãe. — É melhor do que apenas deixar ele aqui em casa. — continuou. Após um suspiro inaudível, Jungkook acenou positivamente com um movimento de cabeça e acompanhou sua mãe saindo do cômodo com o olhar.
— O que aconteceu, Jimin? — perguntou com o tom de voz baixo, ajoelhando-se ao lado da cama que Jimin ainda estava deitado. Quis sorrir ao ver sua irmã acariciando os fios de cabelo do anjo, mas se conteve. Precisava se focar. — Você apagou do nada. Isso deveria acontecer com os anjos? — ergueu uma sobrancelha. — E minha mãe conseguiu te ver também, o que está havendo?
