E se os anjos caminhassem entre nós, discretos e invisíveis? E se um deles se apaixonasse por um humano? O que você faria se conhecesse a sua outra metade, mas não sentisse o seu beijo e nem o seu toque? Você ainda acreditaria no amor?
Os anjos eram...
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"Sim, Jimin. Você foi."
As palavras ecoavam na mente do pequeno anjo, que ficou sem palavras; atônito, a expressão vazia. Num único movimento, suas mãos caem ao lado do corpo, soltando a roupa do amigo, enquanto seus olhos se desviam para um ponto qualquer no chão.
— Então... É verdade? — Jimin questiona, sua voz saindo falhada e baixa.
— Sim. — Taehyung se limita a dizer, comprimindo os lábios ao ver o estado do menor.
— Você precisa me dar mais detalhes. — exige, por fim. Sua voz, repentinamente calma, deixou Taehyung preocupado. — Eu fui punido por me apaixonar?
— É uma história longa, Jiminnie. — o loiro solta um suspiro, massageando as têmporas. — Vamos para outro lugar, sim?
Jimin não se pronuncia, somente abre as enormes e grandiosas asas em resposta. Num piscar de olhos, os dois estavam caminhando pela praia.
— Pode falar agora. — Jimin profere num tom ligeiramente autoritário e frio, fazendo Taehyung engolir em seco.
— Assim que Anne morreu, como sempre, você foi designado para cuidar de outro humano. — o anjo fala, olhando para o menor de soslaio.
— Timotheo... — Jimin profere num quase sussurro.
— Sim. — o loiro balança a cabeça em confirmação. — Inexplicavelmente, você se conectou com ele assim que o garoto passou os primeiros segundos fora do útero da mãe. — continuou enquanto colocava as mãos para trás, entrelaçando as mesmas na altura do seu quadril. — Na verdade, você ficou emocionado porqu-
— Era o primeiro protegido que eu tinha conseguido chegar a tempo para ver o parto. — Jimin finaliza automaticamente, cortando Taehyung e fazendo o mesmo erguer as sobrancelhas em surpresa. — E-eu lembro... — continua, ficando inerte, em choque. Por um instante, Jimin pensou ter sentido algo estranho em sua cabeça, sua vista se embaçou e então ele soube: as visões haviam voltado.
"— E aqui está seu bebê, um menino grande e forte! — a enfermeira falava enquanto aproximava o recém nascido aos braços da mãe, que sorria abertamente para a criança que chorava a plenos pulmões. Jimin aproximou-se da cama, sentindo algo lhe atingir por completo. Uma sensação boa e extremamente alegre, tão quanto a que ele sentia quando assistia o nascer e pôr do sol.
— Já sabe o nome? — uma outra enfermeira pergunta. A mãe balança a cabeça em afirmação, sem desviar os olhos do filho.
— Timotheo."
— Jimin, o que houve? — a voz do amigo o traz de volta para a realidade. — Você está bem? — questiona com o cenho franzido, segurando firmemente nos ombros do menor enquanto o balançava delicadamente. Taehyung cerrou os olhos quando Jimin confirmou, não acreditando totalmente no anjo.