Capítulo 12

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Meu relógio apitou e eu finalmente parei de correr. Uma hora e meia. Fui para o quarto disposta a tomar um banho e só sair de lá se acontecesse algo MUITO importante. Pedi para Olívia não se importar com o almoço, estava sem fome.

 Assim que saí do banho, peguei meu celular e tinham algumas mensagens, inclusive dele.

      "Me encontra na adega hoje, 19h, e não aceito não como resposta."

                                                                            ***

 O palácio estava mais frio que o normal, e assim que desci as escadas, me arrependi de não ter pego uma blusa mais quente.

  Eram 19:10 quando eu cheguei  na adega e ele já estava lá, andando de um lado para o outro, olhando todos os armários de bebidas. Meu pai não costumava beber, por isso a adega era tão cheia. Mas sempre dizia que uma boa bebida não poderia faltar em uma festa, já que ele era um grande fã de festivais.

 -Achei que não viria.- Ele disse.- Você costuma ser pontual.

-Cabeça cheia, sabe como é, né? Como foi lá com o seu pai?

-Longos minutos de sermão.

-Sermão? 

Ele abriu o armário me ignorando e pegou uma garrafa, parecia entender, já que lia o rótulo atentamente. Pegou dois copos e se sentou no chão.

-Sente-se!- Acho que isso é o suficiente para te embebedar. É brincadeira, não me olha assim não.

 Cada gole, um novo assunto, cada copo, uma nova sensação, o frio já tinha ido embora.

-E foi assim que eu quebrei meu braço na aula de hipismo.

-Você é patética, Catarina.- Ele disse rindo entre goles.

-Pelo menos meus pais não me pegaram no quarto dos empregados com a governanta na cama.-Disse.

-Pegou pesado.- Ele disse jogando uma almofada em mim. Sim, depois de um tempo, pegamos alguma coisa para sentar, o chão da adega não era lá muito confortável.

-Como ousa?- Fingi indignação jogando a almofada de volta.

Luke bateu na almofada e foi em direção à garrafa, que que caiu, espalhando e resto do líquido no chão. Depois que paramos de rir de tudo aquilo, decidimos limpar a bagunça.

-Catarina?

-Sim?

-Você está tensa.

-Ah Luke...É muita coisa junta, e eu queria sair da rotina, como estamos fazendo, mas eu não consigo esquecer de tudo que tá acontecendo por aqui.

-Quer sair mais ainda da rotina né?

-Seria bom, eu acho.

-Quer fazer algo louco?

Antes que eu pudesse responder, Luke pegou a minha mão e fomos para o seu quarto.

-O que você tá fazendo Luke?- Disse ainda tonta.

-A questão é: o que vamos fazer. Antes de vir pra cá, ouvi falar de algumas festas, só jovens, sem senadores ou governadores, bebê.

-Bebê?

-Sai dessa posição fetal na minha cama e eu continuo a te chamar de princesa.- Ele disse.- Você está ficando bêbada?- Gargalhou.

-Claro que não, Luke. Eu tenho classe.

-Você está tão simpática.- Ele sorriu repetindo o que eu disse mais cedo.


Prometida - I (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora