CAPÍTULO 33 - NAMOROS

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DEBORAH

Cheguei em casa aquela noite nas nuvens. Ninguém havia chegado ainda então tomei um banho e me deitei. Dormi pesadamente, pois os eventos da noite me cansaram. Acordei com Embry me jogando algo.
- Ai... - reclamei - me deixa dormir mais cinco minutinhos... - pedi.
- Acorda preguiçosa! - Embry falou - Já passam das três da tarde! - dei um pulo.
- Porque me deixou dormir tanto? - reclamei me direcionando ao banheiro. Escutei ele responder.
- Como se tivesse alternativa! - reclamou.
Troquei-me e quando saí ele ainda estava lá. Desci para a cozinha e peguei meu cereal, aquela hora já havia perdido o almoço. Quando me virei dei um pulo.
- Credo assombração! - esbravejei - Quer me matar do coração Embry? - perguntei para o mesmo que apareceu a minha frente como um fantasma.
- Desculpe. - falou sincero. Percebi que ele estava estranho.
- Fala! - mandei.
- Falar o quê? - perguntou se fazendo de desentendido.
- Eu não nasci ontem ti... - quase - Embry. Porque estaria me perseguindo se não quisesse nada? - perguntei.
- Não é nada. - falou, mas ele não me enganava.
- Não gostou da homenagem de ontem? Pelo visto meu pai não gostou. - constatei.
- Não é isso. - falou.
- Então o que é? - perguntei.
- Está certo. - suspirou - Você se lembra o que é uma impressão Debbie? - perguntou e eu pensei.
- Mais ou menos. É aquilo que meu pai teve com minha mãe, né? - perguntei.
- Sim. - respondeu olhando para baixo.
Fiquei quieta e então me toquei.
- Você está querendo me dizer que teve a sua? - perguntei espantada.
- Sim. - falou.
- Mas esta é uma notícia boa, não é? - perguntei não entendendo seu comportamento.
- Sim. Mas você lembra que é o lobo que tem a impressão. O objeto de impressão pode não querer ele por perto. - falou angustiado.
- Entendo. É isso que está acontecendo com você? - perguntei e ele assentiu. Pensei um pouco e falei - Posso ajudar?
- Espero que sim. Pois ela é sua melhor amiga. - confessou.
- Sophie? - perguntei tonta.
- Sim. - respondeu.
- Mas eu não entendo porque ela não gostou de você. As meninas aqui se matariam por você. - falei - Sei disso porque Caleb faz o maior sucesso. - declarei suspirando sem querer.
Espero que ele não tenha percebido.
- Esse é ponto. Não sei se você vai gostar, mas sua amiga gosta dele. - falou e eu congelei.
- O que? Caleb? Porque ela nunca me falou nada? - ou falou?
- Provavelmente você não percebeu porque estava ocupada beijando-o - declarou.
- Eu... - comecei e ele me cortou.
- Não sou bobo Debbie. Percebi como se olham. E outra... vocês passaram muito tempo juntos ontem. - falou me deixando sem ação.
Recuperei-me e falei desviando o assunto.
- Tá... Vou te ajudar com Sophie. - falei.
- Promete? - perguntou esperançoso.
- Prometo. - respondi e nisso vimos uma cena que não se vê todos os dias.
Leah entrando saltitando na cozinha. Isso mesmo! Leah! A mal humorada da alcatéia. Pulando feito pipoca na nossa frente.
- Bom dia queridos! - cumprimentou sorrindo.
Eu olhei para Embry tentando entender. Este rolou os olhos e elucidou.
- Ela também teve seu imprint ontem. - falou - Mas foi mais feliz porque ele correspondeu. - arregalei os olhos deixando sair de meus lábios a pergunta que não queria calar.
- Quem é? - perguntei e eles se olharam. Leah me olhou temerosa.
- Debbie... Eu não sei se você vai gostar, mas é mais forte que eu entende? - perguntou.
Eu já estava surtando. Será que ela também se apaixonou por Caleb? Não! Ele estava comigo ontem. E também ela teria tido quando o viu pela primeira vez quando chegaram. Então o único nome que me veio à mente foi...
- Philipe... - pensei alto.
- Sim. Tudo bem? - ela pediu aflita.
Fiquei em silencio absorvendo. Decidi falar logo porque os dois me olhavam apreensivos.
- Lógico que está. Não poderia ser melhor notícia! - declarei e eles sorriram aliviados.
Comemos em paz. Estávamos felizes. Embry não completamente, mas era questão de tempo. Eu me empenharia ao máximo para ajudar.

CALEB

Acordei cedo e fui trabalhar. O sorriso em meu rosto teimava em não sair. O pessoal já estava desconfiado. Tentei disfarçar, mas não conseguia. Estava muito feliz.
O dia passou voando. A noite chegou e eu fui ver Debbie. Teria que me controlar. Não queria que seus pais soubessem ainda. Deborah era muito nova e, julgando pelo comportamento de Jacob, eles não aprovariam. Por isso pedi para ela ir com calma.
Cheguei lá e entrei cumprimentando todos.
- Boa noite! - falei.
- Boa noite! - responderam em uníssono.
- Tudo bem Caleb? - Nessie, que estava abraçada ao marido no sofá, perguntou sorrindo.
- Sim. E você? - correspondi sorrindo também.
- Estou bem. - respondeu.
- Como foi a noite Caleb? - Emmett perguntou com um sorriso malicioso.
- Boa. - respondi somente vendo Jacob se mexer desconfortável.
Observei que minha pequena, Leah e Embry não se encontravam. Alice se adiantou prevendo minha pergunta.
- Debbie e os outros saíram com os gêmeos. - falou e eu não consegui esconder meu desapontamento - Mas eles não devem demorar.
- Ok. - falei. Ela me olhou esquisita.
- Caleb... preciso que você me ajude aqui na cozinha. - pediu e, todos sem exceção, inclusive eu, estranharam aquilo.
- Tudo bem. - respondi a seguindo.
Chegamos e ela perguntou.
- Pode pegar aquele pote lá em cima para mim? - me mostrou no alto.
- Esse? - perguntei e ela assentiu.
Alice me entregou um papel quando pegou o pote que estava em minhas mãos me orientando sem palavras a lê-lo fora da casa. Aproximei-me da porta e foi o que eu fiz. Sorri ao sentir o perfume de Debbie.
Fiquei mais um pouco para disfarçar. Contaram-me do imprint de Leah e Embry. Fiquei surpreso. Eles haviam me explicado sobre o tal imprint, mas não sabia que era assim tão forte. Não estava mais agüentando então resolvi ir.
- Acho que já vou indo. - falei levantando - Converso com eles amanhã. - falei.
Me despedi e Alice me acompanhou até a porta aos sussurros
- Acho que terei que te dar um celular. - falou sorrindo. Sorri também e corri até a clareira.
Cheguei e Deborah estava lá. Ela estava de costas, mas pude perceber que estava linda. Com uma blusa branca larga e curta que deixava sua cintura a mostra, um jeans colado e uma bota clara que mais parecia um tênis. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo com uma tira fina da cor da bota. Aproximei-me lentamente e delicadamente a abracei.
- Oi meu anjo... - falei cheirando seu pescoço fazendo-a estremecer.
- Oi... - falou com um sorriso.
- Tudo bem? - perguntei.
- Agora que você está aqui, sim. - respondeu apertando mais meus braços ao redor de sua cintura. Sorri depositando um beijo em seu ombro onde minha cabeça repousava.
- Como foi seu dia cupido? - perguntei sorrindo.
- Foi bem. Você soube do Embry e da Leah, né? - assenti - Acho que vai dar certo.
- O que não entendi é porque Sophie resiste ao Embry? Pelo que me contaram o imprint é recíproco. - falei.
- Ela gosta de outra pessoa. - falou com uma expressão estranha - Mas ela soube que essa pessoa já tem dono. - falou.
- Puxa! E eu o conheço? - perguntei curioso.
- Sim. - respondeu suspirando.
- Está me escondendo algo? - perguntei. Ela não respondeu e eu insisti - Qual é Debbie? Você sabe que pode me contar qualquer coisa. - falei.
- Ela tem uma "paixonite" por você. - falou com um fio de voz, mas eu compreendi perfeitamente.
- Uhnn... - murmurei surpreso.
- É. - retribuiu.
Ficamos em silêncio por um tempo e um sorriso convencido apareceu em meus lábios ao lembrar algo que ela tinha dito.
- Então quer dizer que eu tenho dona? - perguntei sorrindo.
Ela se virou me fazendo abrir mais ainda o sorriso. Como ela era linda!
- Não sei. Tem? - perguntou.
- Foi você que disse para Sophie que sua "paixonite" - fiz fazendo sinal de aspas - tinha dono. - falei rindo mais ainda da cara que ela fez.
- Acho que não deveria ter falado isso. - murmurou baixando o rosto.
- Debbie... - falei levantando seu queixo para que me olhasse - Você estava certa. Eu tenho dona sim. Eu sou todo seu. - afirmei.
Ela abriu um sorriu estonteante, inclinando-se e capturando meus lábios em um beijo lento e calmo. Minhas mãos correram por suas costas, puxando-a para mais perto de mim. O beijo foi quebrado apenas quando ela puxou minha camiseta, jogando-a em algum canto qualquer. Ela voltou a me beijar mais intensamente, percorrendo os dedos pela minha barriga e meu peito. Arfei com seu movimento. Mordi seu lábio inferior e ela gemeu baixinho. Ok! Esse era nosso segundo encontro e estávamos assim. Por mais que estivesse gostando não poderia continuar então interrompi o beijo. Debbie me encarou desapontada, e ri de sua expressão.
- Caleb... - murmurou - Não é justo. - reclamou.
- Calma meu anjo... - falei acariciando seu rosto - Você não acha que estamos indo rápido demais? Temos todo o tempo do mundo. - falei e vi-a bufar.
Beijei-a novamente com delicadeza. Ficamos por mais um tempo ali e decidimos voltar.

New ties of dawn - Part IOnde histórias criam vida. Descubra agora