DEBORAH
Acordei com a felicidade estampada no rosto. Olhei o lindo anel em meu dedo e me lembrei dos detalhes da noite anterior.
Início do flashback
Entramos num belo restaurante e uma recepcionista se apresentou.
- Boa noite. Em que posso ajudá-los? - perguntou encarando Caleb.
O que ela estava pensando? Não havia me visto ali?
- Reservas no nome de Caleb Clearwater. - ele respondeu.
Ela olhou no computador e sorriu.
- Tudo bem. Está aqui. - nisso um rapaz apareceu ao nosso lado - Pode deixar Alexandro. - falou ao rapaz - Eu acompanharei pessoalmente. Pode me acompanhar, por favor? - falou sorrindo para Caleb que pegou em minha mão e a seguiu.
Chegamos e ela não parou de encarar Caleb que parecia se divertir. Fizemos nossos pedidos e ficamos aguardando. Eu bufei.
- Algum problema amor? - perguntou.
Será que ele era cego? Abri o campo e lhe falei em pensamento.- Agora é amor né? Quando era para ficar se mostrando para aquela zinha lá eu nem existia não é? - falei chateada.
- O quê? Eu não fiz nada. - mas era só o que me faltava. Bufei e mostrei o que aconteceu já que, aparentemente, ele não tinha visto - Ohhh... - falou.
- Conseguiu enxergar agora? - perguntei.
- Me perdoe. Não tive a intenção de te deixar de lado. - falou e eu revirei os olhos.
Então ele pegou em minhas mãos e disse em voz alta:
- Eu amo você e somente você. Você minha vida. - falou.
Fiquei emocionada. Ele parecia tão seguro e sincero ao dizer tais palavras.
- A recíproca é verdadeira. - falei sorrindo.
Nossos pedidos chegaram. Comecei contar sobre Isaac e Sarah. Eu estava com muita saudade deles. Queria que eles conhecessem Caleb. Tenho certeza de que aprovariam nosso relacionamento. Saímos e fomos à clareira onde nos beijamos a primeira vez. De repente senti algo estranho. Um medo percorreu meu corpo. Fiquei com medo de perder Caleb. Éramos muito ligados. Não sei o que faria sem tê-lo por perto.
- Algum problema? - perguntou me abraçando e beijando meus cabelos.
- Estou com medo. - admiti.
- Medo? - perguntou virando-me de frente a ele.
- Medo de te perder. Não sei explicar Caleb, mas sinto como se algo fosse acontecer. - confessei com os olhos marejados.
- Não fica assim minha linda. Você só vai me perder se não me quiser mais em sua vida. - falou abraçando-me forte.
- Nunca. Eu te amo demais para deixar que isso aconteça. - falei convicta, afundando a cabeça em seu peito.
- Eu também te amo. - falou aproximando nossos lábios num beijo calmo, mas intenso.
O beijo foi ficando cada vez mais profundo. Seus lábios deixaram os meus ofegantes e foram para meu pescoço. Estremeci ao meu toque. Caleb conseguia sem muito esforço me deixar maluca por ele. Minhas mãos, como se tivessem vida própria, tateavam detalhadamente seus músculos. O clima foi esquentando e aos poucos fomos descendo. Fiquei em cima dele e aprofundei em seu pescoço - Amor... - falou.
- Hum? -respondi simplesmente enquanto me ocupava em tirar sua camisa com agilidade distribuindo beijos molhados por seu peito másculo.
- Debbie, por favor... - falou com dificuldade. Parei imediatamente o que estava fazendo e o encarei.
- Ah qual é? Caleb você é gay? - perguntei tentando fazer um ar de deboche. Não seria a primeira vez que ele me rejeitava. Ele arregalou os olhos.
- Eu? Gay? Ficou maluca? - perguntou nervoso - Você acha que se eu fosse gay estaria nessa situação? - perguntou evidenciando o volume nada discreto em sua calça.
- Menos mal. Isso indica que posso me aproveitar um pouco. - falei sorrindo satisfeita e deslizando meus lábios em direção ao cós da sua calça. A intenção era provocá-lo. Com um gemido Caleb inverteu nossas posições beijando-me ardentemente.
- Debbie... - falou enquanto beijava meu pescoço e segurava firme minhas coxas. Aquilo estava me enlouquecendo.
- Eu quero ser sua... - pedi com um sussurro.
- Eu também quero que seja minha, mas não assim. - falou me deitando-se ao meu lado.
- Porque não? - perguntei denotando frustração.
- Porque eu não quero que você seja minha amante. - falou sério. Não agüentei e ri. Só Caleb mesmo! - O que foi? - perguntou.
- Amante? Me desculpe amor, mas você está parecendo meu avô Edward. - falei rindo.
- Eu não me importo de ser ridículo aos olhos dos outros. - falou sincero.
- E é isso que eu mais amo em você. - falei me virando e lhe dando um beijo calmo.
Caleb colocou uma mecha meus cabelos atrás de seu ouvido e ficou me olhando sorrindo.
- O que foi? - perguntei e ele suspirou fundo afagando meu rosto.
- Deborah... Você entende que não posso mais ficar longe de você? - perguntou e eu assenti somente - Eu quero passar todos os dias da minha vida com você ao meu lado. - declarou.
- Eu também. - disse.
- Debbie... Você aceita se tornar minha esposa? - falou olhando em meus olhos.
Parei de respirar por um momento. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Ele queria se casar comigo? Eu estava vivendo um sonho. Era tudo o que eu mais queria. Ser esposa, amante, estar ao seu lado para sempre
- Tudo bem? - perguntou triste.
Retornei de meus pensamentos e sentei-me rapidamente.Ele fez o mesmo.
- S-sim. É que você me pegou de surpresa. - respondi.
- Tudo bem, meu anjo. - falou puxando-me para um abraço afetuoso - Não precisa responder agora. Temos a vida toda. - falou. Fiquei pensando nisso. A vida toda! Não! Eu não queria passar mais um dia longe dele! - Está muito tarde. Acho melhor irmos. - falou me puxando para levantar.
- Não! - falei o parando.
- Por quê? - perguntou não entendendo.
- Eu ainda não respondi sua pergunta. Ou será que você não quer a resposta? - perguntei.
- Não quero que se sinta pressionada. Nada do que você diga vai me fazer amá-la menos. Não importa que não queira se casar comigo. E... - ele falava muito rápido e nervoso.
Não vendo alternativa, o interrompi com um beijo urgente.
- Shiii... Eu adoraria passar todos os dias da minha vida ao seu lado. Eu te amo e vou amar mais ainda me tornar sua esposa. - falei.
Sua alegria era palpável e me girou no ar me beijando euforicamente. Colocou-me no chão e eu não contive um sorriso.
- Você me fez muito feliz. - falou.
- A recíproca é verdadeira. - falei novamente - Agora sim, podemos ir. - falei puxando sua mão para que pegasse suas roupas.
Ele se vestiu e segurou meu braço.
- Calma... Você não vai querer ver seu anel? - perguntou.
Arregalei os olhos surpresa.
- Você comprou? - pensei alto. Ele sorriu.
- Ô meu anjo... Você acha que iria te propor casamento sem anel? - perguntou sorrindo enquanto tirava a caixinha vermelha do bolso do casaco. Colocou em meu dedo e perguntou - Você gostou?
- É lindo. - falei admirando o lindo anel em meu dedo.
Era de ouro amarelo com duas fileiras de diamantes. Pareciam duas alianças compostas. Na fileira de cima tinha um grande diamante. Vi que ele pegou outra caixa e segurou um anel em sua mão.
- O que está fazendo? - perguntei olhando o anel.
Era semelhante ao meu, porém, somente com uma fileira de diamante e mais grossa. Mais masculino.
- Colocando meu anel? - respondeu. Sorri pegando o anel e colocando-o em seu dedo.
- Assim está melhor. - falei sorrindo.
- Também quero assumir publicamente que já tenho dona. - declarou sorrindo.
- É bom mesmo. Porque não vou tolerar mais assanhadas em cima do meu noivo. - falei.
Senti que seus olhos brilharam quando o chamei de noivo.
- Então vamos minha noiva? - perguntou.- Vamos. - respondi.
Fomos em silêncio. Fiquei pensando sobre o que ele disse de assumir publicamente. Não podíamos fazer isso ainda.
- O que houve? - perguntou quando chegamos.
- Estava pensando amor... Não podemos assumir ainda. Tenho que esperar meu pai vir para cá. Você sabe como ele é com essas coisas. - falei séria.
- É verdade. É melhor guardarmos segredo por enquanto. Quero estar vivo no dia do casamento. - falou rindo. Beijou-me demoradamente. Ai como eu não queria sair dali! - Até amanhã futura senhora Clearwater. - sussurrou em meu ouvido me fazendo estremecer.
- Até amanhã senhor Clearwater. - sussurrei em resposta saindo do carro.
Entrei e fui direto ao meu quarto. Tomei um banho e caí logo no sono sonhando estar nos braços do meu amor.
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New ties of dawn - Part I
Fiksi PenggemarRENESMEE Minha vida com Jacob era ótima. Morávamos em Plascassier, no sul da França. Eu estudava música na Académie Royale de Musique ou Academia Real de Música. Conceituada no mundo e fundada em por em 1669. Logo me formaria com méritos. Apesar do...