CAPÍTULO 16 - ANO LETIVO EM LA PUSH

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SARAH

Era satisfatório ver a alegria de Isaac com o carro. Parecia uma criança. Quando chegamos à escola todos nos olhavam, ou melhor, olhavam o carro. De repente me bateu uma insegurança. E se não gostassem de nós? E se, por sermos diferentes, levando-se em consideração que éramos os mais claros que pisavam em La Push, se afastassem de nós? Respirei fundo contendo um tremor.
- Tudo bem... – Isaac falou me  confortando – estamos juntos. – falou me incentivando a sair.
Quando saímos foi um choque! Para nós e para os outros que pararam tudo o que estavam fazendo. Ficamos meio sem ação.
- E agora o que fazemos? – perguntei.
- Vamos pegar nossos horários. – respondeu simplesmente.
Ainda bem que meu dom era útil para esses momentos. Fomos à secretaria e pegamos nosso horário. Nossa  primeira aula que era matemática. Não preciso nem dizer a alegria de Isaac. NERD! Saímos e os comentários no corredor eram audíveis até para ouvidos humanos. "Como ele é lindo!", "Será que essa é sua namorada?". Como garota fala alto! Sorri. Isaac estava se achando.
- Vocês podem se apresentar para a turma? – o professor pediu e nós  assentimos.
- Me chamo Isaac Cullen Black. Sou natural de Plascassier na França, mas meus pais são daqui de Forks. – todos fizeram uma cara de "óhhh" quando meu irmão se apresentou.
- Sou Sarah Cullen Black e sou irmã de Isaac. – falei.
- Black? O que são do Jacob Black? – é. Todos conheciam nosso pai.
- Filhos. – respondemos em uníssono. Parece que ficaram mais admirados ainda.
- Parecem mesmo com sua esposa. Podem se assentar. - com certeza ele nunca deu aula para ela, pois ficaria cheio de dúvidas.
Percebi que Isaac ficou um pouco desconfortável. Nos dirigimos aos nossos lugares. A aula passou voando. Isaac foi para a quadra, pois tinha aula de Educação física e eu de Artes. Cheguei e, após a apresentação habitual, sentei ao lado de uma garota simpática. Era uma linda garota. Cabelos compridos, ondulados e pretos, rosto grande e traços perfeitos.

 Cabelos compridos, ondulados e pretos, rosto grande e traços perfeitos

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Naomi


- Oi... Me chamo Naomi Call. – falou me estendendo a mão.
- Oi... – falei, pois já tinha me apresentado – O que você é de Embry? - perguntei.
- Prima. – ri – O que foi? – ela perguntou.
- Não é que somos todos aparentados. – constatei.
- É verdade. Mudando de assunto... você e seu amigo? – pediu duvidosa.
- Irmão. – respondi rapidamente.
- Ok. Vocês são o assunto do momento. – falou.
- Sério? Não sei por que tanto alarme. – bufei.
- Primeiro: apesar de Sam assumir a alcatéia... – arregalei os olhos – é, eu sei que as lendas são verdadeiras. – assenti e ela continuou - seu pai ainda é o grande alfa. Segundo: a família da tua mãe é conhecidíssima. Terceiro: além de ricos vocês são lindos como os seus pais. – constatou sorrindo.
- Ah... – falei. Não gostava de exposição – mas já te aviso que somos iguais. Não queremos que o nome ou o dinheiro suplantem o que somos. - deixei claro.
- Entendo... – ela avaliou – mas então... seu irmão é um gatinho. Ele tem namorada? – perguntou interessada.
- Não. Está solteiríssimo da silva. – brinquei.
- Que ótimo. – comemorou – Quem sabe em vez de amiga não nos tornamos cunhadas? – brincou e eu ri.
- Quem sabe... - falei.
A aula começou e nos calamos. Passou rápido. Estava guardando os materiais quando uma foto de minha família, antes da vinda para Forks, caiu do meu caderno. Fiquei olhando. Foi a última vez que estivemos todos juntos com Debbie também.
- Seus pais estão aqui também? - ela  perguntou vendo a foto.
- Não. Tinham coisas para resolver. – respondi triste.
- Posso ver? – pefiu e eu assenti entregando – Puxa... Sua mãe é linda mas, me perdoe, seu pai é um deus grego! – falou arregalando os olhos.
- É. Eu sei. – falei meio triste. Ele era mesmo.
- Sabe... Vou te contar uma coisa. Não ache estranho porque eu era criança tá? – assenti e prestei atenção - Quando eu era pequena, saiu uma reportagem de seu pai como empresário do ano na Europa. Eu peguei aquela foto e guardei. Dizia que ele era meu namorado. – ela riu lembrando - Minha mãe se matava rindo e dizia que Embry era seu amigo e ia nos apresentar. Para minha frustração, nunca rolou. – fez um bico tipo o de criança emburrada.
Eu ri muito dessa vez. Naomi era engraçada. Saí rindo e distraída quando me choquei em alguém com força. O impacto me fez desequilibrar.
- Ei... Não olha por onde anda garota? – alguém falou.
- Me perdoe. Estava mesmo distraída. – falei e olhei o dono da voz.
O que era aquilo? Esse sim era um deus grego. Era alto e forte. Bronzeado e cabelo liso um pouco acima dos ombros. Seu cabelo era um tom claro de castanho. Um pouco queimado de sol, acredito. Vestia jeans azul, camiseta preta com decote em V, jaqueta num tom escuro de jeans e adidas preto.

New ties of dawn - Part IOnde histórias criam vida. Descubra agora