CAPÍTULO 43 - NOVOS PODERES

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"- Conta outra! - falei revirando os olhos - Ninguém pode comigo! - declarei.
No mesmo instante começou a ventar forte. A terra abaixo de nossos pés começou a rachar. Raios pavorosos começaram a surgir.
- PARE DEBORAH! POR FAVOR! - Renesmee gritou assustada.
Eu ria me divertindo de suas expressões amedrontadas. Eu estava disposta a acabar com tudo aquilo quando algo aconteceu. Não conseguia ver e nem sentir nada. Era como se estivesse em uma bolha de ar sem nenhum dos cinco sentidos humanos. Era apavorante! Será que eu havia sido atacada pelos Volturi?"

***

SARAH

Ver Deborah naquela situação fez-me lembrar do dia em que tudo começou...

Início do flashback

Depois que Deborah começou a freqüentar a escola, não descansei até pensar em um modo de contê-la caso viesse a ocorrer uma crise como a de Reykjavík novamente. A resposta veio ao acaso.
Estávamos na floresta. Lucas e Isaac estavam transformados procurando pistas de um vampiro forasteiro. Ofereci-me para ajudar, embora com o dom de rastreamento que meu irmão tinha desenvolvido não seria necessário.
Estava encostada numa árvore quando Lucas se aproximava já na forma humana com um sorriso. Foi tudo muito rápido. Em segundos um vampiro forte surgia indo em direção. Em meu desespero pensei no vampiro queimando, mesmo antes de me mexer. Isaac surgiu encarando o vampiro que ficou paralisado. Num segundo soltou um grito horrível entrando em combustão instantânea. Queimou em nossa frente do mesmo modo com que eu desejei vê-lo. Olhei assustada para Isaac e Lucas.
- O que você fez? - Isaac perguntou assustado.
- Eu não sei. Somente senti um desespero e pensei nele queimando. - falei.
- Eu também. - Isaac respondeu.
Ficamos pensando por um momento e foi Lucas quem descobriu.
- Vocês são muito ligados, não são? - perguntou.
- Sim. - respondemos em uníssono.
- Isaac... Você viu o vampiro ou sentiu que Sarah estava em perigo como no dia em que se transformou? - perguntou.
- Senti que ela estava em perigo. - respondeu.
Ele pensou mais um pouco.
- Não sou Edward, mas acho que sei o que aconteceu. - falou - Separados, cada um de vocês possui dons específicos. No entanto, quando se juntam vocês somam seus poderes potencializando-os. Vocês mataram esse vampiro em conjunto! - falou e ficamos em silêncio.
- Como eu não senti nada diferente? - perguntei.
- Eu também não. - Isaac falou.
- É porque Isaac imobilizou o vampiro e você o fez queimar. - falou.
- Mas eu nunca fiz queimar nem papel Lucas! - falei.
- Aí é que estão ponto! Juntos vocês conseguem. - falou.
- Oh! - Isaac e eu falamos em uníssono.
- Sabe? Pensei em algo agora que pode ser muito útil. - falou sorrindo.
- Fala... - falamos.
- Se vocês se unirem, podem conter Deborah. - falou.
- Será? - perguntamos.
- Vocês têm que treinar. Não tem nada a perder! - falou empolgado.
Pensei muito à respeito. Poderia dar certo.

Fim do flashback

Assim fizemos. Nos últimos meses, enquanto Debbie estava trancada em seu quarto, nós treinávamos. Os resultados foram colhidos hoje. Infelizmente, pelo menos ganharíamos tempo.

ISAAC

Saí correndo atrás de meu pai. Do jeito que ele estava e com a boca maldosa de minha irmã, iria acabar acontecendo uma catástrofe. Deborah parecia louca. Gargalhava sem humor e começou a mexer com o tempo. Mesmo com minha mãe implorando para que parasse, ela não cedeu.
Olhei para Sarah e ela já sabia o que fazer. Uni sua mão a minha, pois descobrimos que o contato físico aumentava o poder. Tínhamos que apostar tudo. Não queríamos machucar Deborah, mas ela estava descontrolada. Fechei meus olhos e senti que Sarah fez o mesmo. Não precisávamos enxergar, uma vez que entramos na mente de nossa irmã. Cortamos todas as sensações físicas dela. Ela ficou paralisada. Seu medo era palpável. Parecia uma garotinha indefesa. Nada parecida com o monstro de antes.
Meus pais olhavam horrorizados a cena, mas meu avô logo os tranqüilizou. Fizemos ela se perder no subconsciente. Ela caiu sendo amparada por meu pai. Depois de ter absoluta certeza de que ela estava totalmente inconsciente e tranqüila. Saímos de sua mente.
Meu pai a carregou pela porta dos fundos indo pelo acesso ao seu quarto para não despertar a atenção dos convidados. A colocou na cama se rendendo ás emoções acompanhado de minha mãe. Aquela cena era de cortar o coração.
Descemos para a festa depois de nos certificarmos de que estava tudo bem.
- E aí cara? - Collin falou - Como está a Deborah? - perguntou preocupado.
- Está bem. Está descansando. - falei somente.
Cantamos parabéns normalmente como se nada tivesse acontecido. É claro que, fora os humanos, todos sabiam que havia algo errado. Mas todos mantiveram a discrição evitando comentários inoportunos.
A festa terminou tarde. Fui dormir cansado e aborrecido. Quando Deborah iria voltar a ser nossa irmãzinha?

DEBORAH

Estava cansada de tudo aquilo. Permiti-me dormir tranquilamente. Se fosse para morrer que assim acontecesse. Eu não suportava mais viver mesmo. No entanto fui recobrando a consciência. Meus pais estavam ao meu lado na minha cama.
- Tudo bem meu amor? - minha mãe perguntou.
- Ahan... - resmunguei.
- Sente-se bem para levantar? - somente assenti.
Entrei na banheira e deixei que a água corresse. Quando a banheira se encheu me deitei deixando somente a cabeça para fora.
Pensei muito no que havia ocorrido. Será que era tudo um sonho? Um tempo depois de minha pele começar a enrugar resolvi sair.
Vesti uma roupa qualquer e sai em busca de respostas. Minha mãe sorriu acolhedora quando me aproximei.
- O que deseja comer querida? - perguntou.
- Nada. Quero saber o que aconteceu. Quem fez aquilo comigo? - perguntei.
Eles ficaram todos parados até que meus irmãos trocaram um olhar cúmplice:
- Fomos nós! - falaram em uníssono.
- Como? Por quê? - perguntei.
Como eles poderiam me machucar?
- Como não importa, mas o porquê é óbvio não acha? - Isaac falou e eu fiquei calada absorvendo tudo - Você nunca mais vai machucar ninguém. - declarou arrogante.
- Que machucar? Está maluco? Quem eu iria machucar? - perguntei.
- Não seja hipócrita Deborah! Nosso pai! - falou rolando os olhos.
Não falei nada. Preferi deixar que eles pensassem que era verdade. Quem sabe assim eles me esqueciam.
Chegou o dia de meus pais voltarem. Foram se despedir de mim, porém minha mágoa e tristeza me impediam de perdoá-los.
- Até breve meu amor. - minha mãe falou.
Meu pai não disse nada, apenas me olhou triste e decepcionado. Nunca o havia visto daquela maneira. Eu não era a filhinha dele. O que eu estou falando? Eu nem ao menos fui desejada por ele! Esse era meu mundo onde todos ao meu redor me odiavam.

 O que eu estou falando? Eu nem ao menos fui desejada por ele! Esse era meu mundo onde todos ao meu redor me odiavam

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