Pensamentos

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Eu tentei me livrar o mais rápido possível dos seus braços, mas não consegui.

Ele passou seu braço ao redor da minha cintura, e me puxou para mais perto.

Eu já estava começando a me deixar levar pelo momento. Mas, não podia.

Eu não queria ser mais uma na lista do Miguel.

Então, seus lábios ficaram distantes do meu. Quando eu dei-lhe um tapa.

- Aaaai ( Ele falou colocando a mão na bochecha )

Eu me virei imediatamente e comecei a correr. Foi clichê.

- VOLTA AQUI CATARINA ( Miguel gritou )

Eu não o respondi. Apenas corri o mais rápido que pude.

Eu estava confusa. Muito confusa.

Cheguei em casa abrindo a porta nas pressas e subi as escadas.

- CATARINA ( Minha mãe gritou )

Eu tranquei a porta do quarto e me joguei em cima da cama.

Me afoguei nos meus pensamentos.

Depois de alguns segundos, escuto um barulho.

TOC, TOC..

- Você está bem Catarina? ( Perguntou minha mãe preocupada )

Eu tinha que respondê-la ou ela derrubava a porta do meu quarto sem mais nem menos.

- Tô sim mãe, só estou apertada ( Falei desanimada )

Ela nem imaginava, que esse " Apertada " era em relação ao meu coração.

- Aah, tudo bem então ( Falou ela descendo as escadas )

" Mas que droga CATARINA, porque eu dei espaço para aquele idiota? Afinal, eu não tinha dado espaço, ele tinha invadido meu espaço " Pensei.

- Aarrrh ( Falei colocando as mãos na cabeça )

Fui para o banheiro tomar uma ducha bem gelada. Mas, gelada mesmo.

Deixei que a água gelada percorresse todo o meu corpo, me livrando de vários pensamentos ruins. 

Quando terminei meu banho, fiz um coque muito bagunçado, coloquei meu amável pijama e desci para a sala.

- Como foi o trabalho? ( Perguntou minha mãe saindo da cozinha )

- Foi bom ( Eu falei )

É óbvio que eu menti, não queria que ela me cobrisse de perguntas. Já bastava as minhas.

Liguei a TV e comecei a procurar um canal que passa-se desenhos. Eu queria me distrair, mas com jornal não dava.

Não tinha nada de desenhos passando, mas deixei a TV ligada em um canal qualquer.

Me deitei no sofá e comecei a pensar mais e mais.

" Até que não foi tão ruim " Minha mente me falava.

" FOI PÉSSIMO " Rebati. 

" Você gostou "

" CLARO QUE EU NÃO GOSTEI "

Eu estava enlouquecendo. Falando comigo mesma.

- Catarina ( Minha mãe falou me chamando a atenção )

- Oi ( Olhei para ela assustada )

- A comida tá pronta. ( Ela falou sumindo da sala )

"A única notícia boa nesse dia" Pensei.

Lá estava eu na cozinha, comendo mais do que o normal.

Lógico que comida cura tudo. É um santo remédio.

Porra, aquele Strogonoff estava maravilhoso.

Repeti ainda duas vezes. Se fosse para curar o meu aperto, que curasse com Strogonoff.

Lavei o meu prato e subi para o meu quarto.

Escovei os dentes e me joguei na cama. Peguei meu celular e fui jogar alguns joguinhos, pra passar o tempo mesmo.

Fiquei jogando " Roll The Ball " até perder a paciência com o joguinho.

Desci as escadas e fui beber água.

- Vou dormir mãe ( Falei cansada )

- Tá bom filha. ( Ela veio em minha direção e me deu um beijo na testa )

- Até amanhã. Beijo. ( Falei subindo as escadas )

- Beijo. ( Ela falou indo para o seu quarto )

Novamente no meu quartinho quentinho.

Pulei na cama e fiquei observando o céu pela janela.

" Ainda não vi nada mais bonito que o céu "

" Ao não ser seu sorriso "

" Que? "

Eu pensava sem parar.

- Chega de pensar por hoje, é melhor ir dormir. ( Falei baixinho )

A dor é a cura.Onde histórias criam vida. Descubra agora