Verdades.

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Finalmente era sexta-feira.

Pulei da cama da minha mãe e fui para o meu quarto.

Chegando lá, Letícia roncava parecendo um porco.

Fui para o banheiro, liguei o chuveiro e..

"QUE ÁGUA GELADA DA PORRA"

Entrei de uma vez na água, que arrependimento.

Depois de alguns minutinhos, terminei meu banho. Fui pro guarda-roupa. Peguei uma blusa branca, vesti minha calça jeans rasgada e calcei meu all-stars preto.

- Vai pra onde? ( Letícia pergunta sonolenta )

- Pra escola né

- Posso ir com você?

- Não.

- Chata.

Peguei minha mochila e quando abri a porta do meu quarto, me deparo com..

- Oi ( Fala Diogo com a mão na cabeça sorrindo )

Ele estava só de toalha. Meus olhos percorreram seu corpo todo. E a conclusão que eu cheguei, foi que ele era maravilhoso. Certo que ele é meu primo, mais eu não sou cega.

- e.. oi. ( Falei olhando pro teto )

- Você tá bem? ( Perguntou me analisando )

- Claroo.. porque não estaria? ( Falei nervosa )

- Sei lá, você está vermelha.. ( Ele riu )

- Arrrrrh ( Fiquei de costas pra ele )

" Porra mano, que vergonha "

- Tudo bem então.. ( Diogo falou rindo )

Escutei seus passos indo em direção ao quarto de Hóspedes.

" Puts, que alívio "

Desci as escadas com meu coração quase parando de bater. Eu estava morta. Morta de vergonha.

- O que foi Catarina? ( Minha mãe pergunta me analisando )

- Nada não.. ( Sorri envergonhada )

Ela me observou por alguns segundos e foi para a sala. Fui tomar meu café.

Peguei umas torradas e devorei. Por fim, peguei uma maçã e fui para a sala.

- Já tô indo mãe ( Falei indo em direção a porta )

- Tá bom filha, tome cuidado. ( Ela sorriu )

Minha mãe é um amorzinho quando quer.

- Tchau Catarina.

Olhei para as escadas e Diogo estava sorrindo.

Fechei a porta bem rápido. Eu não o respondi.

Fui para o ponto de ônibus.

Depois de esperar alguns minutos o ônibus finalmente chegou.

Saltei dentro dele.

Sentei no último banco perto da janela. Fui o tempo todo olhando para o céu.

Chegando na escola, eu saí gentilmente do ônibus. Pelo primeira vez.

Caminhei até o portão.

- Oi ( Alguém falou )

Olhei para trás e..

- Oi Dylan ( Sorri )

- Você está lind.. ( Dylan foi interrompido )

A dor é a cura.Onde histórias criam vida. Descubra agora