Um desastre

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Fiquei brincando com a Sarah, até que ele chegou com o Erick, e eu vi a cara de felicidade da pequena ao ver seu irmãozinho que havia sido afastado dela. Sentei no sofá e deixei o John curtir aquele momento com o que havia testado da família dele e fiquei admirando o quanto ele era uma ótima pessoa e ele seria um ótimo pai para o meu filho.

Ele me deu o Erick e eu segurei ele no colo e vi o quanto aquele garotinho pequeno era lindo, assim como o irmão dele. Mas logo comecei a sentir umas dores fortes no pé da barriga e entreguei o Erick para o Jonathan. Ele disse que iria me levar ao médico, mas eu disse que ficaria tudo bem, e fui me deitar um pouco.

Passaram 3 semanas, e eu deveria retornar ao curso, e fui, feliz sabendo que eu iria terminar antes de ganhar meu bebê. Teve um dia que eu cheguei do curso, e tive um pequeno sangramento, e uma dor no pé da barriga, mas ignorei, deveria ser algo normal, e meu pré natal seria daqui a 1 semana, então resolvi esperar.

Chegou o final de semana e John decidiu que iríamos sair para nos divertirmos, e eu fui me arrumar, quando senti uma dor forte no pé da barriga e um sangramento estranho, sangue escuro com pedaços de sangue coalhado. John me colocou no carro com as crianças e nos levou direto ao hospital.

Chegando lá eu estava com fortes dores, e sangramento, e os enfermeiros me colocaram na maca e me levaram para o consultório, quando tudo escureceu e eu não vi mais nada. Só acordei quando alguém estava me chamando na sala de cirurgia, dizendo que eu havia sofrido um aborto espontâneo, e que o cirurgião iria tirar os restos do feto.

Eu gritava pelo Jonathan, eu chorava de dor, eu não sabia o que fazer, só chorava e chorava, quando desmaiei de novo, e só acordei quando estava na sala de internação. Comecei a gritar pelo meu marido e ele veio correndo, e começou a chorar junto comigo, ambos estávamos sem reação, aquilo não poderia ter acontecido, não naquele momento.

Passaram-se algumas semanas e eu fui pra casa, com meu marido, eu estava chorando a todo momento, triste, e ele tentando me acalmar, dizendo que na hora certa iríamos ter nosso filho, e que iria tudo dar certo, mas eu só conseguia pensar como tudo aquilo tinha acontecido.

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