As coisas são como tem que ser

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O tempo foi se passando, concluí meu curso, mas não tinha forças pra arrumar um emprego, tudo ainda estava muito recente, e todo aquele amor que eu queria dar para meu filho, eu dei para os irmãos do John, e fiquei cuidando deles enquando meu marido trabalhava.

Após algum tempo, conseguimos voltar a ter relações sexuais, e todas elas eram tão intensas como a primeira, sempre tendo os orgasmos que eu queria. Eu não tomava remédio, e nem ele usava camisinha, então não nos preocupávamos se eu iria engravidar ou não. Afinal, se viesse seria bom, mas não estávamos planejando.

Passou um bom tempo, quando o Erick fez o aniversário de 1 aninho e a Sarah ia fazer 6 anos no próximo mês, e então resolvemos comemorar apenas entre nós, já que não havia família da parte de nenhum dos dois, apenas a avó do John, mas ela preferiu não ir, para que o pai dele não descobrisse nada.

Fizemos uma festinha bem simples, e depois saímos um pouco para nos divertirmos, e voltamos pra casa a noite, bem cansados, e fomos dormir. No outro dia acordamos animados e fomos sair de novo, até que me deu uma vontade de comer maçã do amor, e não estava na época de vender. Voltamos pra casa e eu fiz as maçãs só para nós comermos. Foi que comecei a refletir sobre isso e resolvi comprar um teste de gravidez de farmácia mesmo. E o mais esperado positivo chegou. Não soube como reagir, só sei que fui correndo avisar o John.

A felicidade foi ainda maior, dessa vez até a Sarinha comemorou com a gente, mesmo sem entender, e eu e meu amor começamos a chorar de alegria. Fomos até o hospital e o positivo foi confirmado e eu passei a fazer o pré natal todo certinho, para que nada pior acontecesse.

Passaram 6 meses, e meu barrigão já estava enorme, e eu já havia descoberto que seria uma linda menina pra nossa família, e a Sarah ficou muito feliz dizendo que viria uma irmãzinha pra ela brincar de boneca. E nesse mesmo dia, o Erick deu seus primeiros passos, o que nos deixou completamente encantados, e felizes. A felicidade estava tomando conta de nossas vidas.

Quando chegou o dia da Alice vir ao mundo, o Erick, que estava com 1 ano e 9 meses, entrou no meu quarto e disse suas primeiras palavras que foram "mamãe". O John escutou lá do banheiro e eu comecei a chorar, porque eu realmente me sentia mãe dele, e meu marido sentou do meu lado e me deu um abraço, e cochichou no meu ouvido "A melhor mulher que eu poderia ter escolhido para ajudar a cuidar do meu irmão, agora ele te considera uma mãe, amo você com todas as minhas forças". Eu comecei a chorar quando ouvi isso, e comecei a sentir umas contrações e fui para o hospital.

Acordei com a Alice nos braços do meu marido, era a coisa mais linda que tinha acontecido na minha vida. Nada ali poderia ter sido melhor, tudo havia dado certo, nunca imaginaria que as coisas poderiam ter sido daquele jeito. Com o garoto do ônibus.

O garoto do ônibus Onde histórias criam vida. Descubra agora