Prólogo - E os Bardos Entoaram a História [SPOILER ALERT]

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    PRIMEIRAMENTE: Se você não leu Uma História Bárbara STAPH E 

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Se você já leu, então tudo bem, pode continuar! :)

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Já ficou comprovado que as mulheres dos povos bárbaros tinham certa autonomia e também lutavam, quando era necessário para proteger suas aldeias. Mas você já imaginou se, em pleno século I d.C. na Península Escandinava, existisse uma Aldeia goda chefiada por uma mulher?

Kyrah também nunca pensara nessa possibilidade e muito menos que o destino lhe relegaria aquele cargo. Quando jovem ela esperava que, em plenos vinte e sete anos, sendo a última na linha de sucessão de Heric Von Brandeburg, estaria vivendo tranquilamente - na medida do que os vikings consideravam tranquilo, ou seja, entre batalhas e calmarias - após realizar o seu sonho de se transformar em uma exímia guerreira e estrategista como seu pai e, talvez, estivesse casada com o bardo de cabelos tão sangrentos quanto suas narrativas, que a arrancava suspiros desde os catorze anos.

Mas o relacionamento inesperado com certo guerreiro, conhecido como Urso Raivoso, e os desdobramentos de problemas internos e externos que sua Aldeia sofreu, provocaram uma reviravolta na vida de Kyrah quando tinha apenas dezesseis anos. Ela tivera sua cota de experiências traumatizantes, começando com a invasão saxã, o sangue que maculou suas mãos, a captura como escrava, levada para o harém de um sheik árabe, a longa viajem de barco no qual descobriu que ia ter seu primeiro filho, Kadaj, a peregrinação pelo deserto até sua nova morada, onde ficou confinada na corte de cobras por anos no calor escaldante, e então, a esperança de um amor que considerava perdido, foi encontrada em meio ao mercado de Damasco.

E no meio dos planos para libertar Beowulf, deixou-se levar pela felicidade momentânea, acabando por ter a sua segunda criança, Safyrah. Dividida entre a dor de abandonar um filho de apenas cinco anos, e ter toda a sua família sentenciada por sua traição, acabou fugindo daquela vida no deserto com o guerreiro e a bebê, retornando para reconstruir sua aldeia dizimada, mas com planos contra o sheik que fizera parte da derrocada.

Assim que parte dos habitantes da aldeia, que também desejavam vingança, retornaram, iniciaram a migração que os levou para a batalha, invadindo o palácio e derrotando o soberano Safir com as próprias mãos, mas o retorno para casa não lhe trouxe a paz tão esperada.

Sempre havia pessoas descontentes e reclamonas, os famosos Hattis Donnerstags da Aldeia, e como o próprio chefe, seu então marido, possuía aquele sangue, começaram os conflitos internos com o seu cunhado, Tristan, devido à religião cristã que ele e sua irmã, Berna partilhavam e semeavam pelos aldeões.

Aqueles foram tempos tensos e obscuros, Kyrah chegou a desejar que o estranho com quem morava morresse e de fato, Beowulf quase morreu uma vez, durante sua mania de invasão territorial, e isso o fez recuperar a sanidade. Felizmente os ânimos se acalmaram depois daquilo, ele fez as pazes com Tristan, mas quando provocaram os vândalos em um inverno, os habitantes multiculturais tiveram que ir juntos defender a Aldeia.

Então seu amado Urso Raivoso tombou naquela derradeira batalha, no mesmo dia em que nasceu o segundo filho de Tristan, e Kyrah virou a chefe. Ninguém questionou seu direito ao trono.

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Saudações, meus godinhos! Saudades de UHB?

Eu também andei saudosa esses dias e entre interações com personagens- que deixaram latentes algumas lacunas no fim da história e ideias antigas que já desejava escrever - acabei começando esse conto, para trazer um pouquinho de felicidade à nossa adorada Kyrah.

Convenhamos, depois de tudo que ela passou, merece um pouco de descanso, vocês não acham? Deixem seus votos,sirvam-se de javali assado e hidromel, e preparem-se para desfrutar esse conto do universo de Uma História Bárbara!

P.S. Aproveito para convidá-los a participar do grupo do facebook Leitores de Uma História Bárbara, venham interagir com os personagens 

O Destino da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora