Noite confusa

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Ja estava quase na hora de sair de casa, como eu já havia dito antes ninguém vai estragar minha noite, nem mesmo um cara metido a machão. Meu primo estava dormindo num colchão no chão, ao lado da minha cama. Me levantei de mancinho sem fazer barulho, peguei minha carteira e sai do quarto, sem querer esbarrei na mala que ainda estava desarrumada. Ele acorda assustado.

- André? - Ele fala com os olhos arregalados.

- Oi, eu preciso sair agora tudo bem? - Falei baixinho.

- É quase uma hora da manhã, onde você vai? - Ele se senta no colchão.

- Vou curtir o resto da noite. - Falei olhando para ele.

- Não vou te deixar sair sozinho essa hora da noite. - Ele se levanta.

- Não precisa, eu estou acostumado. - Falei com raiva tentando não gritar.

- Se você não deixar eu ir, vou chamar sua mãe. - Ele tira a camisa e pega uma qualquer no Guarda roupa.

- Que droga Ricardo, tudo bem, vamos. - Fico furioso.

Ele pega uma calça e uma cueca, e troca na minha frente, tento não olhar muito para ele não desconfiar que sou gay. Nos dois saímos de fininho, quando nos distanciamos um pouco de casa olhei para ele e gritei.

- Você vai ficar querendo cuidar de mim agora? - Falei caminhando.

- Sou um ano mais velho que você, então estou no direito. - Ele responde bravo.

- Você não é meu pai. - Resmunguei.

- Sou seu primo e seu pai pediu para que eu cuidase de você.

A gente parecia uma casal brigando. Fiquei calado a caminhada toda, quando cheguei perto da balada, liguei para minha amiga.

- Oi migo, estou te esperando. - Ela disse animada.

- O idiota do meu primo estragou nossa noite, não posso ir nessa balada ai, ele é hetero, você sabe oque ia acontecer se meu pai descobrisse? - Falei meio chateado.

- Que chato amigo.

- Quem é? - Ele se aproxima.

- Não te interessa. - Falei bravo.

Desliguei o telefone, começamos a caminhar mais um pouco, avistamos a balada de longe.

- É aquela balada ali que você vai? - Ele disse rindo.

Tive uma ideia.

- É sim, minha namorada está na fila me esperando. - Sorri para ele.

- Mais é balada de viado primo? - Ele olha estranhando.

- Então, é que minha namorada acha mais divertida, tem bastante mulheres que vão, você não é do tipo preconceituoso não né? - Falei esperançoso.

- Não, sou de boa, só não quero macho se esfregando em mim. - Ele ri

- Beleza.

Fui próximo da Tainá.

- Você veio. - Ela grita.

- Oi amor - Dou um selinho em Tainá.

- Oque é isso? - Ela acha estranho.

- Entra no personagem. - Sussurei em seu ouvido - Você agora é minha namorada.

- Ok. - Ela olha para Ricardo e sorri. - Amor trouxe sua fantasia.

- Obrigado amor - sorri.

- O tema de hoje é Baile de máscaras. - Ela se aproxima do meu ouvido - Você vai poder beijar muito sem o bonitão ai descobrir.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora