Não adianta fugir

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Eu passei o dia todo com fome e com sede, chorei muito a morte de Ricardo, já faz três dias que estou preso nesse quarto, eu quero ir embora, não aguento mais ficar aqui. Eu tinha que dar um jeito, pensa André? Pensa? Como você pode sair daqui?. Na manhã seguinte Marcos chegou com o café, tinha um pão e um copo de suco, ele havia trazido também uma garrafinha de água. Eu pulei na sua mão pegando logo aquelas coisas, eu estava com muita fome, comi muito rápido, bebi toda a água, acho que ja não tinha água em meu corpo, ja que passei o dia todo chorando.

- Você tinha razão. - Falei olhando para ele com a boca cheia de comida. - Eu realmente estava doente.

- Você estava amor, mas eu vou ajudar você a se curar. - Ele se aproxima de mim.

- É você quem eu devo amar, é você que vai me fazer feliz, ainda bem que você matou Ricardo - Me doía falar isso.

- Ai meu amor - Ele me abraça - Você está curado, eu sinto isso.

- Você conseguiu me curar. - Dei um sorriso falso. - Obrigado.

- De nada meu amor, vamos ser muito felizes. - Ele me dava vários selinhos.

Eu tinha nojo de fazer aquilo, mais poderia ser a única forma de fugir, ja que ninguém veio atrás de mim até agora, e minha única esperança era ser salvo por Ricardo, mas ele ja está morto.

- Podemos sair daqui? - Falei olhando em seus olhos - Ja que estou curado, não tem porque ficar aqui não acha?

- Você tem razão - Ele dizia - Mas você tem que provar que está mesmo curado.

- Como? - Falei estranhando.

Eu faria qualquer coisa pra sair dali.

- Faz sexo comigo? - Ele sorri dizendo aquilo.

- Oque? - Me assusto. - Mas porque?

Eu não queria fazer sexo com ele, eu tinha nojo dele, isso nunca passou pela minha cabeça, como eu ia fazer isso?

- Assim você provará que está curado, e podemos sair daqui. - Ele começa a abrir a calça.

- Ok! - Não acredito que ia me submeter a isso.

Respirei fundo, olhei para ele que estava sorrindo, ele tira o pênis para fora, eu dou um sorriso, começo a fazer oral nele, aquilo me dava muito nojo. Ele começa a ficar ereto, eu vou passando a mão nos bolsos de sua calça, procurando a chave, quando sinto a chave no bolso de traz, começo a chupa-lo mais. Ele se contorse de prazer, eu pego a chave sem ele perceber, olhei para ele, ele me olhava com aquela cara de prazer. Respirei fundo novamente, e mordo seu pênis. Ele da um grito, eu corro para a porta enquanto ele estava no chão sentindo dor.

- Desgraçado - Ele grita.

Eu abri a porta desesperado, não demora muito ele corre atrás de mim, eu consigo sair daquela casa e corro para o meio da Mata, aquela fazenda era um pouco longe da cidade. Escuto seus passos correndo atrás de mim, eu estava desesperado, correndo sem um rumo.

- Eu vou te matar André. - Ele gritava.

Avistei uma estrada, corri em direção a ela, não era tão movimentada, comecei a chorar, eu estava cansado, não tinha pra onde ir. Avistei um carro de longe, fui em direção a ele, tinha um rapaz lá dentro, ele se assusta ao me ver.

- Por favor me ajuda? - Eu estava fraco, com muito medo.

- Oque houve? - Ele pergunta me olhando.

- Tem um louco atrás de mim, me tira daqui.

- Claro, entra ai dentro, eu te levo. - Ele abri a porta do carro para eu entrar. - Você mora na cidade?

- Moro, rápido moço, me tira daqui. - Eu olhava para trás pra ver se Marcos ainda estava me perseguindo, mas não vi ninguém.

Ele liga o carro, eu sinto um alívio, quero chegar na cidade e ir direto a Polícia falar tudo oque aconteceu e que Marcos vá preso pelo que ele fez.

- Quem fez isso com você? - Ele olhava pelo retrovisor.

- Um cara louco, ele me deixou preso em uma Fazenda aqui perto. - Vi que ele tinha um celular - Você me empresta seu celular, quero ligar pra alguém.

- Claro. - Ele entrega o celular.

- Obrigado.

Começo a digitar os números, quando de repente.

- Oque é aquilo ali? - Tinha alguém parado no meio da estrada.

Ao nos aproximar era Marcos com o revólver apontado em direção ao carro. Aquele rapaz freia bruscamente.

- Sai do carro. - Marcos aponta a arma para ele.

O rapaz com as mãos levantada sai do carro, faltava tão pouco pra eu estar em casa, antes que ele perceba coloquei o celular dentro da minha cueca.

- Vem pra fora André. - Ele me olhava com raiva - Ou eu atiro nesse cara.

- Por favor - Falei ao abrir a porta - Deixa esse rapaz ir embora, eu volto com você.

Eu desci do carro, ele segura meu braço.

- Vá embora - O rapaz entra no carro e sai.

Ele me puxa pelo braço até a Fazenda outra vez, eu estava com medo do que ele pode fazer comigo, ja que eu mordi ele e sai correndo. Chegando na casa ele me joga naquele maldito quarto outra vez, aponta a arma na minha cabeça.

- Você vai me matar? - Falei chorando.

Era só questão de tempo para ele apertar aquele gatilho e me matar. Eu estava tão perto de fugir dele, estava tão perto, acho que prefiro que ele atire do que ficar preso nesse quarto outra vez, não tinha motivos para continuar, ou ele me mata com um tiro ou morrerei de fome.

Putz coitado de André, faltava tão pouco pra ele conseguir.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora