Suspeito

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Eu não consigo nem saber quanto tempo ja faz que estou trancado aqui nesse quarto, já mexi em tudo, tentando achar algum outro jeito de sair daqui, mas não tem, as janelas estão todas com grades, gritar não vai adiantar, estamos no meio do mato, eu espero que alguém sinta minha falta e venha me tirar logo daqui, eu não sei do que o Marcos é capaz, eu estou com muito medo.

========== Ricardo =========

O André está demorando hoje, será que aconteceu alguma coisa? Ele disse que viria logo para casa. Resolvi sair desse quarto e ir perguntar, minha tia estava na sala assistindo televisão.

- Tia, André ainda não chegou?

- Não, ele me mandou mensagem dizendo que ia passar o dia na casa da Tainá.

- Ele tinha prometido vir para casa logo, hoje íamos pegar um cinema - Achei estranho.

- Você sabe como é André, ele é imprevisível. - Ela sorri para mim.

- É, deve ser isso mesmo. - André estava empolgado com o cinema, ele não ia furar no nosso encontro - A senhora tem o número da Tainá? Eu liguei no celular dele várias vezes e ele não atende.

- Tenho, está anotado ali naquele caderno. - Ela aponta para a estante.

Eu peguei o caderno e fui para o quarto, eu estava achando estanho André mudar de idéia desse jeito. Liguei para Tainá.

- Alô? - Ela fala ao atender.

- Oi Tainá, tudo bem com você? - Perguntei antes de iniciar a conversa.

- Tudo bem sim, quem é? - Ela não reconhece meu número e nem minha voz.

- Ricardo, primo de André.

- Oi, como está sendo o encontro de vocês? André estava todo empolgado dizendo que iam ao cinema hoje. - Ela fala animada.

- Perai, André não está com você? - Falei estranhando.

- Não Ricardo, achei que ele estivesse ai. - Ela se assusta.

- A mãe dele me disse que ele mandou mensagem falando que ia passar o dia com você.

- Não, ele estava animado com o cinema, me chamou até para ir junto. - Ela fica preocupada - Não me diga que André sumiu?

- Eu acho que sim - Falei nervoso.

- Você ligou para ele ja? 

- Sim, só da caixa postal.

- Vem aqui pra casa agora Ricardo. - Ela fala num tom de voz acelerado - Fiquei preocupada.

- Ja estou indo. - Desligo o celular.

André pode ter desaparecido ou está aprontando alguma coisa, nunca se sabe, mas também não vou deixar quieto, estou muito preocupado agora, se não encontrarmos ele, teremos que ir a Polícia. Chegando na casa de Tainá ela estava sentada no sofá com celular.

- Oque está fazendo? - Perguntei ao ver ela aflita.

- Ligando para ele, mas o celular só toca, e não atende, André nunca fez isso.

- Eu estou preocupado - Falei me sentando no sofá.

- Eu estou começando a ficar, temos que ir a Polícia - Ela estava muito nervosa.

- Eles só iniciam uma busca depois de vinte e quatro horas. - Falei vendo que não tem alternativa, a não ser esperar.

- Ele estava tão feliz no celular comigo mais cedo assim que saiu da faculdade.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora