Declaração de amor

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O cheiro da cachaça invadia meu nariz, eu empurrei ele de cima de mim.

- Você é louco? Porque me beijou? - Gritei furioso.

- Porque eu gosto de você porra. - Ele grita.

- Não encosta mais em mim. - Passo a mão na boca limpando sua saliva.

Eu abri a porta do quarto e fui expulsar aquele povo da minha casa. Vou até o aparelho de som e o desligo.

- Sai todo mundo da minha casa. - Gritei.

Começaram a resmungar, mais consegui expulsar um por um.

- Cade Ricardo? - A tal garota pergunta parada na porta.

- Provavelmente bêbado, dormindo. - Meus olhos pegavam fogo de tanta raiva.

- Pede pra ele me ligar. - Ela sorri.

Eu bati a porta em sua cara, soltei um suspiro de alívio, minha vida está virando uma bagunça com esse cara aqui na minha casa. Me joguei no sofá e acabei caindo no sono, acodei apenas de manhã. Levantei com um pouco de dor nas costas por causa do sofá. Fui até até cozinha Ricardo estava fazendo café.

- Oi André, dormiu bem? - Ele sorri colocando café no copo para mim.

- Dormi sim. - Ele me entrega o copo com café. - Eu não tomo café antes de tomar banho.

- Tudo bem, vem comigo - Ele estende a mão.

- Onde? - Acho estranho.

- Vou tomar banho com você.

- Não, você está louco? - Fico bravo.

Ele estava estranho, querendo me agradar, oque aconteceu com Ricardo?

- Vou pro banho.

Ele segura o meu braço, olha nos meus olhos.

- Me desculpa. - Ele fala meio triste.

- Pelo que? - Respondi.

- Por ter te agarrado ontem, bêbado. - Ele coloca a mão no meu rosto. - Eu não sou de beber, estou amando você.

- Me amando? - Quase infarto.

- Eu não quero você longe de mim.

- Eu não quero nada com você Ricardo, estou bem, Marcos é um cara legal. - Dou as costas para ele.

- André? - Ele me segue - Porque está fazendo isso comigo?

- Me deixa em paz. - Grito.

Vou para o meu quarto, começo a procurar uma roupa para tomar banho.

- Meu coração bate forte toda vez que estou perto de você - Ele se aproxima - Eu sinto algo por você.

- Oque você quer dizer com isso? - Ele fica a minha frente.

- Eu acho que te amo. - Ele afirma.

- Oque? - Me assusto.

- É isso que tu ouviu, não vou ficar de melosidade não, isso é coisa de viado. - Ele ri.

- Você está se declarando para mim, e está se achando um hetero? - Cai na gargalhada. - Vou pro meu banho.

Fui para o banheiro, fiquei pensando no que Ricardo tinha dito, eu estava meio confuso. Terminei meu banho, ele estava deitado na minha cama. Fiquei olhando ele, comecei a rir.

- Oque foi? - Ele sorriu.

Ah esse sorriso, esse sorriso acaba com minha vida.

- Nada não. - Eu deito ao seu lado, fico olhando para ele.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora