O idiota do meu primo (Romance gay)

Loucura

Eu estava disposto a fazer o que tinha que fazer para mostrar a Marcos que ele não pode fazer as pessoas de idiota, e que eu não sou esse cara que ele pensa. Fui muito ingênuo o tempo todo mas agora acabou. Eu estava indo em direção a sua casa, estava um pouco nervoso, eu nunca atirei em ninguém na minha vida e nunca passou isso pela minha cabeça. Bati na porta três vezes, ele atende todo feliz, eu estava com um pouco de nojo de olhar para a cara dele, como ele pode ficar tão sossegado sabendo que quase matou alguém? Marcos é um monstro realmente.

- Oi André. - fala sorrindo.

- Oi lindo -Falo entrando - Não sei oque seria de mim sem você, aquele Ricardo é ridículo.

- Tá André, pode parar de fingimento, e me da essa arma que está na sua cintura agora, antes que alguém se machuque e eu não estou falando de mim. - Ele estende a mão pedindo a arma.

- Como você sabe que estou com uma arma? - Perguntei surpreso.

- Você sabe muito bem que Mônica trabalha para mim, e eu sei que você mexeu no meu celular da última vez que esteve aqui. - Ele sorri - A sua casa está toda grampeada, principalmente o seu quarto, onde tudo acontece, e eu sei que ele se lembrou de você. Não nasci ontem garoto.

- Você é ridículo - Falo entregando a arma.

- Não ridículo, só mais inteligente do que você pensa.

- Oque você pretende fazer? - Eu estava com medo.

- Pode ficar sossegado, não vou fazer nada com você, eu sei que aprontei muita coisa nessa vida, mas não vou obrigar você a me amar, você merece ser feliz André.

Oque? Ele ia seder assim tão fácil, Marcos parecia arrependido.

- Posso ir pra casa? - Falei olhando para a porta.

- Vá - Ele ri - Me desculpa?

- Tudo bem - Sorri de volta.

Eu sai desesperado por aquela porta, Marcos sabia de tudo e mesmo assim não jogou isso na minha cara, será que ele estava mesmo arrependido? Todos merecem ser perdoados. Agora eu poderia ser feliz com Ricardo, eu sei que eu sai de casa com um objetivo, mas as circunstâncias mudaram, é mudaram de repente, Marcos não vai nos prejudicar eu tenho certeza, ele se arrependeu do que fez. Eu estava tão feliz, queria chegar em casa logo e contar tudo a Ricardo, gritar pra ele que seremos felizes, pois eu o amo. Entrei no meu quarto, Mônica estava lá com ele.

- Oque essa garota faz aqui? - Falei com raiva.

- Você sabia que Marcos pediu para ela grampear a casa toda? - Ricardo fala assustado. - Mônica veio retirar.

- Pode ficar sossegado, Marcos não vai nos incomodar mais. - Falei sorrindo.

- Oque você fez André? - Ele estava assustado.

- Eu não fiz nada, ele admitiu tudo oque fez, disse que não vai mais nos incomodar.

- É sério isso? - Ele se alegra.

- Sim, estamos livres Ricardo. - Fui até ele e o beijei.

Mônica fica olhando e sussurra.

- Bando de bichas.

- É oque Mônica? - Falei olhando para ela.

- Nada não. - Ela da aquele sorriso falso.

Agora que tudo ia bem, acho que Ricardo e eu teríamos que contar a novidade para meus pais, eles podem não aceitar muito bem, mas não quero ficar escondendo deles e nem que aconteça o que aconteceu antes. Depois que Mônica foi embora eu vasculhei cada canto da casa, mas não encontrei nada, eu queria ter certeza de que não estava mais sendo espionado por aquele maluco.