Vergonha

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Quando acordei, estava com dor de cabeça, olhei para o lado e Ricardo não estava ali. Peguei meu celular para ver a hora, era quase meio dia. Entrei em desespero, tomei um banho correndo e fui para a cozinha. Minha mãe estava terminando de fazer almoço.

- Isso são horas de acordar? - Minha mãe fala rindo. - Ricardo nos contou que vocês saíram ontem a noite.

- Oque? - Falei assustado - Oque mais ele contou mãe?

- Nada, só disse que vocês saíram e se divertiram muito.

- Onde ele está? - Perguntei.

- Lá fora ajudando seu pai com o carro.

Não deixei ela terminar de falar  e fui correndo para lá, eu tinha medo dele abrir a boca para meu pai. Fiquei parado olhando eles, estavam  arrumando o motor do carro, Ricardo estava em baixo do carro.

- Oi filhão? - Meu pai parecia feliz .

- Oi pai, oque estão fazendo? - Perguntei olhando para a cintura de Ricardo a única parte que conseguia ver.

Ele sai de baixo do carro e me olha de cima a baixo.

- Eae primão, tá de Boa? - Ele estava todo sujo de graxa.

- Tô. - Respondi sem graça.

- Ricardo falou que vocês saíram essa noite? - Meu pai encostou no carro e ficou me olhando.

- Falou é? - Fiz cara e bravo olhando para Ricardo.

- Desculpa primo. - Ele sorri sem graça.

- Ele falou que sua namorada é gostosa. - Meu pai riu.

- Namorada? Que namorada - Então lembrei que estou fingindo que Tainá era minha namorada. - Ah é Tainá.

- Mas Tainá não é aquela sua amiga que vem aqui em casa?  - Meu pai pergunta estranhando.

- É, acabou rolando algo, pedi ela em namoro - Sorri sem graça.

- Meu garotão. - Meu pai se aproxima e da um tapa nas minhas costas.

Eu olhei furioso para Ricardo, ele não poderia ter deixado a língua dentro da boca? Que idiota. Não demora muito minha mãe nos chama para almoçar. Comi muito, sua comida estava uma delícia. Fui para o meu quarto descansar do almoço, me deitei na cama e comecei a pensar na noite anterior, no beijo que eu havia dado em Ricardo. E ele Aje como se nada tivesse acontecido, isso está me matando. Ele aparece na porta do quarto, fica encostado me olhando.

- Oque foi? - Olhei para ele.

- Nada. - Ele se aproxima e senta na cama.

-  Você lembra de ontem? - Falei me levantando e me sentando na cama também.

- Lembro. - Ele baixa a cabeça - Eu sei que você não curte essas coisas, tu tem namorada mano, e estava bêbado, eu meio que queria saber como é beijar outro cara e fiz o que fiz.

- Como assim? - Achei estranho.

- Eu não sabia que era você, só percebi quando te puxei para dançar, senti o seu perfume. - Ele sorri - Mas não sou viado não mano.

- E mesmo sabendo que era eu, você deixou eu te beijar? - Cai na gargalhada.

- Pow primão, sei lá, estávamos entre família. - Ele também ri - Mas lembrando, eu não sou viado não.

- Eu não disse nada. - Comecei a rir.

- Tu beija bem pow. - Ele me olha envergonhado.

- Sai fora Ricardo. - Dou risadas.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora