the scars

capítulo 23

O resto da viagem foi calma, mas o Harry suspirava muitas vezes em sinal de frustação. Ainda não percebo muito bem o que tinha acabado de acontecer. Era suposto nós irmos jantar, mas apareceu Carl que estragou o nosso jantar. ele disse a Harry o que se passou comigo com o sid e com ele o Harry ficou passado comigo e foi descarregar em mim. Acho que so eu que estou errada, eu devia ter contado ao Harry o que se passou...Mas eu também tinha medo do que poderia acontecer. Vamos propor que eu tinha contado. Harry decerteza que iria falar com Carl e Sid e ia espancar-lhes ou qualquer coisa assim do género, mas eu agora não quero pensar nisso. Concetro-me de volta na escuridão da noite e vejo o Harry a virar para um rua cheia de vivendas, a rua parecia com a de Beth mas não era a dela.

- Onde é que nós vamos ? - Pergunto. Ele ignora-me e estaciona o carro.

- Harry onde... - Harry sai do carro no meio da minha pergunta, vai para o lado de fora do carro em frente á minha porta.

- Sai - Diz ele depois de me abrir a porta, eu ponho o gorro na cabeça e sigo-o até á grande porta do apartamento. Ele abre a porta e entramos no elevador.  Harry tira umas chaves do bolso e vejo que ele tem um porta chaves com uma imagem de uma mulher, acho que ele me vê a olhar oiis rapidamiente tapa a foto. Já percebi que estamos no apartamento do Harry. Mas o que é que eu estou aqui a fazer ? Quando dou por mim, já estou dentro da casa dele. A casa é enorme os tons brancos vão até ao azulado, harry vai até á sala e tira o seu gorro da cabeça.

- Fica aqui. - Harry aponta para o sofá e eu sento-me. Ele vai até á cozinha. A sala dele é toda branca e á minha frente uma lareira aquece-me, a chama vermelha e amarela faz com que o cheiro a queimado e alecrim entre na sala. Em cima da lareira estão molduras pretas e cinzentas. Harry entra na sala com uma pizza na mão e põe-na na mesa de centro, senta-se ao meu lado e pega numa fatia de pizza.

- Come - Diz. Antes de comer a pizza olho para esta ara ver se  não tem vestígios de carne, confirmo que não tem e dou uma dentada.

- Porque é que me trouxes-te para aqui ? - Pergunto e limpo a minha boca com um guardanapo.

- Este é o único sitio em que estás segura - Diz ele.

- Ah - Suspiro. O silêncio entre nós é o mesmo de sempre, mas agora não me apetece falar, quero estar neste momento com ele a comer pizza e a...a pensar.

- Ainda acho que devias me ter contado - Sussurra ele.

- Eu continuo a achar que não devia - Digo e bebe um gole de água.

- Porque é que és tão teimosa, podes-me explicar ? - Diz ele e ri-se.

- Porque é que te importas tanto ?

- Não sei - Não percebo as palavras dele.

- O quê ?

- Nada esquece - Harry diz e leva outra fatia de pizza á boca.

- Oh - Desabafo. - Agora já me podes contar a conversa ? Entre...tu sabes, tu e o Carl ?

Harry não responde e limata-se a dizer-me não coma  cabeça como se estivesse a dizer não a uma criança inocente.

- Oh para com isso, eu não sou uma criança ! - Riu e dou-lhe um murro leve no ombro, gosto quando ele me faz rir. Harry olha para baixo e sorri, estava a gostar tanto deste momento com o Harry que nem dei pelas horas passar.

- Oh meu deus são 23:00 horas, eu tenho que ir - Levanto-me do sofá ponho o meu gorro na cabeça e vou até á porta, eu gostava que Harry fosse atrás de mim para me impedir, como se fosse um filme, mas não, isso não aconteceu. Olho para trás e vejo Harry ainda a comer a última fatia de pizza que restava. Agarro a maçaneta da porta e rodo-a. O quê ?. Tento rodá-la outravez e não dá, está trancada.

- Harry a porta está fechada - Grito para ele me tentar ouvir visto que a sala ainda ficava longe da porta de entradao, ele não responde então eu vou á sala ter com ele.

- Harry ? - Ele estava a beber sumo e olhou para mim.

- Diz 

- A porta...está trancada, e eu...preciso de ir embora.

- E ? - Ele diz e levanta-se do sofá e leva a caixa da pizza consigo para a cozinha.

- E eu quero que me abras a porta se faz favor - Digo enquanto o sigo-o até á cozinha. Porque é que ele está ser tão estúpido e a ignorar-me ? Porquê ? 

- Harry responde-me !! - Aumento o meu tom de voz para ele perceber que eu estou a falar a sério.

- Tu não podes sair agora. - Mas quem é que ele pensa que é para me dizer que eu não posso me ir embora ? Ele não é o meu pai nem muito menos o meu irmão.

- Não estás a falar a sério, pois não ? - Ele começa a lavar os pratos e ignora-me outravez.

- Harry ? Estás me a ouvir ?? - Abano as mãos á frente da sua cara.

- Eles devem estar á tua ou á minha procura portanto nenhum de nós vai sair daqui. - Diz ele com a maior calma possível.

- Harry eu não tenho medo deles e como já te disse eu sei cuidar de mim própria ! - Grito. Siu da cozinha e tento ir para o hall de entrada para ver se eu encontro as chaves de casa. Onde é que ele as terá metido.

- Não podes sair margarida ! - Harry grita da cozinha. Reviro os olhos e abro uma das gavetas da cómoda que está á direita da porta e vasculho tudo o que encontrar, até encontrar o que eu quero. Encontro postais, contas, folhas soltas de cadernos, mas não as chaves.  Volto outravez para a cozinha e encontro o Harry sentado na mesa a comer uma tangerina. A maneira como ele encara isto tudo com uma calma gigante irrita-me.

- Harry deixa-me sair - Estou a ficar irritada do jogo dele. Ele continuava sentado a beber agoara uma cerveja.

- Eles estão lá fora, e eu não te vou deixar sair, é quase 00:00.

- Harry deixa-me sair foda-se - Grito e vou até á porta e tento rodar a maçaneta, sei que não vai reculsar para abrir a porta mas o meu cérebro diz-me que agora é a melhor solução do que estar a gritar com Harry. Sinto o braço no meu ombro e Harry vira-me contra a pareda e põe a minha cintura entre os seus braços que estão apoiados na porta atrás de mim.

- Porque é que és tão teimosa ? - Harry sussurra no meu ouvido e consigo sentir o meu corpo toda a ser invadido por um raio de eletricidade.

- Eu não sou... - Sou interrompida pelo sabor dos lábios de Harry a invadirem a minha boca. Alecrim. A língua dele passa pelo meu lábio inferior e sinto o calor a despertar-se no meu corpo. As nossas línguas movem-se em harmonia. Harry a morder-me o labio inferior deixa-me louca e eu levo as minhas mãos ao pescoço dele para o puxar mais para mim. Ele faz o mesmo e consigo sentir o peito dele como meu. A minha respiração está ofegante, mas ainda não quero parar com o beijo.