capítulo 4

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Abri a porta do quarto e lembrei-me que a) num motel há sempre uma espécie de refeitório qualquer para os residentes irem tomar pequeno-almoço e que b) Nós estávamos num motel.

Harry não me saía da cabeça, o " amor " não em saía da cabeça nem o " quero-te ", Harry estava na minha cabeça a toda a hora, aqueles olhos verdes, aquelas covinhas e aquele cabelo encaracolado que lhe caía para os olhos deixavam-me, em palavras mais leves, entusiasmada. Já tinha acontecido tanta coisa entre nós que era impressionante que ele estava à minutos atrás na mesma cama do que eu, no mesmo quarto. A sensação de alegria percorria nas minhas veias quando o imaginava,  veio-me à cabeça o dia em que ele começou a falar comigo... Ao pé da minha casa havia uma pastelaria em que antes de eu ir para a escola passava por lá todos os dias para tomar o meu pequeno-almoço e levava comigo o livro " Trevas maravilhosas " , como eu era uma viciada nesse livro eu sentava-me sempre na mesa mais longe das outras porque não queria ser incomodada na minha leitura, e eu nunca reparei nos empregados da pastelaria, até que um dia eu acabei o meu livro e aí reparei que todos os dias o empregado cujo o nome na identificação era " Harry Styles " olhava sempre para mim e que no guardanapo punha sempre uma mensagem para mim mas eu como distraída que sou nunca notei nisso, e tímida como sou nunca lhe falei com ele então eu usei a mesma técnica dele e respondia-lhe todos os dias no guardanapo, e um dia ele pôs o seu número de telefone e eu retribuí pondo o meu também, coisa deu com coisa e aqui estou eu, quase passado um ano, com ele outra vez. Parei de divagar com as minha lembranças e finalmente percebi que não valia a pena ter ido dizer que iria buscar qualquer coisa para comer mas decidi ir passear à mesma.

Ao descer as escadas no alpendre do  " nosso  quarto " vi na estrada principal uma carrinha branca com os vidros todos forrados de preto e senti uma espécie de dejá vu, pois eu já tinha visto aquela carrinha em algum sítio. Curiosa como eu sou aproximei-me da carrinha para ver a matrícula e não, não me recordava de ter visto aqueles números em mais nenhum sítio, como eu estava na parte da bagageira da carrinha tentei ver pelos vidros forrados de preto alguma coisa , mas como era de esperar não vi nada, como podia estar alguma pessoa dentro do carro eu tentei esconder-me e ao mesmo tempo tentar ver alguém pelo retrovisor. Começei a sentir o cheiro a tabaco a sair da janela do carro e vi uns dedos a sairem da borda da janela, e ao olhar para o retrovisor vi uns olhos azuis a olharam para mim, senti-me um bocado culpada porque estava coscuvilhar uma coisa que não era minha e fugi. Já tinha passado o nosso quarto a correr e para desanuviar decidi ir ver o lago que havia lá ao pé, o lago era lindo do outro lado era só árvores e alguns barcos a remo parados o lago estava separado da relva por uma variedade de pedras, das grandes às pequenas e das brancas às pretas, praticamente havia de todo o tipo, quando estava a admirar a água cristalina vi as horas no meu pulso " 11:26 "

- Oh meu deus - eu estive fora durante 1 hora, e o Harry já devia estar a começar a ficar preocupado. Corri até ao nosso quarto, pus a mão no bolso e percebi que me tinha esqueçido das chaves.

- Ai de ti se dizeres mais alguma palavra ouvis-te ? - eu senti um objeto frio nas minha costas, o meu coraçao começou a querer saltar-me do peito, a minha respiraçao estava irregular e ofegante, comecei a chorar de medo pois nunca estado naquela situação antes.

Uma Arma.

Uma pessoa estava a apontar uma arma a mim eu estava com mais medo do que sei lá o quê, nem com o meu irmão sentia tanto medo, só com o meu desaparecido pai, naquele momento estava a pensar o que é que ele pensaria se soubesse que me estavam a apontar uma arma. A pessoa que me estava a apontar a arma ao corpo, rapidamente, tapou-me a boca com um pano preto que tinha um cheiro ácido mas ao mesmo tempo doce, tentei dar-lhe pontapés nas pernas e ele como estava atrás de mim prendeu-me o pescoço com o seu braço. Senti uma enorme pancada na cabeça e pelo impacto sentido no meu corpo todo, devia ter caído no chão.

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