capítulo 24

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Acho que isto está errado mas ao mesmo tempo acho que está certo, não consigo explicar, a única coisa que sei é que quero o Harry mas lá dentro, no meu coração eu sei que não posso.

- Harry, e se...eles - Digo enquanto encosto a minha testa á dele para tentar parar com o beijo.

- Simplesmente...esquece os outros...por um momento - Diz Harry e beija-me outra vez. Ele tem a sua razão pois eu não posso deixar de fazer o que eu quero pelo o meu irmão, não posso. Ponho as minhas pernas á volta da anca de Harry, a sua palma está posicionada nas minhas costas para pressionar o meu corpo contra o dele, de seguida Harry passa os lábios pelos lóbulo da minha orelha esquerda o que faz com os meus olhos se fechassem e que eu cravasse as minhas unhas no seu pescoço, Harry escapa um sorriso mínimo devido á minha reacção, deixo escorregar as minhas mãos pelo seu pescoço abaixo e levo-as até aos ombros de Harry e aperto-os para garantir que não caiu. Harry passa as suas mãos pelas minhas costas fazendo leves círculos. Os seus lábios pressionados no meu pescoço fazem a minha cabeça se inclinar para trás. Pouso a minha mão no seu peito para tentar afastá-lo.

- Não por favor... - Imploro. Tiro as minhas pernas da sua anca e ele olha para mim em sinal de dúvida.Tento afastar-me mas a sua mão vai até ao meu pescoço e puxa-me para Harry, o sabor a alecrim invade novamente os meus lábios, e o cabelo encaracolado de Harry faz-me cocegas na testa, ele continua a pressionar os seus lábios nos meus com a esperança do meu avanço. Harry tira as mãos no meu pescoço por nota que a minha respiração está tão acelarada que nem permite o ar entrar como deve ser. Beijou-me a testa e entrelaçou os seus dedos nos meus. Mas o que é que tinha acontecido ? Eu tinha beijado o Harry, e sentia-me em parte culpada, nem segundos tinham passados e eu cria o sabor a alecrim outravez na  minha boca. Harry vira-me as costas e vai para a sala, eu sou deixada apoiada na porta, a deslizar até estar sentado no chão, passo os meus dedos pelos meus lábios como sinal de saudade do sabor a alecrim. Nós não deviamos ter feito isto, nós não deviamos mesmo, se o John descobre mata, mata mesmo o Harry, sem misericórdia. Imagino na minha cabeça John a matar Harry e um arrepio passa pelo meu corpo. Levanto-me do chão e ajeito a minha roupa. Eu tenho mesmo que ir embora, eu não posso ficar nem mais um momento aqui, com ele.

- Já me podes deixar ir embora ? -Pergunto enquanto entre na sala. A minha voz treme.

- Claro que já - Diz ele com um sorriso nos olhos. O quê ? Ele disse " Claro que já ", não disse ? A ideia dele foi por-me em casa dele, aproveitar-se de mim, e agora já posso ir embora ? As lágrimas começam a ameaçar cair mas em engulo em seco, eu não vou chorar á frente dele, eu não quero mostrar fraqueza. O meu coraçao começa a doer, de tristeza acho eu, e a minha garganta parece que fica presa e não consigo emitir nenhum som. O meu coração caí quando Harry tira as chaves do bolso e amanda-as para os meus. Estúpido, ele aproveitou-se mesmo de mim. Baixo a cebça e vejo uma lágrima minha a cair no chão, eu quero sair daqui. Harry ri-se, pega no comando e liga a televisão. Eles está a ignorar-me completamente, o meu coração dói cada vez mais e só me apatece morrer. A expressão de gozo do Harry enoja-me completamente. Baixo-me e pego nas chaves enquanto os meus olhos ficam vermelhos e as lágrimas escorrem pela minha face. Ele, fingiu aquilo tido no carro ? Ele fingiu estar preocupado comigo para...para me poder levar para casa dele. A minha cabeça começa a doer-me. Vou até á porta e parece que consigo ver nós os dois aos bejos naquela porta. Abano a cabeça para me livrar destes pensamentos. Ponho a mão na maçaneta, olho para trás e vou-me embora. Começo a descer no elevador até á porta do prédio e olho-me ao espelho.

- Porquê ? Porquê margarida ? - Digo para o espelho e levo as minh mãos á cara enconsto-me á parede do elevador e começo a dar murros de raiva, de frustação de dor, de todos os sentimentos que infelizmente Harry me tinha proporcionado nesta noite. Abro a porta da rua e o frio passa pelo o meu corpo, ponho o gorro na cabeça e passo com a parte de trás nos meus olhos para limpar as lágrimas.

Agora é que tenho a noção que estou sozinha na rua num sítio que eu nem conheço, ah e percebi que odeio o Harry, e que afinal ele é como John, Carl e Sid, um insensível. Começo a andar na beira da estrada á procura de um café de um bar, de qualquer coisa que consiga abrigar-me deste frio, e qualquer coisa que me faça esqueçer deste sofrimento. As imagens de Harry a rir-se a atirar-me as chaves para os pés em sinal de gozo, fazem com que as minha lágrimas saiem dos meus olhos com mais intensidade. Passo as mãos pela minha cara e concentro-me em ver algo atravéz da escuridão da noite. Consigo ver a uns 10 metros de distância um placar iluminado com um nome " Joy's " e a dizer 24 horas aberto, viro a esquina para me abrigar lá dentro o café não tem lá muita boa aparência visto de fora mas isso agora não interessa. Entro lá dentro e as luzes vermelhas iluminam a sala, os olhares de confusão por parte dos clientes que tinhas mais de 30 anos de idade, incomodam-me e eu sento-me num baco vriado para a bancada. Uma senhora gordinha de cabelo apanhado, vem ter comigo enquanto limpa um copo do outro lado do balcão.

- Estás bem ? - Diz ela enquanto baixa a cabeça para tentar fazer contacto visual comigo, eu não levanto a cabeça por tanto não a deixo fazer tal coisa. Ela vira as costas e põe-me um copo de leite em frente da cara enquanto diz " é por conta da casa " levanto a cabeça e sorriu com os meus olhos inchados. Para um lugar como estes até têm um leite muito mas mesmo muito bom, o leite trás me calor então eu envolvo as minhas mãos na caneca. 

- Obrigada - Digo com a voz a tremer devido é minha temperatura baixa.

Viro a minha cara para olhar para o resto do café e á minha frente aparece uma figura conhecida.

- Hey - Diz ela.

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