capítulo 31

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- Carl ajuda-me aqui por favor - Angie pede ao Carl, e este olha para mim espantado. Eu não acredito que o Carl está ali, os seus olhos escuros a passarem pelo meu corpo fazem-me ficar desconfortável, as minhas pernas desfalecem, mas eu não quero que ele me toque.

- Não é preciso...obrigada - Digo. Enquanto me levanto do chão felizmente só com a ajuda de Angie. Carl ainda vem ao chão tentar ajudar-me mas eu recuso pondo a mão á sua frente. 

- Vá vamos lá - Angie diz enquanto me leva diretamente para a casa de banho. Entramos lá dentro e eu sento-me na sanita fechada. Os meus olhos enojam-se quando vejo Carl a beijar Angie. Louis vem me logo á mente. Mas a Angie, a minha amiga namora com um assassino, eu não acredito. Será que ele lhe disse alguma coisa ? Claro que não disse. Ele deve esconder tantos segredos incluindo a nossa " pequena conversa ".

Angie fecha a porta e começa a encher a banheira.

- Tens que tomar um banho - Diz enquanto verifica se a água não passa pela borda da banheira. Eu não quero fazer nada. eu quero simplesmente sair daqui, eu quero desaparecer quer correr e correr até chegar a casa e esconder-me debaxio dos meus lénçois e beliscar-me para depois entender que isto tudo não passa de um sonho. Mas não é. Pelo o que parece o grupo de John está em todos os apectos da minha vida, tudo mesmo. Como é que Angie e Carl se conheceram ?

- Não - Digo. A minha frase ainda não acabou mas o meu estado de choque impede-me de emitir qualquer som.

- O quê ? - Angie pergunta ajoelhando-se á minha frente.

- Não podes...ele não pode, é perigoso - Mas o que é que se passa comigo ? Eu quero dizer que ele é perigoso que ele matou uma pessoa que ele já tento beijar-me que ele é um...um cabrão.

- Eu...eu tenho que ir embora, desculpa Angie - Digo levantando-me e abrindo a porta da casa de banho.

- Tu não podes ir ! Olha bem para o teu estado ! Carl não a deixes sair ! - Ouço a voz de Angie já muito longe pois agora eu encontro-me em frente á porta de saída, e encontro Carl a apoiar o seu ombro á aduela da porta.

- Está bem ! - Carl responde está bem quando olha diretamente para mim.

- Deixa-me sair - Ordeno e Carl ri-se. Carl tira o sem ombro da aduela da porta e diz " claro " enquanto se desvia para trás de mim.

A porta abre-se e eu desco as escadas do prédio o mais depressa possível, as minhas pernas fracas não me permitem correr muito depressa por isso eu sento-me num banco ao pé de uma loja na minha rua. E choro, choro e choro até os meus olhos ficarem inchados e vermelhos. Mas porquê ? Porquê é que Harry fez isto ? Porque é que ele não veio atrás de mim e me deixou sozinha ? O meu chão acabou de se quebrar em pedaços e eu estou a cair lentamente do abismo e parece que ninguém...que ninguém se importa.

Levo as minhas mãos á cara e acho que vou telefonar á Beth. Porra o trabalho, eu faltei. Olho para o relógio e já são 12:43, procuro uma mensagem de preocupação, um simples " onde estás ? " teria-me animado o dia mas eu não tinha nem uma mensagem.

Levanto-me do banco e começo a andar, os olhos de pessoas assustadas passam por mim, devido aos meus trages estou cheia de sangue, na cara, nas pernas e na barriga, pelo menos é isso que eu consigo ver quando me ponho em frente a um carro para ver o meu reflexo. Ando até á minha casa e reparo que não tenho mala, porra. Onde estão as chaves ? Apalpo os bolsos da parte de trás das minhas. Encontrei-as.

Abro a porta de casa o corredor vazio sem a minha mão faz-me falta, ela está em casa dos meus pais e eu sei que é muito melhor do que estar aqui, nesta casa. Tento não tocar em nada para não sujar alguma coisa. Vou diretamente para a cozinha e a água quente a percorrer a minha cabeça faz-me pensar, pensar e pensar, até eu acabar com aquele aperto no coração a quem toda a gente chama dor. O sangue sai todo de cima de mim numa questão de instantes e o meu corpo fica menos pesado, pelo menos é o que parece. Saiu da banheira e agarro numa toalha para envolve-la no meu corpo durante um banho ouvi vários barulhos mas aposto quw foi imaginação minha. Visto uma jeans uns ténos confortáveis e uma t-shitt preta, o meu cabelo está a esconder os meus ombros.

John não está em casa, mas mesmo se estivesse eu já...eu acho que já não fazia difrença, a vida de uma pessoa já abandonou a terra e infelizmente ainda não se inventou a imortalidade.

Tenho que ir á mercearia comprar algumas coisas, comida e leite é o que mais precisamos.

Pego na chaves e saiun de casa mais uma vez, o frio bate na minha pele e faz com que eu inclinasse a cabeça com sinal de alívio. O quê ? Ao virar a rua uma mão agarra-me no braço e pressiona-me contra a parede e eu deixo as minhas chaves caírem no chão.

- Mas que porra foi aquela ? - Carl diz-me enquanto prende ambos os meus pulsos contra a parede beje, ele está tão perto de mim que eu consigo provar o seu hálito. A maneira como ele me sussurra aquelas palavras faz com que eu vira-se a cabeça para não manter contacto visual.

- Larga-me - Ordeno. E tento tirar o meu pulso esquerdo da mão de Carl mas pareçe não valer a pena.

- Responde - Olho em volta com esperança de encontrar alguém disposto a intervir mas a rua está vazia.

- Do que é que tu estás a falar ? - Pergunto.

Carl irrita-se e sinto um ardor na minha cama que de seguida faz com que esta fique dermente, a mão de Carl está vermelha com o choque. As lágrimas ameaçam cair mas eu já decidi que esta guerra não vai ser uma derrota, pelo menos para mim.

- Carl, afasta-te ! Já ! - Ganho coragem e pressiono a minha cara contra a bochecha dele, assim apanhando-o distraído. Carl contrai-se e laga-me, concluo isto tudo como uma opurtonidade para fugir então as minhas pernas correm e correm e correm o mais depressa que eu consigo, mas por azar o meu as pernas de Carl estão a ser mais rápidas do que eu.

Entro dentro de um café. A minha respiração está mais irregular do que o habitual, o meu peito sobe e desce, a empregada do balcão oferece-me um copo de água e eu aceito educadamente. A água fresca a passar pela minha gargante sabe bem, mas a minha cabeça ainda está preocupada com o facto de que Carl está me a perseguir.

- Desculpe, onde é que é casa de banho ? - pergunto á empregada. Esta aponto para um corredor e diz " segunda porta á esquerda ", não perco mais tempo e ando rapidamente até a porta, fecho-me lá dentro com esperança que Carl não me encontre ? Quero o Ha...para eu não posso pensar nele, nunca mais. O meu coraçao para quando ouço Carl a entrar, encosto o meu ouvido á porta da casa de banho pra ter uma melhor noção do que se está a passar na divisão ao lado.

- Desculpe viu uma rapariga alta que estava muito cansada, ela tem...cabelo moreno, eu sou irmão dela e preciso de encontrá-la - A respiração de Carl estava ofegante visto que correu tanto ou mais do que eu. De resto não ouvi mais nafa mas de certeza que a milulher disse que eu estava nas casas de banho pois consigo ouvir os sapatos de Carl a aproximarem-se cada vez mais da porta, tento não respirar e baixo-me para olhar pela fechadura da porta. Através do mínimo espaço as cores não era muito visíveis, via-se o corredor, uma parte dele, e este estava iluminado por uma luz irritante que não parava de piscar.

Os passos de Carl já não se ouvem tão frequentemente, agora os espaços de tempo entre sim estão maiores do que antes.

A fechadura fica preta, toda preta, Carl estava ali, do outro lado da porta á espera da rapariga que é irmã do seu patrão, á espera da rapariga a quem ele já tentou beijar, á espera de mim.

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