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Leiam a Nota de autora no final, pleaaaaase babes!!

15 de Maio de 2015

Não entendo o que vai na minha cabeça, não entendo como o meu corpo fica quieto e a minha boca calada. Tinha a vida perfeita e agora tenho somente dúvidas, questões e um nó no meu estomago.

A minha cabeça roda, quando isto começou? Quando comecei a deixar para trás tudo o que me fazia feliz e comecei a sentir esta coisa tão incompreensível e que me parece querer enlouquecer?

Sinto-me cansada.

Sinto-me mal por ter desistido de algo que parecia ser tão certo e agora não parece ser mais nada.

Maldita a hora que ele apareceu na minha vida, ele mexeu com o pior de mim, levou-me ao limite com as suas palavras insignificantes e gestos irrelevantes. Tudo nele era enjoo, tudo nele era simplesmente incompreensível e irritativo. Odiava só de o ver, mesmo que fosse por meros e leves segundos e dei por mim a sonhar com ele, dei por mim a vê-lo em outros rostos. Eu dei por mim virada do avesso.

Sinto que estou numa história, na minha história. Onde a personagem principal não reconhece a sua vida, nem a si mesma ou os seus sentimentos.

Será que acordei numa outra vida, noutro corpo?

Olho-me ao espelho e é o meu reflexo que vejo. Mas eu não sou a mesma, o sangue nas minhas veias corre mas eu sinto-me a congelar.

A imaginação voa, ainda sinto os seus lábios nos meus... Eles viraram-me do avesso.

Houve alguém que disse que o amor e o odio andavam de mãos dadas, e infelizmente, eu entendi isso. Só agora entendi o sentido dessa frase, mas o idiota que relatou essas palavras, poderia dizer como resolver isto do amor que surge do odio. Ele devia ensinar que amar é uma coisa e odiar é outra, não têm de estar interligadas.

E questionando esse tal amor, será isto amor?

Amor. Palavra forte.

Amarei o ser mais irritante à face deste mundo?

Por favor, alguém que mé dê um abanão para eu acordar desta queda livre. Isto soa tão estupido. Eu mesma sinto-me ridicularizada, sinto como se não tivesse o controlo de mim mesma.

No dia em que o ódio bateu à minha porta sem aviso, bem... não foi bem à porta, foi no meu carro. Mas seja como for, esse idiota andante entrou na minha vida sem pedir qualquer tipo de permissão e mudou-a completamente, esquecendo-se de avisar o quão desastrosa seria a sua chegada.

O meu ódio tem duas pernas, dois braços, anda, fala e irrita-me profundamente. Tem dois olhos azuis brilhantes que me fazem lembrar algo enigmático e profundo, um sorriso perfeito que parece ser qualquer tipo de sentença e um humor de tirar o juízo a qualquer um.

Ele é mesmo um idiota!

Odeio a maneira arrogante dele, odeio o seu jeito de nadar, odeio quando ele pensa que me conhece e fala como se eu fosse transparente ou ele vidente. Odeio quando ele diz que eu sou doida por ele, odeio quando ele está constantemente a tentar mexer com o meu sistema nervoso. Ele sabe como me irritar, ele sabe muito bem como o fazer e vejo no seu olhar que isso o satisfaz.

Odeio aquele seu cabelo bagunçado, odeio que ele pense que é superior, odeio aquele seu rabo super sexy que chama sempre a atenção do meu olhar, odeio a maneira como ele mexe no cabelo, odeio tudo nele. Porque apesar disso, ele não deixa de ser um idiota!

Odeio o seu jeito brincalhão, custa muito levar as coisas a sério? Odeio a sua maneira sarcástica, odeio a sua capacidade de ter resposta para tudo e mais alguma coisa, odeio a sua maneira chamativa e espontânea, odeio como ele brinca com tudo, odeio que ele nunca pense nas consequências, odeio tudo nele!

Do Avesso 1Onde histórias criam vida. Descubra agora