Capítulo 18

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Hannah


— O que acha deste penteado? —

Encaminhei Lorena para frente do espelho para que ela pudesse ver as tranças que fiz de cada lado de seu rosto levemente avermelhado.


Aparentemente fui aprovada com o penteado. Observei o dia iluminado pelos fortes raios de sol da manhã, o cheiro da grama aromatizava a casa.


Observei Clara dormir e me certifiquei de que o sono iria se estender por tempo o suficiente para mim ir deixar Lorena na escola.


Amarrei o cabelo em um alto e bem preso rabo de cavalo ao ver a situação em que se encontravam.


Durante todo o caminho o entusiasmo de Lorena era nítido, acordar mais cedo que de costume para ir a escola nunca fora um problema para ela. Cantamos uma canção infantil até a escola enquanto eu me esforçava para não esquecer a letra.


— Não vou ganhar um beijo hoje? —

Fiz biquinho ao ver Lorena quase descer do carro. Ela sorriu depositou um beijo e murmurou um “eu te amo” em meio a pressa e correu para dentro, se misturando com as outras crianças. A observei até onde minha vista alcançava.


Ao chegar me deparei com Clara um tanto irritada nos braços de Cida.


— Obrigada Cida, agora eu assumo daqui.


Após o “café da manhã” os nervos de Clara se acalmaram. A coloquei no carrinho esportivo e criei coragem o suficiente para uma caminhada matutina no quarteirão. Caminhei o suficiente para desenferrujar algumas partes do meu corpo travadas desde que engravidei.


Antes de entrar observei a casa vazia de Noah frente a minha, só Deus sabia onde ele estava. Era melhor assim, cada um com sua vida e eu com as meninas, como sempre foi.


Após contar os minutos o horário de pegar Lorena na escola chegou e por algum erro na rotina Clara estava dormindo.


— Mamãe onde está a Clarinha? —

Lorena pareceu mais preocupada com a irmã do que para ir para casa.


— Dormindo.


— Mas ela sempre vem...


— Eu sei, mas hoje ela resolveu dormir mais um pouquinho.


— Por que?


— Porque ela é um bebê e precisa dormir.


— Por que tanto assim?


— Porque ela precisa da mamãe para tudo e isso acaba me cansando e cansando ela também, então ela dorme... —

Respondi sem saber se minha resposta estava racional o suficiente.


— Para crescer?


— Sim, para crescer também...

Consequências de uma aposta.Onde histórias criam vida. Descubra agora