Caminho pelo jardim das casa, sentindo o cheiro de todas as flores. Cento em um banco e começo a ler um livro. Escuto um barulho.
-Tem alguem aí? - pergunto querendo ouvir nada.
Começo a seguir o som. Estava entre os arbustos. Um gatinho... Ou melhor, uma gatinha.
-Olá, amiguinha. Está perdida? - ela era branca, meio cinza, seus olhos eram... Roxo? - Seus olhos são lindos. - ela mexe a cabeça querendo assenti.
Ela começa a correr, mas para e olha em minha direção. A sigo. Adentramos o bosque até chegar em uma cabana, ao seu redor várias plantinhas coloridas.
Quando procuro novamente a gatinha some. Olho ao redor e reparo em uma coisa brilhante. Chego mais perto e percebo que é uma chave. Muito bonita por sinal. A chave era dourada, com detalhes em formato de folhas e uma pedrinha verde. Aquela chave era linda. Vejo a porta da cabana e reparo que era do mesmo tom de dourado e tinha os mesmo detalhes.
Eu ia colocando a chave quando a gatinha se esfrega no meu vestido, vejo que ele estava muito sujo.-Sente fome? - ela afirma do jeito dela. - Venha comigo.
Seguimos de volta para casa, fui para a cozinha pegar leite e depois fui aobmeu quarto. Coloquei o leite na janela e a gatinha começou a tomar.
-Como será seu nome? - ela me olha, depois olha o quarto e pula encima do livro da Pequena Sereia. - Seu nome é Seria? - ela nega - Pequena? - ela nega novamente - Ariel? - ela me olha e assente. Ariel. Bonito nome.
Ela volta para a janela e bebe o leite.
-Não quer ficar aqui? - ela olha para o lado de fora - Entendi... Tem seu lar lá fora. Mas quando quiser, pode vim me visitar.
Ela passou o resto do dia comigo. Me fez companhia, e isso era muito bom. Coloquei a chave em uma caixa e decidi que amanhã eu iria para a cabana. Tinha algo estranho lá.
-Gatinha... Digo, Ariel. Você acha que tem algo naquela cabana? - ela me olhou e bem no fundo dos olhos dela vi algo.
Meu pai me chama, deixo a gatinha no quarto e vou para a sala.
-Sim, papai.
-Filha, eu quero te apresentar uma pessoa. Esse é Heliotte. Seu pretendente.
-C-como?
-Oh! Tadinha, está pasma porque vai casar com o melhor partido daqui!
-Papai, tinha que ser ele? - falei com um pouco de nojo.
Heliotte tem sua beleza, muitas meninas gostariam de casar com ele por sua beleza ou riqueza. É só isso que sei sobre ele: Heliotte é bonito e rico. Não há nada além disso... Ah! Claro, ele é esnobe...
-E você, Alana? - meu pai me chamou - Quer que seu casamento seja aqui ou na mansão dele?
-Oi? Não entendi...
-Oh! Que tolinha! -Heliotte fala rindo - Tão desatenta. Estamos falando do nosso casamento, querida. - ele pega na minha mão.
-Ah,claro... Mas, papai, sabe que eu pretendo casar mais tarde... Estou nova.
-Filhinha. Eu sei disso. Você se casará aos dezoito.
-Papai! Isso ainda é cedo!
-Filha! O Sr. Theybs não vai te querer para sempre! E eu sou seu pai! Você me obedecerá enquanto morar nesta casa! - ele grita, com raiva.
-Tudo bem! Faça o que quiser! Mas eu não irei me casar aos dezoito e nem com esse... Esse... Esse metido a galã! - falei no mesmo tom que ele.
Fui para meu quarto e me joguei na cama. Olhei para a janela e vi o leite da Ariel.
-Ariel? Ainda está aqui? - falo entre lágrimas - eu preciso de você! Por favor...
Choro com odio da situação. Amo muiti meu pai, mas ele é muito controlador. Ele era mais calmo... Antes da mamãe morrer... Mas agora, ele está rude.
Pego uma roupa mais confortavel, tiro o salto e os adereços dos vestidos e me deito para dormir. Hoje não sairei do quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Dois Mundos
FantasyAlana tem de se casar com um homem que não ama, por ordem de seu pai. E em seu baile de 15 anos ela recebe um pedido que muitas aceitariam, mas ela não. Isso faz com que a moça resolva "fugir" de casa para respirar. E nessa fuga ela segue um certo c...