Após ouvir sermões e criticas feitas por meu pai, ele respira fundo e recomeça um outro discurso. Mas, antes pede que o Sr. Perfeitinho saia da sala, pois essa era uma conversa particular.
-Minha querida, sabe que Heliotte é seu melhor pretendente, fora que é o único. Por que não acaba com suas fugas e não se casa com ele? Eu tenho certeza que será feliz ao lado desse homem, terá seus desejos realizados, terá todos os presentes que desejar, será mimada em sua casa, será reconhecida! O que você não gosta nessa proposta? Ele tem muitas qualidades, tem estudo, reconhecimento, dinheiro, beleza, é educado, respeitoso. - meu pai ainda fala mais qualidades inexistentes daquele homem, mas minha mente volta no tempo, se meu pai soubesse o que esse homem quase me fez iria odiar-lo, mas eu seria obrigada mais que nunca a me casar.
-Papai, sinto lhe dizer que está enganado sobre Heliotte. Essas qualidades, pelo menos a que fala de seu caráter, estão erradas. Heliotte é um homem rude, ignorante, mimado, narcisista, além disso, soube que ele desonrou várias mulheres. Eu não quero esse homem para mim. Por favor, me entenda. Eu não quero me casar ou ter alguma coisa com ele.
-Alana, como pode acreditar nessas mentiras? Ele é um homem respeitoso. E não é o fato de você querer. - ele se aproxima e fala mais baixo - Nossa família depende desse casamento.
-Como assim?
-Estamos com as economias acabando. Estamos falindo. Eu já não posso trabalhar muito, minha saúde não deixa. Precisamos desse casamento.
-Entendo. - eu penso um pouco - Faremos assim: eu tentarei arrumar esse dinheiro. Farei o possível. Se eu conseguir eu não me casarei com Heliotte, mas, se eu falhar, me casarei sem reclamar.
-Está bem. Você tem até os dezessete anos. - ele estende a mão e eu aperto.
Depois disso sai da sala e fui para meu quarto. Chamei Louis, avisei que iria para Guetania. Falei para meu pai que sairia para treinar arco e flecha e iria passar a noite em uma casinha abandonada que encontrei quando eu corri da minha festa. Meu pai fez uma pequena lista de coisas que eu precisaria levar e fez recomendações que todos os pais e mães fazem. Por sorte, meu pai sabe que eu posso me cuidar sozinha, além do mais, estou levando meu arco e minha flecha. Desde pequena amava a natureza e vivia dormindo do lado de fora. Aquilo me confortava, sentia que minha mãe podia me olhar do céu e que quando eu ia para fora o espirito dela me acompanhava.
Chego em meu destino, pego a chave e abro.
-Que coincidência! - uma voz conhecida fala - Alana, eu já ia para seu mundo.
-Ariel! - eu a abraço - Me desculpa por te deixar sozinha.
-Não tem problema.
-Tem sim. Eu te deixei com aquele príncipe mal educado.
-Ele não trará mais problemas.
-Como? Você enfeitiçou ele? - falei com um tom de brincadeira.
-Não. - ela riu - Fizemos um acordo. Caso ele fosse um tirano imaturo com as outras pessoas e eu ficasse sabendo, eu iria esconder alguma coisa dele. E ele só iria receber se pedisse desculpa para a pessoa que ele tratou mal, caso fosse uma de nós duas ele iria que fazer uma pequena busca. - fiquei surpresa.
-Como ele concordou?
-Eu teria que ajuda-lo a conquistar uma garota, que ele alimenta sentimentos.
-Entendi... - dou um sorriso - Vamos para o castelo? Quero ver esse novo comportamento do príncipe.
-Claro. Tenho um pouco de trabalho. - ela pensou um pouco e começou a falar - Eu falei com ele que você não virá todo dia. Ele não gostou muito disso, mas aceitou.
Chegamos na porta do grande castelo. Eu e Ariel fomos até a sala do príncipe. Ele estava sentado em uma poltrona com os pés na mesa, estava lendo um livro, provavelmente velho pela condição dele. Ao nos ver ele tirou os pés da mesa e olhou para Ariel depois para mim.
-Ah! Sua prima veio! - ele respirou fundo - Bem vinda de volta. - Ariel sorriu como agradecimento - A rainha volta hoje pela tarde e eu queria que vocês ajudassem as outras a arrumar o salão para ela ser bem recebida. Fora minha mãe, a rainha de Dufinis vem com ela tomar um chá. - Ariel ficou muito feliz, seu sorriso ia de uma orelha a outra. O príncipe reparou, olhou ela com um sorriso no rosto, ele sussurrou alguma coisa que não entendi.
-Eu e Alana iremos cuidar disso. - estávamos saindo da sala mas se virou para o príncipe - Obrigada pela a educação. - ele vira os olhos solta um quase sorriso.
Seguimos até o salão. Os outros criados estavam lá, apenas esperando que mandássemos para alguma coisa ser feita. Ariel olhou para todos, segundos depois ela começou a falar.
-Meus amigos, hoje a rainha regressará. Todos amamos ela. E ela merece uma boas vinda bem alegre e bonita. - ela sorriu para todos - Bem, começaremos agora o serviço, eu preciso de alguns grupos: um para pegar flores, um para limpar o salão, um para colocar as faixas, um para fazer o chá das rainhas e mais outro para decorar o local onde o chá será servido.
Todos a obedeceram. Ariel tem instinto de líder.
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Entre Dois Mundos
FantasíaAlana tem de se casar com um homem que não ama, por ordem de seu pai. E em seu baile de 15 anos ela recebe um pedido que muitas aceitariam, mas ela não. Isso faz com que a moça resolva "fugir" de casa para respirar. E nessa fuga ela segue um certo c...