III

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          Acordo com dor de cabeça e com o rosto inchado de tanto chorar. Me levanto vagarosamente da cama e me troco. Chamo uma empregada.

-Por favor, poderia me deixar o café aqui?

-Sim. Por sorte seu pai disse a mesma coisa.

-Como assim?

-Seu pai disse que só sairá do quarto quando ele mandar. E também falou que a senhorita tem que se arrumar para o Heliotte.

-Mais que maravilha! - bufo - Meu pai não vai me deixar em paz?

-Senhorita, sabes que ele tem todo o direito sobre você. Ele pode mandar e desmandar a hora que quiser, se o Sr. Vinny quer que se case com esse rapaz você terá que casar.

-Eu sei disso! Pode se retirar... E, como é mesno seu nome?

-Diana... Bem, trarei seu café.

          E foi o que ela fez. Depois de tomar meu café da manhã fui me arrumar para a visita do meu noivo. Eu só tenho catorze anos, isso é cedo para pensar em casar!
          Se a mamãe estivesse aqui tenho certeza que ela seria contra!

          Ouço batidas na porta.

-Pode entrar. - falo sentada na cama.

          Vejo papai e Heliotte. Meu pai me olha da cabeça aos pés para ver se estou ou não bem arrumada. Heliotte faz a mesma coisa, mas com outras intenções.

-Filha, você e Heliotte iram conversar e se conhecer! E Alana, se comporte!

-Sim, papai. - olho para os dois bem nos olhos.

-Bem, querida, como está hoje? Mais calma? - Heliotte se pronuncia, ele se senta ao meu lado - Sabe, você até que é bonita. Claro que as minhas antigas namoradas eram mais lindas.

-Bem, então por que você não casa com elas? - ele esgota minha paciência.

-Elas não nasceram para casar. Elas são mais para diversão. - Heliotte me olha com um sorriso no rosto - Em alguns minutos posso saber se você pode ser dos dois tipos.

          Dou um tapa na cara dele. Que idiota!

-Você acha que eu sou o que? - começo um escândalo- Está ficando louco? Eu não sou brinquedo para ser diversão de pessoas! Se quer uma bonequinha compre uma numa loja de brinquedos! Agora saia do meu quarto! - ele me olha surpreso - Agora!

         Ele vai embora e eu tranco a porta. Meu pai deve está cego! Como meu pai me manda casar com esse crápula?
          Lágrimas começasm a cair. Ódio, repulsa, medo tudo junto sendo jogado em água.
          Olho para a janela. Pego lençóis e panos, amarro um em outro. Começo a descer a janela e a correr para o bosque. Eu precisava sair de casa, eu tinha que respirar e, talvez, pensar no meu baile.
          Me sento em uma árvore e penso em várias coisas, detalhes e convidados para o aniversário de 15. Volto para casa e tento passar despercebida e por sorte consigo.

          Passo as próximas semanas preparando esse baile. E o tempo passa e o dia do baile chega cada vez mais perto.









{Oi, seres que leem meu livro! Eu sei que esse capítulo tá curtinho, mas eu tenho dois livrinhos e preciso dá uma atenção para o outro. Prometo que o proximo capítulo será maior!}

Entre Dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora