1.5

1.8K 200 2
                                    

No dia seguinte, Francine acorda com o barulho da chuva, tentou se levantar, mas seu corpo doía mais ainda, parecia que tinha sido atropelada por um cavalo.

"Bom!...eu fui atropelada por um cavalo!"

Disse baixinho. Olhou para a grande janela, e o dia parecia como ela, chorosa e triste, tentou se levantar novamente, mas seus braços estavam fracos, seu corpo estava fraco, acabou se entregando totalmente aquela cama, era tão macia e convidativa.

Maria bate na porta e entra devagar trazendo seu café da manhã.

_ bom dia minha senhora!...trouxe seu desjejum, espero que goste!... Preparei especialmente para você.

Sorriu Maria.

_ Venha!?...Você precisa se alimentar!?...

Colocando sobre a mesa a bandeja decorada e o cheiro de bolo fresco era maravilhoso.

_Não, obrigada!... Não estou com fome!

Diz Francine desviando o olhar bondoso daquela senhora.

_Vamos!?...é para o seu bem!!!

Maria estendeu a mão para ela, tentando tira-la da cama.

_ Eu não posso!..eu não consigo!

Chora Francine com muita dor no corpo e não estava vestida.

Maria se compadeceu daquela pobre garota!... Tão linda e tão inocente!...Ela se sentou na beirada da cama, passou sua mão pelos seus cabelos de Francine.

_ Não chore minha Senhora, tudo isso vai passar!...logo você esquecerá!..

Maria, segurou sua mão e a confortou por um tempo, deixou que chorasse o suficiente para se sentir fortalecida.

_ Eu não consigo me mexer, meu corpo dói muito!...eu fui atropelada por um cavalo!!!!

Ela diz com um tom choroso e engraçado, Maria ri e se levantou para pega seu roupão.

_ Vamos!...vou preparar-te um banho delicioso, vai se sentir melhor, mandarei que preparem um chá bem quentinho para tirar essas dores de seu corpo!

Maria a veste  ajudando a se levantar, Judite entra no quarto, louca para ver o estado da garota, ao vê-la se levantando e ainda com o roupão aberto, e se assusta.

_ Meu Deus!...você foi atropelada por um cavalo?!

Maria faz um gesto com a boca de reprovação e a manda sair.

_ Ela tem razão!...fui atropelada por um cavalo!...

As duas se olham e dão risada. Ao entrar no banheiro que por sinal era enorme, a banheira se localizada bem no meio trazendo elegância e sofisticação ao local, uma pia de mármore enorme, vários tipos de escovas de cabelo, grampos, joias e broches. Maria Abriu uma das torneiras, e a água caia quente, ao pondo de sair vapor, depois abriu a outra para equilibrar a temperatura, Francine se assustou com aquilo.

_ Como isso pode acontecer?!..Como isso funciona?!...

Perguntou espantada, pois em sua casa, a empregada que levava os baldes de água quente e fria para poder se banhar. Maria riu gostosamente.

_ Quando George conheceu você a dois anos atrás, ele sabia que vocês um dia se casariam, então ele mandou trazer um engenheiro e tudo que precisava para que todos os banheiros recebessem a água quente!

Maria verifica a temperatura da água e olha para Francine, querendo ver o que se passava na cabeça dela.

_ venha? _ estendeu a mão.

_ Mas como a água quente chega até aqui?!..._ Pergunta Francine ainda tentando entender como tudo aquilo funcionava perfeitamente.

Maria da um sorriso, e a ajuda a entrar na banheira devagar!...

_Bom, a casa tem uma espécie de caldeira que fica no subsolo da casa, e ela não desliga nunca, José e os demais a mantém sempre acesa, um cano em forma de serpentina, passa por essa caldeira e quando abrimos qualquer torneira dos banheiros a água vem quentinha!! _ Maria contava e ao mesmo tempo a banhava com cuidado, pois era visível os hematomas naquele corpo tão magro e frágil.

_Como se chama?!..

Pergunta Francine lembrando que não se apresentaram formalmente.

_Me chamo Maria!..._ Responde sorrindo.

_Maria!...Muito prazer...eu ..._ interrompe a amiga.

_ sim!...eu sei quem você é!... Francine, a esposa do meu amigo querido George.

Maria toca a ponta do nariz de Francine e sorri.

Assim nascia uma linda amizade. Francine se sentia em casa com a presença dela, e gostaria que ela ficasse ali, naquela casa fazendo companhia.

_Maria!?...gostaria de ficar sozinha um pouco!? _ Pede com carinho.

_Sim minha Senhora!...Chame-me se precisar, estarei aqui no quarto arrumando sua cama e seus pertences.

Maria se levanta e sai, encostando a porta que separava os dois ambientes. Francine consegue relaxar, pois aquela água estava em uma temperatura maravilhosa e convidativa para permanecer por um tempo, e se viu na necessidade de analisar como George era prestativo e como pensou em tentar agradar com essas engenhocas!... Ela sorriu, mesmo assim sentia-se ameaçada por ele, então resolveu silenciar a mente.

Passado meia hora, Francine surge no quarto e se depara com vários Baús.

_ Mas o que é tudo isso?!...

_ É tudo para minha Senhora!...

_ posso abrir!?


Mais Uma chance para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora