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Os dois se trancaram na Biblioteca, George precisava contar o que estava acontecendo, pois não sabia até que parte ela pegou a conversa, Francine estava em estado de choque, não acreditava no que tinha escutado, já não sabia mais quem era quem naquela casa, e ela protegendo e tendo dó de Judite, até roupinhas para o bebê ela comprou quem ali estava mentindo.

_ Posso te contar o que aconteceu?...Perguntou George sentado no lugar que ele costumava ficar, onde Francine sempre achava que era o porto seguro dele, um modo de se manter reservado e protegido.

_ Sim George!...Quero escutar!...Por favor!...Ela o autorizou, com a cabeça entre as mãos.

Ele começou a contar, não deixou passar nada despercebido, até a História do chá ele contou para ela, e quando Judite anunciou a Gravidez, pediu ao amigo que descobriu que Judite estava se encontrando com alguém e quem era não demorou muito, pois o rapaz da fazenda ao lado veio saber sobre ela e contou do relacionamento deles dois. Quando soube que ela era apenas uma serviçal, nunca mais voltou, e logo venderam a propriedade que ele acabou comprando por ter a cachoeira que é a nascente da água do lago.

_ Então!...Você bebeu e não se lembra de como foi parar na cama dela?! _ sua fisionomia estava transtornada, mas continuou_ Você quer que eu acredite nisso?... Esta bem! Vamos dizer que eu acredito, mesmo sabendo da verdade, sabendo que essa mulher é uma louca, matou meu filho, tentou acabar com o nosso casamento, inventando uma mentira em cima de outra mentira, mas você mesmo diz que não se lembra de nada, e se aconteceu?...E agora? E essa criança?...Judite será internada...Como ficará a vida desta criança?

_ O que você quer que eu faça!?...Quer que a mantenha aqui?... Não suporto mais essa mulher, e tanta maldade que ela prática.

_Eu estou com dor de cabeça, meu estomago esta embrulhado!..._ ela se levantou e saiu batendo a porta atrás de si e foi para seu quarto se sentindo revoltada e triste.

George passou as mãos pelo rosto, se sentia decepcionado com ele mesmo, tudo estava indo perfeitamente bem, finalmente ele tinha Francine em seus braços, passaram uma noite maravilhosa e o dia poderia ter terminado melhor ainda e se lembrou de Maria, deveria ter feito o que ela o orientou, mas preferiu esperar, e manter Judite achando que ela nunca iria dizer nada, mas aconteceu o inevitável, e seu relacionamento ficou estremecido, agora só teria que esperar o tempo passar e retomar a vida que ele sempre desejou para os dois.

George passou a noite inteira na Biblioteca, não conseguiu dormir, na manhã ele esperou o carro do sanatório e assim que chegou os conduziu para o quarto onde Judite estava ela tentou lutar e se desvencilhar dos enfermeiros, deu chutes e tentou morder, no fim tiveram que colocar a camisa de força e a levaram para o carro, Francine tinha ouvido o barulho e foi ver o que iria ser da pobre mulher, esperou na porta, e quando Judite apareceu sendo carregada, ela começou a gritar, Francine começou a chorar e George se pôs a seu lado, ela apoiou a cabeça em seu peito e chorou copiosamente, sentia pena dela e não desejava aquele fim, e dó por aquela criança, o que seria dela?...O carro saiu levando a pobre, todos entraram para casa e foram fazer suas atividades como de costume, George a conduziu para o quarto, e cada um ficou de um lado da mesa, em silêncio.


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