Mais Uma chance para Amar

2.8

Dizem que Francine esta sendo mantida prisioneira dentro de casa, e que tem sofrido violências constantes.

_ Calma Lauro, olhe bem pra mim, pareço que estou sendo maltratada e que não tenho liberdade!?..._ disse Francine em tom de espanto e quase rindo da situação. Ela pega no braço de George passando um ar de que era feliz e que estava tudo bem.

Lauro olhou e perdeu o olhar de medo, percebendo que ali já não habitava mais no coração dela, como pode ter se esquecido dele tão rápido, Lauro olhou para George:

_ peço desculpa!...Mas preciso saber se Francine pode ir visita-los, eles estão muito preocupados com ela. _ Lauro já não a olhava mais, não tinha coragem de ver aquele rosto que transmitia alegria, e ele mesmo sentia-se derrotado e humilhado.

George espantado com a atitude da esposa, respondeu com sutileza: _ Ela não pode ir no momento!

Francine o olha desconfiado.

_ Mas por quê?!...Esta doente Francine?!.._ pergunta Lauro preocupado olhando direto nos olhos dela, George a afasta para traz e ríspido responde desviando o olhar dos dois.

_ Não!... Ela esta ....Grávida! não pode andar a cavalo e nem em charretes no momento!.._ Ele fica duro e não olha para Francine que fica de boa a Berta.

_ É....Verdade?!... _ esperando uma resposta, repete afirmando ao mesmo tempo:

_ Sim!...é verdade!!!!....Desculpe, darei o recado. _ e saiu porta a fora.

Os dois ficaram parados ali próximos a porta, George se vira e vai para a Biblioteca, sentando-se no sofá, colocando o rosto entre as palmas das mãos, Francine, se deparou com o óbvio, ela estava grávida!

Faziam 2 meses que não vinham suas regras e nem tinha se dado conta, a casa e os afazeres a ocuparam que o tempo passou, hoje o enjoo, o mal estar e a fome, e alguns vestidos apertados, seus seios estavam maiores e desconforto abdominal.

_ Ah Meu Deus!!!!..._ soltou de repente.

José que assistia tudo, não conseguia entender que era o mais maluco dos dois, fechou a porta e seguiu com os olhos Francine entrar Biblioteca adentro e ela mesma fechar a porta, costume que ela não tinha quando tinha que conversar com George.

Francine se sentou no outro sofá de frente para ele e ficou de cabeça baixa, pensando na descoberta, seus olhos se encheram de lágrimas e o sentimento de raiva desaparecerá.

George a olhou e viu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, ele se levantou em um gesto de raiva e empurrou a mesa de centro que separava os dois que voou e bateu na porta. Ela não se importou e nem se assustou, estava surpresa ao mesmo tempo.

_ Mais uma vez!... Mais uma vez aquele moleque aparece na minha vida!...O que ele quer?...Quer me destruir, te roubar de mim!...Pensa que eu não sei!..._ Vociferava George! Ela não conseguia falar nada, não tinha condições.

_ Me perdoe!...Juro que vou resolver isso! _ Disse se sentando na beirada do sofá, a voz estava angustiada.

_ Resolver o que?... _ Francine olhando nos olhos dele, estavam tão cheios de lágrima que mal conseguia vê-lo _ Vai a traz dele e mata-lo?... _ ela se levanta, caminha até a lareira e continua _ O que vai adiantar tudo isso George!...nada, você pode ir preso, nossas vidas ficarão destruída e......._ calou-se por um momento, não sabia se contaria, pensou rápido sentou-se a sua frente estendeu a mão tentando acariciar seus cabelos, mas desistiu e falou _ Não quero que o nosso filho cresça sem o pai!

George riu desconfiado: _ Filho!?..que Filho Francine!?...Eu falei aquilo só pra ele desistir em te levar daqui!....Eu sei que não devia... _ Ele a olha e percebe que não era mentira, Francine estava com a mão em sua barriga e a outra em sua boca, como se quisesse calar-se.

George se levantou, andou de um lado pro outro, sentiu a emoção subir pela garganta e se jogou aos pés dela, abraçando sua cintura e chorando copiosamente, Francine se sentiu amada naquela hora, os dois choraram juntos e ela finalmente entrelaçou seus dedos em seus cabelos desmanchando-o e deixando os cachos aparecerem, ficaram assim por um tempo.