5.4

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Amanheceu e ele se assustou com Fancine dormindo em sua cama, mas não quis acorda-la, levantou e foi lavar o rosto, voltou para se trocar, pois precisava ir trabalhar, mas não teve coragem de deixa-la sem saber se precisava de algo. Não demorou muito e ela acordou, sentou-se na cama e esfregando os olhos disse:

_ Desculpe!...Eu não quis te acordar ontem a noite!

_ Por que não?

_ Estava dormindo tão profundamente, pareceu-me muito cansado!

_ Me diga!?...o que aconteceu para vir pra cá no meio da noite!?

Ela ficou calada por um tempo.

_ eu sinto a sua falta, o seu calor e a sua proteção!...Eu não quis duvidar de você! Eu só não sei, eu...

_ Xiiiiiiii!...não fala nada!.. Vem cá!?

ele a colocou no colo e abraçou apertado e prosseguiu

_ você tinha toda a razão para não acreditar em mim de imediato...Eu, em seu lugar faria a mesma coisa, ou até mesmo pior...Eu tinha o dever de te contar o que estava acontecendo desde o começo, fui burro em ter me calado.

_ Vamos fazer um trato!? _ Francine senta na cama e o olha, e continua _ a partir de hoje, falaremos a verdade, mesmo que doa!...Não vamos esconder mais nada um do outro.

_ fechado!

George a abraçou novamente, a beijou com carinho e resolveram se arrumar e descer para o café da manhã, ele precisava ir para a cidade, pois tinha muito trabalho para resolver. Logo se despediram e cada um foi tratar de suas obrigações, Ela como sempre tratava da arrumação da casa e Jardim, o dia passou rápido, Francine estava alegre e passou o dia a cantarolar pela casa, as flores quase não floresciam, o tempo já estava mais frio e a lareira tanto da Biblioteca como a dos quartos passavam o dia e a noite acesas para aquecer o ambiente, ela pediu a Ivonete para preparar um belo jantar e montasse a mesa com classe e elegância, hoje pretendia fazer as pazes definitivamente com o marido, não deixaria que mais nada atrapalhasse a felicidade dos dois.

No final da tarde ela resolveu subir e tomou um banho, passou o perfume que ele adorava, colocou brincos novos, um colar de pérola e um belo vestido que mandou fazer e que chegou logo depois do almoço, pelo próprio Bartolomeu o Alfaiate, era de um azul claro, gola alta, mangas longas com enfeite de botões em camafeus, era um pouco mais justo do que as damas estavam acostumadas a usar, mas era a ultima moda em Paris, ela resolveu fazer uma trança em seus cabelos, deixando poucos fios soltos, se maquiou e seguiu para o quarto de George, colocou um sabonete novo, toalhas limpas e já deixou os sais de banho, assim que ele ligasse a água, teria um banho perfeito e a noite seria perfeita.

Francine desceu e foi verificar se a mesa estava disposta como ela queria, Margô que arrumava e dobrava os guardanapos com elegância como aprendeu nos anos trabalhando para a família de Francine, a olhava com desconfiança e apreçou-se para terminar logo e voltar para a cozinha, a patroa percebeu, pensou em deixar para lá, mas decidiu colocar os pingos nos is para que não houvesse fofocas maldosas.

_ O que foi Margô!? O que esta acontecendo?

_ Nada Senhora!..Só estou arrumando a mesa como pediu!

Margô se sentiu apreensiva com a pergunta de Francine, ela tentou se retirar, mas francine a deteve dizendo:

_ Venha! Vamos ter uma conversa franca, chame Samira.

_ Mas Senhora?!

_ Vá!...estarei na Biblioteca esperando por vocês duas, não demorem!

Francine se retirou e seguiu para Biblioteca, deixou a porta aberta e se sentou na escrivaninha do escritório e aguardou.

As duas entraram de cabeça baixa, e Francine mandou fechar a porta e se sentarem cada uma em uma poltrona,

_ Obrigada Senhora!...Não queremos sentar! _ Disse Margô com a voz tremula.

_ A conversa será longa, e não quero que se cansem, por favor, sentem-se!


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