o espetáculo

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Respirar.

Como uma coisa motora se torna tão difícil de fazer?

O ar preso em meus pulmões, a vontade de não deixa-lo ir nem vir.

Como se faz isso?

Respirar.

Viver.

Ter a vontade de acordar todo dia com um sorriso no rosto e ter um dia sem tristeza e decepções.

Vivemos em uma rotina e, pra mim, isso é uma das piores prisões que existem.

Presos sempre nas mesmas coisas, mesmos atos, mesmas pessoas e nos acostumamos com isso. Nos acostumamos com tudo que é nos imposto durante a vida e que se repete incansavelmente.
Vivemos como em uma peça de teatro interminável e só saímos dela quando falarmos nossa última palavra. Dermos nosso último suspiro.

Mas uma hora tudo cansa.

E o simples ato de viver cansa.

De respirar.

Tudo se torna mais difícil quando você não tem a mínima vontade de acordar e fazer parte da mesma peça.
Somos programados a nos acostumarmos com o fato dela existir e crescemos no conforto de uma peça pacata e angustiante, com altos e baixos, mas sempre na mesma rotina.

Não podemos viver assim, perturbados e programados como todos os outros. Não se deixe ser assim. Não deixe que outros ou sua própria mente torne isso tão terrível para atuar.

Abra as cortinas. Vá. Voe. Nao deixe que seus problemas te consumam até você ficar sem ar e não saber como respirar. Não fique parado, cada segundo importa. Torne sua rotina e seu roteiro diferente de tantos outros. Encontre pessoas que te faça bem e ajude-as com suas peças.

Você não está sozinho. Abra essas asas que estavam guardadas por tanto tempo sob seu medo. Explore todos os lados do palco, explore a vida. Não deixe que seu medo fale mais alto, permita que seu cérebro e seu coração trabalhem juntos. Preencha todo esse teatro com sua voz e sua luz, deixe de viver apenas em um simples palco e crie sua própria peça, diferente de tantas outras iguais.

Aprenda ser seu verdadeiro eu.

Aprenda a viver.

Aprenda a respirar.

Só assim, depois de tudo isso, permita deixar suas asas pousarem sobre o chão de madeira do palco. Deixe que elas te abracem e durma.
Um sono profundo e maravilhoso que você terá orgulho de dizer que pôde aproveitar tudo dessa peça. Permita-se deixar levar, depois de ter batalhado tanto, perceberá que nada foi a toa, tudo valeu a pena e teve um propósito para esse último momento.

O espetáculo final.

Feche as cortinas. Termine sua peça.

Respire. Viva.

Viva. Insista.

Dê seu último suspiro e no final, sorria.

Aquilo que vem de dentroOnde histórias criam vida. Descubra agora