The note

592 55 5
                                    

  O bilhete que o barista deixara não fazia sentido. As letras se arranjavam em uma ordem diferente,e nem outra lingua parecia ser. Até pensei que seria um anagrama, mas não tinha tempo pra ficar brincando de adivinhar palavras.

  A música voltou a tocar e todos voltaram a parecer zumbis,parados e sem piscar. Era tanta coisa pra analizar que era fácil de se perder na bagunça. Tentei me focar em achar uma saída,então corro até a porta de entrada,abrindo-a, mas ao invés de ver alguma rua ou o deserto,vi a sala em que estava. Então me toquei que estava presa em um loop. Sair pela porta não era a resposta. Devia ter outro jeito....

  Facilmente encontrei a porta do porão. Com passos precisos,abro-a com facilidade e desço a longa e velha escada de madeira,que parecia que se desmontaria a qualquer momento. Me surpreendi com o tamanho do lugar,que era até maior que a sala que estava há alguns minutos atrás. Cortinas eram usadas pra dividir portas,e ratos circulavam cada canto.  Não havia nenhuma janela que pudesse me mostrar um jeito de sair. Me sentia em uma prisão. Não...isso era pior.

  Puxo uma das cortinas que aparentava ser o banheiro,e sinto um cheiro horrível. Não dava para identificar o que aquilo era,mas estava la por um longo tempo,dentro da banheira. Me lembrava de Charlie,a amiga de Dean que morrera do mesmo jeito. Um arrepio correu por minha espinha,e queria poder esquecer da cena. Logo me viro e acabo pisando em sangue seco,o que ja era de se esperar,mas acabo esbarrando em alguém .

-Bom te ver, (s/n)-os olhos azuis se fixavam em mim,e seu sorriso maligno adicionava um ar medonho

-Alex...-tento recuar alguns passos,mas realmente não sabia aonde poderia fugir.

-Viu a garota morta na banheira? Coitadinha..-não se via piedade em seu olhar

-O que está fazendo aqui? -não me importava em não demonstrar medo

-Lembra como eu morri? Sua culpa-ele fecha a cara

-Alex...-quase tropeço em alguma coisa no meio do caminho

-Você merece sofrer aqui, (s/n)-ele aperta meu pescoço-Deve morrer como eu.

Não deu nem tempo para que eu tentasse lutar,e logo Alex sumira. Simplesmente,sumiu.

-ele não é real- um homem com um sobretudo beje apareceu,limpando as mãos nas vestes.

-como sabe?-ainda estava assustada

-Está alucinando-ele toca em minha testa-Está quente

-Como sei que você não é mais uma alucinação?

-Sou um anjo-ele ajeita a gravata,que continuara a ficar ao contrário-Castiel

-....Dean me falou de você-não queria acreditar e nem confiar em ninguém,mas não havia escolha.

-Eu não posso ficar aqui por muito tempo...-ele olha para os lados-Ela ainda vai me achar.

-Aonde ela está? Preciso falar com ela-ajeito minha postura

-Não vai achar ela se querer...-ele franziu o cenho-Ela só é achada quando quer e por quem quer

-Merda...tem como isso piorar?-murmuro

-Mas é claro que tem. Pode morrer,sabia?-ele diz,direto

-eu sei,obrigada por lembrar-percebo que o anjo não disse por mal.

-Tem que sair do porão..não tem nada por aqui. Alguém que disse algo? Deu algo?

Penso e assenti,tirando o papel do bolso e o entregando. Ele analisa atentamente,e logo me olha

-É inoquiano....lingua dos anjos. -ele fica mais sério do que ja estava-Ela está te procurando...ela quer que a ache..

-E farei o que com ela?

-Ela quer que você a mate

Hunting the love [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora