Solução

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POV KATNISS

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POV KATNISS

Correr nunca foi tão complicado, no desespero ganhamos ou perdemos habilidades. Depende do momento e de como você o absorve.

Exatamente como agora, quando essa terrível notícia me desestabilizou por inteira. Se eu amo algo ou alguém, a partir do momento que me dou conta disso, minha vida se torna diferente.

Puxei o ar no momento que saí da padaria e solto quando estou com Willow e meu pequeno Rye nos braços. Num lugar onde posso protegê-los, ou pelo menos tentar.

-Katniss!

-Ele está aqui. Vamos pra casa, agora!- levanto sentindo o peso de ambos em meus braços desestabilizar meu equilíbrio, mas continuo andando.

Olhar pros lados virou paranóia, não sei como começou, mas agradeço por estar tão desconfiada. Provavelmente herança da vida agitada que tive.

-Menina, tenha calma!- Effie pega sua filha e corre atrás de mim, suspeito que contará ao Haymitch o quão louca e paranóica estou me tornando.

-Preciso mantê-los dentro de casa.

-Vou avisar o Haymitch.

-Você viu alguém estranho na praça? Olhando pra vocês?

-Não. Estava tudo normal, ninguém estranho.

Não sei se é uma boa confiar em suas palavras, Effie sabe ser bem distraída quando mais preciso de sua atenção. Mas em certos momentos não consigo confiar em ninguém, nem em mim mesma.

Lembro bem de quando meu pai me ensinava coisas que eu jamais iria esquecer, nos momentos juntos que tínhamos na floresta. Nos verões que me levava a casa perto do lago, mostrava uma realidade boa demais comparada a que vivíamos na época.

'' FLASHBACK ON

-Você confia em mim, Katniss?

-O que você vai fazer, papai?- pergunto com tamanha curiosidade, sempre me ferrei com esse senso incomum pra conhecer tudo que posso. Tenho que aprender que nem tudo devo saber.

-Primeiro preciso saber se confia em mim.

Mordo o lábio, encaro seus olhos tão intensamente cinzas como os meus. A indecisão me pega de jeito, não consigo lhe dar uma resposta de imediato. Talvez porque, além de ser curiosa, eu seja desconfiada.

-Você me ensinou a não confiar em ninguém.- arrisco, vendo seu sorriso sincero aparecer.

-Mas sou seu pai, meu passarinho.

-Então posso confiar em você?

-Sim, pois nunca farei mal a você. E isso inclui sua mãe e irmã.

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