Apocalipse, as memórias de J.J.P.B.S. [1º Versão do livro, sem revisão.]

» Capítulo X: Um pouco de Sossego.

Zoe vem correndo, de cima para baixo em um enorme despenhadeiro com uma cachoeira, ela está segurando em seus braços uma jovem desmaiada. Ao atingir o lago, Zoe está tão rápida que o atravessa correndo sobre as águas.

─  Você disse que iria apenas reconhecer o território e olha com o que me aparece? Uma... uma morta-viva? Diz Haru, enquanto sentado e encostado em uma árvore comendo alguma fruta.

─ O que você queria que eu fizesse? Quando vi essa coitada praticamente desmaiada na ponta da cachoeira só pude pensar em correr para salvá-la.

─  Certo. Faremos o que agora? Já que viemos aqui atrás do rastro do Lobo Millys Koppen.

─ Sinceramente, creio que tudo isso que aconteceu, essas pessoas que conhecemos... eu acho que está tudo ligado. Esse Millys, se ele quisesse nos matar na torre... Ele teria feito.

─ Hum, besteira. Como assim tudo ligado? Você agora virou vidente? Esse vento todo na sua cara está afetando seu cérebro?

─ Não, não é isso. Não sei explicar. Instinto.

─ Haha! O Lobo nos matar? Tsc.

A jovem que estava deitada no chão, enquanto Zoe e Haru conversavam, acorda e quando se depara com a dupla de estranhos ela se afasta um pouco.

─ Quem são vocês? E como vim parar aqui? Diz Nanda, se tremendo.

─ Olha quem acordou. Olá! Chamo-me Haru.

─ E eu sou a Zoe, irmã dele.

─ O que vocês querem comigo?

─ Acalme-se. Não lhe faremos mal. Aliás, fui eu quem te salvou.

─ Nossa... Lembro-me de estar caminhando em direção a cachoeira... E...

─ É! Você desmaiou e caiu lá de cima! Diz Zoe apontando para o topo da montanha.

─ Obrigada. Espera... Como você...?

─ Ela pulou e te agarrou em pleno ar e veio correndo lá de cima, e pelo lago e aqui estamos. Diz Haru, levando à mão a boca para esconder um bocejo.

─ Mas como? Isso é impossível!

─ Nada é impossível meu bem.

─ Verdade, depois de tudo o que eu vi hoje estou acreditando em qualquer coisa.

─ O que você viu?

Haru começa a dormir enquanto Zoe e Nanda conversam.

─ Vi um massacre. Apenas um homem-demônio destruiu o convento que eu morava. Ele matou todo mundo, foi horrível. Desabafa Nanda com os olhos cheios de lágrimas.

─ Credo. E você sobreviveu como?

─ Eu lutei até onde conseguir. Depois ele fez isso comigo.

Nanda mostra o lugar onde estaria sua mão direita.

─ Nossa! Te juro que nem tinha prestado atenção. E como já cicatrizou? E onde está esse sujeito?

─ Pois é. Ele sumiu. Um anjo, o qual eu tive inúmeros sonhos apareceu e me salvou, ele me curou e ainda por cima me deixou uma missão.

─ Missão? Qual?

─ Ele falou assim: "Encontre os irmãos do gelo e do fogo".

─ Sério? Aqueles idiotas? Haha