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Capitulo anterior:

- Porquê que te ofereceste para me levar a casa? -pergunto quando entro no carro.

- Porque tenho de ir ter com a Joana e assim não preciso de inventar nenhuma desculpa.

- Ela é o quê? Mais uma das tuas conquistas?

- Não ela é a minha melhor amiga, agora tu sim, tu és uma das minhas conquistas.- diz enquanto conduz e eu tento conter as lágrimas.

- És mesmo nojento!- grito-lhe.

-Nojento? Eu? Não tenho culpa que sejas put* e uma oferecida que vai com o primeiro gajo que lhe aparece á frente.- dito isto não consigo controlar mais as lágrimas.

- Pára o carro!

- Anh? Estás maluca? -diz olhando para mim.

- PÁRA A PORRA DO CARRO AFONSO!- grito e ele pára o carro, ao sair do mesmo reparo num ramo de rosas no banco de trás. Assim que saio do carro ele arranca deixando-me sozinha no meio da estrada.

Depois de muito andar e chorar, ligo á minha prima para ela me vir buscar. Sento-me na beira do passeio e passado alguns minutos um carro pára á minha frente e de lá saem as minhas primas. Quando elas chegam á minha beira apenas as abraço e choro, sem responder a nenhuma das suas perguntas e pedi para me levarem para casa.
Entrei no carro e mandei mensagem á minha mãe a dizer que não ia dormir a casa, para ela não ficar preocupada.
Quando chegamos a casa da Sofia eu contei-lhes o que aconteceu e depois de conversar-mos sobre o assunto fomos todas dormir.

*** No Dia Seguinte***

Acordei com a Bi a dizer que ia sair, eu apenas respondi um "Okay" e voltei a dormir, não estava com paciencia para ir ás aulas. Voltei a acordar por volta das 10 horas mas fiquei deitada a olhar para o teto. As palavras do Afonso ainda se repetiam na minha cabeça, sentia-me tão fraca por me ter deixado ir na conversa dele, eu realmente pensei que ele gostava de mim mas pelos visto enganei-me.
Levantei-me e fui até á cozinha onde estava o pequeno almoço preparado, comi e fui ver televisao para a sala. Passei a tarde toda a ver séries e por volta das 17h deixei um bilhete á minha prima a dizer que tinha ido para casa para ela não ficar preocupada.
No caminho para casa parei na praia e acabei por ficar lá algum tempo a pensar. Quando cheguei a casa fui jantar, disse á minha mãe que tinha adormecido e que não tinha ido ás aulas, ela não se importou muito pois estamos nas últimas semanas de aulas. Assim que acabei de jantar fui dormir, pois estava com a cabeça cansada.

*** No Dia Seguinte***

Hoje acordei cheia de dores e com febre, acho que foi por ter estado na praia ao frio. Acabei por ficar em casa mas mandei uma mensagem ao pessoal a dizer que estava tudo bem para eles não ficarem preocupados visto que já não tinha ido ontem.
Passei a manhã no sofá da sala embrulhada num cobertor e a ver televisão,já era meio dia mas estava com preguiça para fazer o almoço, então acabei por continuar deitada no sofá até a campainha tocar.

- Bom dia! É aqui que mora a senhora Juliana Teixeira?

- Bom dia! Sim, sou eu.

- Aqui está a sua pizza.

- Peço desculpa, mas eu não encomendei nenhuma pizza.

- É o que está aqui escrito minha senhora.

- Ahmm, sendo assim eu vou buscar o dinheiro.

- A pizza já está paga minha senhora.

- Ahmmm okay, obrigada então.- dei um pequeno sorriso ao senhor.

Assim que entrei dentro de casa o meu telemóvel recebeu uma mensagem.

***Mensagem ON***

Afonso: Eu sei que neste momento me odeias e que precisas de tempo, mas eu só queria que me desses uma oportunidade para me explicar. Eu sei que o que eu fiz não tem explicação, mas eu só queria que me deixasses explicar. Fui eu que encomendei a pizza, sei que estás doente e conhecendo-te como conheço deves estar com preguiça de fazer o almoço.

***Mensagens OFF***

Não pude deixar de sorrir com a sua mensagem. Embora eu ainda estivesse muito magoada com ele,ele tinha esse poder sobre mim fazer-me sorrir mesmo quando eu estava chateada com ele, e eu odiava isso.
Acabei por comer a pizza e continuei a ver TV até adormecer.
Acordei com a minha mãe a pedir para me ir vestir pois iamos jantar em casa dos Silva, pelos vistos os meus pais queriam falar com eles sobre alguma coisa relacionada com a empresa e a Dona Anabela acabou por os convidar para jantar. Subi até ao meu quarto, tomei um banho rápido e vesti-me.

Depois fui para o carro onde o meus pais já estavam á minha espera

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Depois fui para o carro onde o meus pais já estavam á minha espera. Passados 15 minutos chegamos.

- Olá querida, estás melhor? A tua mãe disse que estavas doente.- disse a Dona Anabela assim que me viu.

- Sim , já estou um pouco melhor.- sorri para ela.

- Ainda bem! Os rapazes estão a jogar FIFA na sala se quiseres ir para lá está á vontade.

- HEYYY HÓ ANDRÉ PÁRA DE FAZER BATOTA MEU.

- Acho que dá para perceber.- ela riu.

- Eu vou ficar por aqui. Ainda estou com um pouco de dor de cabeça e o barulho não vai ajudar.- a verdade é que eu não queria estar perto do Afonso.

- Eu peço para eles baixarem o som da televisão e fazerem pouco barulho.

- Não é preciso, a sério.- insisti.

- Claro que é querida, aqui vais apanhar uma seca, como vocês costumam dizer.- riu e foi em direção á sala sendo seguida pela minha mãe.

Quando cheguei lá a Dona Anabela e a minha mãe já se dirigiam para a cozinha, e o André levantou-se para me cumprimentar e saiu dizendo que tinha de ir á casa de banho mas eu sei que foi apenas para me deixar sozinha com o Afonso.

- Estás melhor? -perguntou levantando-se do chão, onde estava a jogar com o André e sentou-se ao meu lado no sofá.

- Um pouco.- digo fechando os olhos, não o conseguia encarar depois de tudo o que me tinha dito.

- Eu queria pedir des....

- Afonso, agora não estou com cabeça para falar sobre isso, e também não vamos falar disso aqui.- interrompo-o, encarando-o .

- Sim tens razão.- diz triste, e levanta-se saindo da sala e deixando me sozinha.

- O Afonso?- perguntou o André assim que entrou na sala.

- Não sei.

- Passou-se alguma coisa?- perguntou.

- Não, não te preocupes.

- Eu sei o que se passou Juliana.- diz sentando-se ao meu lado.

- Como assim?

- A tua prima esteve aqui ontem.

- A minha prima?

- Sim, a Sofia veio falar com o Afonso...

- André...

- Não deixa-me falar. Eu sei que ele teve mal, mas eu só quero que fales com ele, eu sei que o que ele te fez não tem desculpa possível, mas eu só peço que o ouças.- dito isto saiu da sala enquanto eu fiquei a pensar nas suas palavras.

Enough|| Afonso SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora