Capitã San Martin

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Epígrafe Lembre-se: se estiver em um ninho de víboras, deve ser uma víbora também

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Epígrafe
Lembre-se: se estiver em um ninho de víboras, deve ser uma víbora também.

Epígrafe Lembre-se: se estiver em um ninho de víboras, deve ser uma víbora também

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(Demons — Boyce Avenue, Jennel Garcia♪)

Depois de toda agitação da noite, Hendrix convenceu Regina em invadir a adega particular da casa certo de que lá teria uma safra boa de vinhos, afinal ali residia um nobre, mesmo que como prisioneiro, ainda, sim, ele era rico e tinha certos costumes finos.

— Se eu não tivesse atirado naqueles soldados ingleses, você teria sido feita em pedaços naquela praia. — Hendrix resmungou enquanto arrombava o cadeado da adega.

— Eu quase nos matei. — Regina se lamentou.

— É verdade. — Hendrix concordou. — Mas estamos vivos.

Por fim, ele abriu uma garrafa de bordô com a maturação de uns cinquenta anos, e pegou duas canecas e serviu o vinho para si e para a amiga. Ele começou a cantar uma velha canção em francês e arrancou gargalhadas de Regina. Neal se sentou numa cadeira próxima e começou a degustar sua caneca de vinho.

— O Rei é seu, Marcel. Ser seu amigo é sempre uma aventura. — Regina disse jogando uma peça de xadrez ao amigo.

Esse jogo era antigo entre eles, faziam entre si desde a infância. Quando um deles saia ganhando em situações difíceis, o que se destacava ganhava o rei e dessa vez Neal tinha salvado ambos. Por tanto o rei pertencia a ele. Ele pegou a peça no ar e sorriu.

— E mesmo não é. Pena que aventureiros nem sempre possam ser amigos.

— O quê? — Regina perguntou ao amigo sem entender bem o que ele queria dizer.

— Nem sempre será assim Regina.

— Do que você está falando? — Regina perguntou Hendrix mais uma vez.

— Ah, nada. Bebe logo, estamos bebendo vinho de Jean Bonartti, "O Corvo", o espião mais procurado do mundo e herdeiro de Napoleão.

Regina sorriu, mas logo um barulho chamou atenção dos amigos.

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