Capítulo 3

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Posso partilhar tudo, menos o sofrimento. (Oscar Wilde)

Michael

-Helen entra na sala se reuniões do hospital, temos uma reunião em 10 minutos com o chefe de polícia de Hanover. Ela se senta de frente para mim, aproveito que estamos sozinhos para discutir o caso de Ana.

- Você acredita que foi sensato despejar toda aquela informação sobre a menina? Pergunto.
Helen muda a posição na cadeira, se sentando se forma mais relaxada.

- Sim foi melhor assim, em breve ela vai se lembrar de tudo,é melhor que ela entenda suas lembranças, vou ajudá-la a passar por tudo o que virá pela frente.

- Como ela reagiu ao que Sarah disse?

- Começou a ter um colapso nervoso, mas já foi sedada.

-Excelente, vou aproveitar que ela está dormindo para examiná-la.

Ouço uma batida na porta. -Entrem!

Elizabeth e o chefe de polícia Peter entram na sala e se acomodam em outras cadeiras disponíveis. Peter abre uma pasta cheia se papéis. E olha para nós com uma expressão séria.

- Encontramos o agressor! - Todos na sala estão no mais absoluto silêncio, se uma agulha caísse no chão poderíamos ouvir.

- Como você sabe que é ele? - Elizabeth questiona.

- O DNA bate com o do sêmen e o da pele coletada debaixo das unhas de Ana. O nome dele é William Chaves, ele é filho do reitor de Dartmouth. Tem várias acusações por atentado violento ao pudor. Não vamos conseguir mantê-lo na cadeia por muito tempo, temos uma longa batalha judicial pela frente, ele é muito rico, tem muitos meios de se safar.

Maldito safado, ele só ia sair livre por cima do meu cadáver!!! - Digo
Helen olha pra mim com uma sombrancelha erguida.

- Meu Deus! Ana não vai suportar isso, ser submetida à presença dele no tribunal seguidamente... E ter que remoer tudo novamente. - Lamenta Elizabeth.

-Ele estava possivelmente bêbado e drogado no dia do crime, o que é claro , não e desculpa para o que ele fez. Ele tem algumas passagens por dirigir embriagado e por porte se drogas, sempre saiu da cadeia bem rápido com pagamento de fiança. Assim que a vítima estiver melhor precisamos que ela faça um reconhecimento.

- Foda-se ele podia ter fumado uma plantação de maconha e bebido o peso dele em álcool que não justificaria tratar a moça desse jeito!!! - Precebo que estou ficando mais alterado a cada segundo.

-Concordo com você, ele é um irresponsável, mas precisamos ser racionais.-O delegado Peter disse

- Além disso,quando o reconhecimento for necessário irei acompanhá-la, vou prepara-la para isso antes. - Helen diz, apertando as mãos de Elisabeth para acalmá-la.

- Em quanto tempo ela terá alta? -Peter me pergunta

-Em duas semanas, na melhor das hipóteses Peter, porque a pergunta?

- Ela precisará de proteção ao sair daqui, o caso já tomou maiores proporções, todo país acompanha o caso. Colocarei alguns policiais a disposição. Alguma duvida?

-Não no momento. - Elizabeth responde por todos nós.

- Então vou indo tenho muito trabalho a fazer, nunca participei de tantas coletivas de imprensa na minha vida , como nos últimos 2 meses- Peter se levanta, aperta a minha, mão, a de Helen e a de Elizabeth

- Elizabeth vamos fazer o nosso melhor trabalho neste caso.

- Obrigada Peter.

Então ele vai embora, me despeço das duas mulheres e vou em direção ao quarto de Ana.

Renascida para o amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora